Capítulo 62 (Luiza)

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Acordar em uma cama de hospital é horrível, detesto. Mas hoje foi diferente, acordei querendo voltar a dormir.
Coisa de doido mesmo gente, é um sono que não acaba mais.

Matheus: vida- resmunguei e abri os olhos.
- levanta, tu sai hoje.

Eu: mentira!- levantei da cama rápido e ele acentiu- graças a Deus, odeio hospital- tava quase pulando e ele me parou.

Matheus: repoulso nega, repoulso absoluto mesmo.

Eu: pelo menos não vou ter que fazer nada lá em casa- sentei de novo e ele riu.

Matheus: não vai- sentou em um sofázinho que tem do lado da cama.
- a Let comentou alguma coisa contigo sobre estar passando mal?
- neguei franzindo a testa.

Eu: a gente nem tem se falado muito-ele acentiu- por que?

Matheus: o Heitor tava falando umas parada assim, ai o JJ pediu pra eu te perguntar.

Eu: to preocupava agora- ele negou.

Matheus: não fica, não deve ser nada não.

Eu: é oque eu espero. Vou falar com ela ainda hoje.

Matheus: chama as meninas pra ir la em casa hoje pô, eu e os lek vai jogar.
- acenti.

Eu: vou fazer isso.
- ele me puxou pela mão.

Matheus: bora pra casa-passamos pela recepção e a mulher que tava lá nos seguiu com o olhar.

Eu: ta olhando oque, vaca desnutrida?- parei no caminho e coloquei as mãos na cintura.

Matheus: Luiza!- me puxou de novo- bora logo, antes que tu decide descer a porrada na menina que não fez nada.
- entramos no carro.

Eu: nao fez nada? Ah não! Agora quem vai levar porrada vai ser você- ele deu risada- ela tava te olhando seu burro, só faltava pular em cima de você- ele riu mais ainda- e não ri não que não tem a menor graça.- virei pra janela e fiquei.
-Saimos daquele hospital e ai que eu me dei conta que era clandestino.

Chegamos na Penha e eu ja fui ligando pras meninas que em menos de meia hora tava no meu quarto.

Pamella: gataaa- veio me abraçar- como você ta? Fiquei preocupada- sentou do meu lado.

Eu: to bem, so preciso ficar em repoulso absoluto.

Letícia: chatão isso né.

Eu: nem tanto, por que eu amo ficar deitada, mas quando eu quiser fazer alguma coisa não vou poder.

Pamella: credo, que horror.

Eu: pois é, mas e o Juca gente? Ele não ia vim também?

Letícia: então, ele ta com um b.o pra resolver lá com o boy dele, não conseguiu vir.

Eu: mó saudade daquela bixa- elas acentiram- vou ter que dar um jeito de ver ele.

Pamella: vamos resolver isso pra ti.

Eu: e me conta let, fiquei sabendo que você anda passando mal- ela olhou pra Pam e acentiu.
- sentindo oque?

Letícia: enjoos, tontura direto, sinto fome toda hora, vontade de fazer xixi também.

Eu: eu sinto as mesmas coisas- ela franziu a testa.

Letícia: ta insinuando que eu possa estar grávida?- acenti- não, não tem como se nao a Pam também estaria.
- olhei pra Pam.

Eu: como assim?
- um ponto de interrogação na minha cara se formou.

Letícia: ele ta sentindo as mesmas coisas que eu, a gente não pode estar grávida, deve ser virose, sei lá.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora