52§ Um mundo de barriga para o ar

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Fora de casa, o pai procura abrigo na casa do padrinho e rapidamente dá-se conta de que o homem tem um plano para encontrar a menina...

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- MÃE -

Não sabia explicar o porquê! Talvez porque o que sentia era um medo irracional! 

Contudo, quando se viu a ser transportada naquela maca e rodeada por aqueles bombeiros e pelo barman, começou a temer que algo de mais grave se passasse.

Nunca tivera uma experiência como esta: a de observar o mundo de barriga para cima. 

Constatara os tetos do corredor do seu prédio, negros de bolor, mendigando por uma limpeza. 

Na rua, observara o céu cinzento, o qual ia libertando umas tímidas gotículas de água, refrescando-lhe a cara. 

Por fim, afligira-se com o branco gélido do topo da cabine da ambulância.

– Sente-se bem? – questionou um dos bombeiros.

Acenou com a cabeça que sim. Podia o ter dito, mas a palavra ficara presa na sua garganta, tal como tanta coisa ficara por dizer ao longo daqueles anos de casamento.

– Posso ir com ela? – ouviu o barman pedir aos bombeiros.

Concordaram sem mais perguntas. Viu-o sentar-se numa das extremidades da ambulância, ao passo que um dos bombeiros ocupou a outra. 

Sentiu novamente um mal-estar emergir-lhe do íntimo. Aquele suor frio tomou conta do seu organismo novamente. Iria desfalecer outra vez?

– O que se passa contigo? – interrogou-lhe o empregado do bar, pondo uma mão na sua testa. – Estás pálida!

O bombeiro inspecionou-a com maior atenção, com uma pequena luz apontada a cada uma das suas pupilas. 

Sentiu o barman procurar a mão dela com a dele. O toque daquele homem deu-lhe um inexplicável alento. 

Homem? Quando começara a vê-lo como homem, e afastara a imagem de rapaz que lhe associara inicialmente? Devia estar certamente muito carente. 

Fechou os olhos e prosseguiu assim em silêncio, o resto do caminho, embalada pelos pequenos solavancos da ambulância e acompanhada pela mão do barman que não mais a soltara.


Quando chegaram ao hospital, os bombeiros encaminharam a sua maca para o setor das urgências. 

O ex-colega do marido foi barrado de prosseguir, apenas tendo tempo para prometer-lhe que estaria na sala de espera. 

Alguns minutos depois, um médico de plantão analisou-a, fazendo as perguntas rotineiras perante aqueles cenários. 

Quis averiguar em que condições se dera o desmaio, como caíra e se aquelas tonturas eram recorrentes. 

Após responder-lhe à bateria de questões e este ter apreciado o golpe na nuca, pediu que a encaminhassem para fazer alguns exames adicionais.

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora