67§ Salvador

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A mulher levou a menina a conhecer os bastidores da ópera, onde afinal trabalha como atriz coadjuvante já há alguns anos...

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- MÃE -

Continuava imobilizada pelo indivíduo, que passava aquelas mãos criminosas por partes do corpo dela às quais só o seu marido tivera acesso. 

As lágrimas de raiva, repulsa e horror deslizavam pela sua cara. 

O homem tentou abrir a braguilha, e perante a incapacidade de o fazer com uma única mão, destapou por breves momentos a boca dela. 

Foram os segundos suficientes para ela soltar um grito por socorro. Gritou com toda a força que tinha, sendo imediatamente silenciada pelo homem.

– Estás-te a armar em parva, sua cabra? – disse-lhe agressivamente. – Queres fazer agora o papel de santa, é?

O homem obstruía de novo a boca dela com a mão, que lhe prendia a zona toda do queixo, pressionando a sua nuca contra a parede. 

O ladrão e pretenso violador afastou-lhe as pernas, mesmo perante a resistência dela e procurou acomodar-se entre elas. 

Podia sentir que o indivíduo estava prestes a consumar a violação e que nada o demoveria. 

No preciso momento em que ele se preparava para entrar dentro dela, foi arremessado violentamente ao chão por alguém que surgiu silenciosamente naquela penumbra.

O violador reergueu-se rapidamente, mas foi fustigado por mais um violento murro do seu salvador. 

A partir dali, o criminoso mal teve tempo para respirar, entre os socos e os pontapés que o justiceiro ia desferindo-lhe.

– Seu porco! Não vales nada, seu verme! – repudiava-o aquela voz que era-lhe tão familiar. – Devia de matar-te!

Após largos segundos, daquele ajuste de contas, o homem que a livrara daquela violação enrolou-a no seu abraço. 

Ela sentia as suas próprias pernas a tremerem, prontas a desmoronarem-se. 

Chorou de alívio, com a cabeça recostada por entre a abertura do sobretudo do seu marido! 

Sim, desde o primeiro instante em que ele arrancara aquele criminoso de si, que apercebera-se da identidade do seu salvador. 

Por algum milagre, o seu marido tinha-se materializado ali naquele momento. 

Não era capaz de transpor em palavras o quão protegida se sentia, ao agora entrar-lhe pelas narinas o perfume tão íntimo do seu marido.

– Estás bem? – perguntou-lhe ele, afastando-se momentaneamente para a olhar. – Esse porco chegou a tocar-te?

Ela simplesmente queria chorar abraçada a ele. O marido ofereceu-lhe o seu peito mais uma vez e deixou que ela se aninhasse quase dentro do seu sobretudo. 

Assim permaneceu mais alguns instantes. Finalmente, o marido despiu o sobretudo, agasalhando-a, e recompôs a roupa íntima dela. 

De seguida, ele recuperou a mala dela e pontapeou mais uma vez o indivíduo, que jazia rendido no chão sem mover-se. 

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora