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A mãe parou num bar e inteirou-se de um facto que a deixou bastante preocupada...
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Caso a situação não fique corrigida, ou caso isto aconteça em outros capítulos, agradeço que continuem a informar-me.
Como sempre, todas as críticas, sugestões e correções ortográficas são muito bem-vindas por mim.
Um grande abraço e vamos ao capítulo de hoje!
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- ASSISTENTE SOCIAL -
A mulher não lhe parara de ligar desde o meio da tarde! A insistência dela irritava-a profundamente.
Já a tinha avisado para não lhe ligar para o telemóvel, pois essas chamadas deixavam um rasto. Ignorara o número vez após vez.
Por culpa dessa suposta amizade, tinha sido arrastada para o epicentro de toda aquela confusão e agora tinha todo o seu mundo a cair aos pedaços.
O chefe estava exasperado com a atuação dela no caso da menina. Ele não tolerava que uma assistente social com a sua experiência tivesse deixado um processo daqueles a meio.
– Mais valia não o teres aberto sequer! – dissera-lhe o chefe pela n-ésima vez ao longo do dia, à medida que selecionavam a informação que poderiam partilhar com o inspetor.
Ela estava possessa com os sorrisos e cochichos que os colegas trocavam entre si, escondidos atrás de algum dossier ou computador.
Seguramente, jubilavam das constantes repreensões que o chefe lhe fora dando, para quem quisesse ouvir, em pleno open space.
Quando rodara a chave da sua casa, suspirara de alívio, dando por terminado o dia. Contudo, o telefone tocara de imediato. Pensou que era a mulher mais uma vez, mas não!
Desta vez era o inspetor! Certamente quereria lhe agradecer pela informação que lhe enviara.
Não podia estar mais enganada! O homem não se acanhara ao recriminar a perspetiva tendenciosa com que ela tinha impregnado o caso.
– Inclusive estes relatórios que me enviou... – ouviu-o dizer do outro lado da linha, abanando certamente algumas das folhas que recebera. – São tudo, menos isentos!
Estava atordoada, sem conseguir perceber o que se passava.
Os documentos que elaborara, aludiam a todas as evidências que fora recolhendo. Algumas delas testemunhara presencialmente, outras descrevera tal como a mulher as relatara.
– Todas estas acusações de maus-tratos da criança são lixo! – barafustou o inspetor. – Devia comprovar melhor as suas fontes antes de colocar acusações tão graves por escrito!
Ainda tentou defender-se, mas logo foi atropelada pela revelação de que a criança sofria de sonambulismo.
– Tem a certeza disso? – questionou o inspetor, pondo em causa a veracidade das afirmações dos pais da menina. – Acha que isso justifica tudo?
Segundo o polícia, haviam relatórios médicos que atestavam a condição da criança.
Adicionalmente, tinha agora em sua posse, diversos registos de visitas às urgências da menina, acompanhada pelos pais.
A maior parte deles referia o motivo inerente a essa assistência: tratamento dos hematomas e ferimentos sofridos pela menor após episódio de sonambulismo.
– Desta vez, você pôs o pé na poça! – acusou o inspetor, adotando de seguida um tom de voz mais paternal. – Só a queria avisar disso. Atendendo a sermos conhecidos de longa data, achei que era o meu dever admoesta-la a ter mais cuidado da próxima vez.
– Agradeço-lhe a consideração. Garanto-lhe que fiz tudo com a melhor das intenções. Estava convicta de que tudo o exposto por mim era a verdade.
– Eu sei! – terminou o inspetor.
E agora? Tolerara que este caso tivesse tomado proporções gigantescas com base numa premissa falsa.
Acreditara que a criança sofria abusos por parte dos pais e que corria perigo. Como se não bastasse, compactuara ainda com um sequestro que podia ter impedido.
Sentia-se refém do próprio labirinto que ajudara a construir. Devia contar o que sabia? Talvez se entregasse o paradeiro da mulher e da menina pudesse almejar algum tipo de atenuante?
Por outro lado, remexer no assunto poderia a prejudicar ainda mais.
A mulher já dera provas de saber como se esquivar da polícia. Ou seja, havia a chance de nada disto ser descoberto e ambas escaparem impunes.
Se a polícia estava tão convencida de que a menina não era maltratada, isso significava que o chefe não a poderia culpabilizar de ter deixado um caso grave em suspenso.
No dia seguinte, alegaria que toda a sua atuação tinha sido de caráter preventivo. Ela defenderia que qualquer um no seu lugar teria interpretado aqueles sinais da mesma forma.
Encerraria o assunto, apelando a que todos se alegrassem com ela por tudo não ter passado de um falso alarme.
Afinal a criança não era vítima de maus tratos e a segurança social não podia adivinhar que a menina seria raptada. Portanto eles estavam isentos de culpa no sucedido.
Com isso, estava segura de que ninguém insistiria em a castigar por excesso de zelo.
O telemóvel voltou a tocar. Era a mulher novamente!
Deveria de continuar a ajudá-la, na esperança de salvar a sua própria pele? Ou seria preferível terminar com aquele emaranhado de situações dúbias de uma vez por todas?
Era a sua carreira que estava em jogo, ou seja, toda a sua vida! O que era o correto?
Subitamente recordou-se do mantra que lhe fora repetido nas formações de assistente social, quando mudara de carreira.
– Pensem sempre no que é melhor para a criança! Ela é a razão do vosso trabalho e deve ser a matriz que guia a vossa atuação.
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Olá,
primeiro agradecer a todos que permitiram que a história ontem chegasse ao n. 26 do top de ficção geral. É algo fantástico, que pensei que não estaria ao meu alcance.
O capítulo de hoje centrou-se na assistente social, que agora sabe da verdade. O que acham que ela vai fazer? Continuará a proteger a mulher que sequestrou a menina ou vai acabar por entregá-la?
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A Filha Roubada - Completo - ✔
General FictionTodos achavam que a vida duma criança deveria ser um livro aberto, mas agora ela está desaparecida! Uma mãe desesperada que luta contra o remorso, um pai com muito a esconder, uma mulher que enfrenta o dilema da sua vida e uma assistente social pouc...