A Filha Roubada - Completo - ✔

60§ À caça na sopa de letras

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O pai tentou encontrar a esposa sem sucesso. Ao invés disso, cruzou-se com o barman no ginásio e fez questão de o deixar de sobre-aviso, no que diz respeito à aproximação deste com a sua esposa...

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- PAI -

Desceu para o balneário, decidido a tomar um duche e ir embora. 

O ex-colega parabenizara-o pelo novo filho que vinha a caminho, com o tímido sorriso e as palmadas nas costas que lhe eram característicos. 

Não estava certo se tinham sido votos sinceros ou não, também nunca o saberia. 

Preferia não pensar mais no assunto, afinal tinha passado a mensagem que pretendia.

Despiu a roupa encharcada em suor, apesar do treino não ter sido satisfatório para os seus padrões. 

O barman optara por ficar na sala de treino, com o intuito de dedicar algum tempo a exercícios de cardio.

Quando ficou completamente nu, sentiu alguns olhares pairarem sobre o seu corpo. 

Não era algo de estranho para ele! Essas inspeções pelo canto do olho também ocorriam nas academias que frequentava na capital. 

Alguns olhares vinham de homens obcecados com a cultura do seu corpo. 

Estes tendiam a examinar visualmente a condição física dos "rivais" ali presentes no balneário, como se duma competição se tratasse.

No entanto, uma grande parte das espreitadelas, advinham de gays, os quais não perdiam a oportunidade de apreciar outros dotes seus. 

Ao contrário da nova onda de pudor que invadia os balneários naqueles dias, ele não se envergonhava de circular nu pelo espaço. 

Achava até mesmo ridículo os indivíduos que iam praticamente vestidos para a box dos chuveiros. 

Cedo se habituara aos olhares com luxúria por parte de pessoas de ambos os sexos. 

Para ele, os gays eram pessoas normais como qualquer indivíduo comum, mas que simplesmente procuravam a felicidade ao lado de companheiros do mesmo sexo. 

Discordava dos preconceitos de muitos dos seus colegas. Estes associavam os homossexuais a alguma espécie de predadores ou violadores. 

Já ele, muitas vezes refletira sobre a cruz que aqueles indivíduos carregavam durante a sua vida, sendo encarados com estranheza pela sociedade, por mais que esta tentasse transparecer uma imagem de total aceitação.

Em suma, embora não partilhasse das preferências sexuais deles, sentia-se envaidecido por também despertar o desejo dessa audiência. 

Nos dias em que estava bem-disposto, ainda sorria perante a situação, noutros dias como aquele, simplesmente ignorava e seguia o seu caminho.

Fechou-se numa das várias boxes individuais de duche e deixou o chuveiro correr durante longos minutos. 

Aquela água morna, com alguma pressão, que cutucava o seu corpo de uma forma miudinha, era como uma terapia.