Capítulo 11( Luiza)

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Eu não estava acreditando naquilo,eu não conseguia acreditar que meu pai,o homem que sempre foi meu herói,mesmo do lado errado ele sempre foi um herói pra mim e ouvir aquilo só fez com que eu acreditasse cada vez menos nisso.

Eu:Fala pai,é verdade? Isso tudo é verdade- ele abaixou a cabeça e virou de costas.
Olhei pro Matheus que me olhava serio.
-nem precisa responder,seu silêncio já disse tudo!- me virei de costas e tentei andar.
Eu não ia ir embora com o meu pai,eu precisava pensar um pouquinho.

Bruno:Bora Luiza,a gente conversa em casa- segurou meu Braço.

Eu:não pai, não vou embora contigo- soltei meu Braço e ele franziu a testa.

Bruno:porra Luiza,não dificulta as coisas,tua mãe ta preocupada contigo.

Eu:fala pra ela que eu to bem- me virei de novo.

Bruno:tu não ta bem,olha teu estado filha,vamos embora comigo.

Eu:eu já disse que não.
-eu posso estar sendo egoísta,mesquinha ou oque quiserem falar de mim, mas ouvir que seu pai matou uma família inocente por vingança é demais.

Eu escutei os 17 anos da minha vida que meu pai podia estar do lado errado do jogo,mas ele jamais mataria ou machucaria inocentes e hoje oque eu escuto é o contrário disso.
Eu só preciso pensar.

Matheus:bora comigo!- segurou minha mão.
Olhei pro meu pai e ele negou.

Bruno:se tu não vai comigo também não vai com ele-apontou a arma pro Matheus e eu entrei na frente.

Eu:atira!- ele me olhou e depois pro Matheus- atira em mais um inocente pai- ele abaixou a arma negando.

Bruno:tu não entende,vamos conversar filha.

Eu:agora eu não consigo,não consigo nem olhar pra tua cara pai.
-neguei e ele acentiu.

Bruno:vai embora com ele e quando quiser conversar eu vou estar em casa-apontou pro Matheus- e tu leva ela em casa,tem passe livre pra levar ela em casa- ele acentiu e me olhou.

Matheus: bora!- puxou minha mão e eu olhei pro meu pai.

Por que?
Qual o motivo dele fazer isso?

Heitor:sei que é um momento pra todo mundo chorar,mas parabéns Morena, tu é foda pra caralho!- eu sorri e ele me abraçou de lado.

Entramos no carro onde estava o PP e mais um,ficou meio apertado mais coube.

Depois de uma hora mais ou menos,chegamos na Penha.

Entramos na casa do Matheus que eu já conhecia e eu me joguei no sofá.

Matheus:quer alguma coisa?-se sentou do meu lado passando a mão na minha coxa.

Eu:só preciso de um banho e um remédio pra dor- fechei os olhos.

Matheus:sobe lá,vou providenciar um remédio pra ti enquanto toma banho,pode pegar uma camisa minha se quiser, eu deixo- piscou pra mim e eu sorri.

Subi a escada quase parando,não tava nem aguentando subir as escadas.
Entrei no banheiro do quarto,peguei uma toalha e liguei o chuveiro.

Entrei de baixo da água morna e sentei no chão.
Eu só preciso pensar um pouquinho.

Enquanto a água caia sobre meus ombros, não saia da minha cabeça o por que do meu pai ter feito oque fez, todo mundo idolatrava ele no vidigal até mesmo eu.

Amanhã eu vou pra casa e converso com ele.
Se conseguir,por que parece tão fácil pra quem vê,mas pra quem sente é tão difícil,ainda mais pra mim que não sei lidar com as minhas emoções.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora