57§ Magnético

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A assistente social foi informada por uma vizinha da visita de dois estranhos à sua porta... A profissional decidiu tirar umas férias da trapalhada em que a sua vida se converteu...

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- MÃE -

Entrou no táxi um pouco embaraçada. Estava longe de imaginar que o condutor que a iria levar à estação de comboios seria o barman

À questão que ele lhe pusera acerca de ela ir viajar, não tinha conseguido articular nada mais para além dum "Sim!".

O homem continuava fora da viatura. 

Após ter terminado de acomodar a mala na bagageira, tinha decidido dar uma limpeza ao misto de gelo e água gelada que se iam acumulando nos vidros do carro, dado o agravamento do clima, inerente àquela estação do ano. 

Por mais frio que estivesse na rua, ela sentia um calor incómodo a corar a sua face. 

Ainda não conseguira entender a origem de todo aquele magnetismo que o barman conseguia ter sobre si. 

Os seus olhos ficavam inebriados com cada movimento harmonioso que o homem fazia, ao remover os resíduos da janela dianteira do táxi. 

A cada vez que voltavam a estar juntos, o seu organismo parecia se descompensar ainda mais. 

A sua pulsação galopara sem aviso prévio, tinha perfeita noção disso! 

De resto, a partir do instante em que o vira, parecia que o seu coração tinha-se mudado para perto dos seus tímpanos, escutando ela cada latido. 

Simultaneamente, deixara de respirar de uma forma natural e fluída! 

Naquele momento só era capaz de fazer meias inspirações, precipitando-se para uma falsa sensação de falta de ar. 

Não era aquela angústia que sentira no seu peito com o desaparecimento da sua filha! Este sufoco era maquiavelicamente prazeroso.

– Aonde queres que te deixe? – perguntou o barman, agora taxista, após entrar no carro e colocar o cinto de segurança.

– Na estação de comboios... – contestou ela com dificuldade em se expressar. – Por favor!

Inconscientemente deixou-se absorver mais uma vez na graciosidade com que o barman conduzia, punha as mudanças e até mesmo travava. 

Quando se apercebeu, o seu "anjo da guarda" olhava-a com um misto de estranheza e divertimento.

– Vou passar uns dias à capital! – disfarçou ela como pôde, a situação incómoda em que fora flagrada. – Preciso de afastar-me um pouco daqui! Têm sido dias muito difíceis, e para onde quer que me vire, sinto a falta da minha filha.

Ela tentava agora falar sem parar, procurando evitar a todo o custo que o barman se pudesse expressar. 

Receava qualquer questão ou comentário que ele lhe pudesse fazer acerca da forma como a apanhara a olhá-lo.

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora