54§ A noite agri-doce

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< Capítulo anterior: 53§ A objetiva indiscreta

O pai pediu à esposa para darem uma nova oportunidade ao casamento, tendo em conta a nova situação familiar. Um repórter ficou em apuros ao ser flagrado pelo pai. O padrinho prosseguiu com a sua linha de investigação... 

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- PAI -

Não reconhecera o nome do café que o padrinho lhe enviara por mensagem, pelo que tivera que recorrer a uma aplicação do telemóvel para obter a localização do mesmo. 

Apenas alguns quarteirões separavam-no desse estabelecimento de onde poderia sair uma informação valiosa. 

Decidiu pegar no carro e ir ao encontro do padrinho. Esperaria por ele fora, no local de estacionamento, sem levantar alarido.

Durante o caminho, deu pela sua mente a divagar no filho que aí vinha. Seria um rapaz! Pelos menos, era isso que ele desejava. 

Já da primeira gravidez acalentara essa esperança, sem nunca a revelar à esposa.

– Se for uma menina, é mais uma princesa que vou ter em casa. – dizia ele à mulher, sempre que ela lhe questionava da sua preferência para o primeiro filho. – Caso seja um rapaz, vou-me encarregar de que ele atine com os livros e com as contas, para não ser o mesmo desastre que o pai.

A deceção, quando se confirmara ser uma menina, tinha sido fugaz. 

Rapidamente alinhara as suas expectativas para a filha que estava prestes a chegar. 

Toda a batalha de nomes que disputara com a esposa para apelidar a filha, dera-lhe um prazer inexplicável. 

Era algo que identificaria aquela criaturinha que tinham concebido com tanto amor e paixão. 

O nome dela seria o perpetuar deles, a continuidade de uma história que tinham criado juntos, a extensão de tudo o que construíssem como casal.

E quem seria este segundo filho que estava em gestação? Tinha também ele sido fecundado com amor e paixão? 

Sem dúvida! Talvez não com a mesma ingenuidade e pureza com que fora a menina, mas definitivamente com a mesma entrega, pelo menos da parte dele.

Não tinha dúvidas da noite em que tudo acontecera. 

Desta vez, por mais tremida que a sua relação com a esposa estivesse, não precisaria de qualquer teste de ADN para averiguar a paternidade da criança. 

Há três meses atrás, tinham celebrado o quinto aniversário da sua primogênita. 

Ele estava a trabalhar na capital, mas não aceitara qualquer serviço para essa noite. 

Aparecera de surpresa, no final do dia, em casa. Batera à porta do duplex, como se de um estranho se tratasse. 

Quando a esposa o atendera, deparara-se com um ramo de flores que lhe arrebatara o coração.

– Para a mãe mais linda do universo! – dissera ele, e ambos tinham-se rido de quão cliché a declaração soara.

Contudo, o que fizera a esposa ficar totalmente rendida de novo ao seu encanto, fora o modo como a menina vibrara ao ser surpreendida pela presença do pai. 

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora