----------
O Wattpad por vezes tem comportamentos estranhos.
Assim, antes de continuar, certifique-se sempre de que leu o capítulo anterior.
Entre e saia regularmente da sua conta no wattpad, para que este possa fazer as atualização mais profundas sofridas pela plataforma.
< Capítulo anterior: 56§ O cão da vizinha não é melhor do que o meu
A assistente social foi informada por uma vizinha da visita de dois estranhos à sua porta... A profissional decidiu tirar umas férias da trapalhada em que a sua vida se converteu...
----------
- MÃE -
Entrou no táxi um pouco embaraçada. Estava longe de imaginar que o condutor que a iria levar à estação de comboios seria o barman.
À questão que ele lhe pusera acerca de ela ir viajar, não tinha conseguido articular nada mais para além dum "Sim!".
O homem continuava fora da viatura.
Após ter terminado de acomodar a mala na bagageira, tinha decidido dar uma limpeza ao misto de gelo e água gelada que se iam acumulando nos vidros do carro, dado o agravamento do clima, inerente àquela estação do ano.
Por mais frio que estivesse na rua, ela sentia um calor incómodo a corar a sua face.
Ainda não conseguira entender a origem de todo aquele magnetismo que o barman conseguia ter sobre si.
Os seus olhos ficavam inebriados com cada movimento harmonioso que o homem fazia, ao remover os resíduos da janela dianteira do táxi.
A cada vez que voltavam a estar juntos, o seu organismo parecia se descompensar ainda mais.
A sua pulsação galopara sem aviso prévio, tinha perfeita noção disso!
De resto, a partir do instante em que o vira, parecia que o seu coração tinha-se mudado para perto dos seus tímpanos, escutando ela cada latido.
Simultaneamente, deixara de respirar de uma forma natural e fluída!
Naquele momento só era capaz de fazer meias inspirações, precipitando-se para uma falsa sensação de falta de ar.
Não era aquela angústia que sentira no seu peito com o desaparecimento da sua filha! Este sufoco era maquiavelicamente prazeroso.
– Aonde queres que te deixe? – perguntou o barman, agora taxista, após entrar no carro e colocar o cinto de segurança.
– Na estação de comboios... – contestou ela com dificuldade em se expressar. – Por favor!
Inconscientemente deixou-se absorver mais uma vez na graciosidade com que o barman conduzia, punha as mudanças e até mesmo travava.
Quando se apercebeu, o seu "anjo da guarda" olhava-a com um misto de estranheza e divertimento.
– Vou passar uns dias à capital! – disfarçou ela como pôde, a situação incómoda em que fora flagrada. – Preciso de afastar-me um pouco daqui! Têm sido dias muito difíceis, e para onde quer que me vire, sinto a falta da minha filha.
Ela tentava agora falar sem parar, procurando evitar a todo o custo que o barman se pudesse expressar.
Receava qualquer questão ou comentário que ele lhe pudesse fazer acerca da forma como a apanhara a olhá-lo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Filha Roubada - Completo - ✔
General FictionTodos achavam que a vida duma criança deveria ser um livro aberto, mas agora ela está desaparecida! Uma mãe desesperada que luta contra o remorso, um pai com muito a esconder, uma mulher que enfrenta o dilema da sua vida e uma assistente social pouc...