59§ Demarcando o território

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Depois de mais um momento constrangedor com o barman, a mãe iniciou uma viagem em direção às suas origens, disposta a equacionar tudo...

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- PAI -

Nunca mais soubera nada acerca da esposa. Desde aquela conversa deixada a meio, no exterior do hospital, não lograra trocar uma palavra mais sequer. 

Já lá iam um par de dias. Ligara-lhe repetidas vezes, sem nunca ter obtido qualquer resposta. 

Finalmente, naquela manhã, fora bater à porta do apartamento e recebera apenas o silêncio como resposta. 

Pusera as chaves à porta, temendo que lhe tivesse acontecido alguma coisa. 

Percorrera cada canto do duplex com o coração nas mãos, consciente de que não se perdoaria se encontrasse outra tragédia, mas nada!

Agora, tentava ligar-lhe de novo, enquanto examinava o apartamento, em busca de sinais de vida recentes: alguma faca ainda com manteiga na lâmina; o estado de algum pedaço de pão no armário ou se havia porventura um tacho fora do lugar, que tivesse sido utilizado recentemente. 

Inevitavelmente, terminou por escutar a voz irritante do voicemail. Frustrado, arrumou o telemóvel no bolso das calças. 

Após mais uns suspiros e umas barafustações, constatou que faltava uma outra mala de viagem.

Não obstante ficar aliviado, não pôde deixar de se sentir consternado pelo novo modo de atuar da esposa. 

Desconhecer a rotina dela, era algo novo para ele, com o qual tinha dificuldade em lidar. 

Sentia-se perdido e desgovernado por não ter a mínima ideia acerca de onde estaria a mãe da sua filha, aliás, dos seus filhos.


Remoera naquele assunto, ao longo do caminho, até chegar ao local de trabalho dela, na cidade mais próxima ao bairro. 

Queria pedir satisfações acerca do paradeiro da esposa. Após esperar algum tempo, surgiu um encarregado dela para perceber o que ele pretendia.

– A sua esposa está de baixa. – referiu-lhe o superior dela, visivelmente agastado com situação. – Agora se me permite, tenho que regressar ao meu posto. Estamos com um pico de trabalho e a baixa da sua mulher não veio facilitar em nada.

Repudiou, silenciosamente, a forma como o homem implicitamente criticou a atitude da esposa. Ele conhecia perfeitamente a mulher com quem se casara. 

Estava certo que, tal como em casa, ela era uma empregada exemplar, diligente nos seus quefazeres, bastante eficiente e dedicada. 

Ele era testemunha que, apesar de todas as tarefas que ela tinha de coadunar, nunca descurara a limpeza e a arrumação do lar.

Sentia-se perturbado e tenso com tudo o que se estava a passar-se à sua volta. 


De dia para dia sentia a sua irritação crescer e, por isso, naquela manhã, antes de sair da casa do padrinho, preparara uma mochila com equipamento para ir ao ginásio. 

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora