Capítulo 38 (Luiza)

2.4K 194 2
                                    

5/7

Acordei no meio da madrugada com o Gus me sacudindo.

Eu: hm- resmunguei e abri os olhos.

Gustavo: porra, levei umas 2 braçadas na cara- dei risada.- tu tava sonhando?

Eu: tendo pesadelo mesmo- me sentei na cama.

Gustavo: com oque?

Eu: nada demais, volta a dormir, vou no banheiro.
- levantei olhando a hora no celular e vi que era 3:30.
Fui no banheiro e quando voltei pro quarto o Gus já tava dormindo.
Cobri ele e desci até a cozinha.
Tomei um pouco de água é resolvi sair por ai.
Abri o portão devagar, por que esse portão faz um barulho horrível.

Na entrada tinha dois caras dormindo, deixa o Bruno saber disso.
Passei por eles bem tranquila e caminhei sem rumo mesmo.
Nem troquei de roupa, continuava com a calça de pijama e a blusa.

Eu tava pensando em mil coisas e não conseguia colocar meus pensamentos em ordem, por que em tudo que eu pensava o Matheus tava no meio.

Acabei rindo do que o Gus falou, coitado, bati nele sem querer. Mas realmente eu tava sonhando, na verdade era mais um pesadelo.
E nesse pesadelo eu estava entrando na igreja, vestida de noiva, mas não era o Matheus no altar, era o Gabriel, irmão dele.
Me da vontade de vomitar toda vez que lembro disso.

Parei em frente a praia, não tinha ninguém a uma hora dessas, então caminhei devagar e subi em uma das rochas que tinha ali.

Queria tanto que tudo fosse diferente.
Meu pai principalmente, ele não era assim, e só foi escutar o nome do Matheus que ele se transformou. Pra mim não foi só a morte do amigo dele, pra mim tem mais coisa ai.

XxxX: Sozinha?- puta que pariu! Meu coração até acelerou só de escutar esss voz.
Me virei pra ele e acenti.

Matheus: fazendo oque aqui a essa hora nega?- se sentou do meu lado.
Me chamou de nega meu coração até derreteu gente.

Eu: pensando e tu, não devia ta curtindo teus baile? Fiquei sabendo que ia ter na Penha hoje.

Matheus: e ta tendo, incluive tuas amigas estão lá.- mais que safadas, elas iam pra Mangueira.

Eu: espero que elas se divirtam.

Matheus: quando o Heitor falou que elas iam eu fiquei esperando tu aparecer, por que não foi pô?
- nem olhei pra ele.

Eu: não to afim de festas e Bailes agora.
- a gente ficou em silêncio por um tempo, só escutando as ondas do mar.

Matheus: pô morena, tu ta fazendo falta- olhei pra ele.- não menti quando disse que gosto de tu.- foi inevitável não sorrir, mas parei de sorrir logo.
Não consegui dizer nada então ele continuou- por que ta fazendo isso?

Eu: Marcola eu já te disse- ele tirou o boné e coçou a cabeça.

Matheus: já disse que pra ti é Matheus. Mas eu sei que não é isso.

Eu: acredite se quiser, agora eu tenho que ir- me levantei e senti uma tontura que me fez cambalear pra trás.

Matheus: que foi? Ta bem?- acenti quando ele me segurou pela cintura.

Eu: to bem sim!- me soltei e fui descer das rochas mas ele segurou minha mão.

Matheus: espera, eu te ajudo Caralho- ele foi descendo e me ajudando até eu pisar na areia.
- sei que não quer mais nada, mas ta difícil- ele falou e me beijou, nem me preocupei com nada, só retribui o beijo.
Que saudade hein.
Nem faz tanto tempo, mas quando vicia em um beijo um dia sem beijar aquela boca já vira saudade.

Eu: Matheus não!- me afastei quando me dei conta do que tava fazendo e sai andando rápido, mas ele veio atrás.

Matheus: Porra preta, ta difícil, volta vai- segurou minha mão.

Eu: não, por favor me deixa ir.

Matheus: e como tu vai?

Eu: eu vim andando e volto andando.
- me afastei dele.

Matheus: tu ficou tonta, deixa eu te levar em casa- neguei.- pelo menos até a metade do caminho.

Eu: não precisa, obrigado.

Matheus: oque que custa? Vai me deixa te levar até a metade do caminho só.

Eu: Matheus nem é tão longe.- ele negou.

Matheus: tu ficou tonta, quer cair e morrer?
Bora logo- quando vi que ele não ia desistir eu montei na moto dele e ele me deixou realmente na metade do Caminho.
Sai da moto e ele segurou minha mão.

Eu: Matheus...- nem terminei de falar por que ele me calou com um beijo.

Matheus: fica esperta, vou descobrir oque ta acontecendo.
- sorriu e acelerou a moto.

Segui o resto do Caminho sorrindo por ter beijado ele.
Cheguei em casa e tava todo mundo dormindo, fui pro meu quarto, me deitei e voltei a dormir.

Acordei no outro dia com o sol quente na cara.

Eu: Gus- chacoalhei ele- Gus acorda- ele se remexeu.

Gustavo: Bom Dia prima- me deu um beijo na bochecha e sentou na cama.
- que horas são hein.

Eu: Bom Dia, agora é 12:00.

Gustavo: eita porra- passou a mão pelo cabelo- falei pro meu pai que ia ajudar ele e to aqui ainda.

Eu: ta atrasado?- ele acentiu.
- minha culpa ta vendo?- ele sorriu.

Gustavo: sua nada, ninguém tem culpa se meu pai acorda com as galinha.
- dei risada.
- Tchau priminha- me deu um beijo na testa e saiu fechando a porta.

Voltei a deitar e fiquei ali enrolando pra sair da cama.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora