Capítulo 12(Bruno)

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Sai de lá,com a cabeça a milhão, ja tinha fumado um basé,mas a desgraça não saia da cabeça.

Deixei a comida dela lá e segui pra boca da entrada.

Fiz toque com os menor ta entrada e entrei na salinha.

Perera: eai meu bom,não veio mais aqui- falou fazendo toque comigo.

Eu: fiz uns corre ai,fiquei sem tempo, mais diz ai como é que ta.

Perera: pô meu bom, aqui em cima tem muita gente devendo,mas o lucro continua,ja pedi pro menorzinho ir cobrar os daqui.

Eu: beleza, passa o caderninho ai- falei a ele que me entregou o caderno das contabilidade.

Eu: é,os lucro ta bom.- falei devolvendo.

Perera: ta,mais eai quer uma fileira de coca?

Eu: não, tenho quer ir resolver uns negócio mais vlw ai.- tava saindo ja quando ele falou

Perera: e a Morena? Como que a baixinha ta?
- como é que é rapá,morena? Baixinha? Quês porra de apelido é esse mermão.

Eu: ta ótima- me virei furioso já.

Perera: pô cara,bate nela não, a mina mó firmeza,mó carinha de anjo.- com certeza eu to vermelho de raiva.

Eu: ae tio,ja corta as intimidade com a cachorra,ta me escutando?
- falei chegando perto.

Perera: calma ai meu bom,só tava falando, relaxa ai cara.
- falou se levantando da cadeira e eu sai batendo a porta.

Segui pra boca principal e ja tava anoitecendo.

Léo: eai brother- fiz toque com ele.

Eu: eai- falei e me sentei pegando um copo de whisky.

Léo: ea morena,como que ela ta?
- só pode ta me tirando.

Eu: ta ótima- respondi, cerrando os punhos.

Léo: vou te mandar a real,papo de irmão mermo ta ligado, te conheço a muito tempo e sei que tu ta gostando da morena,tu só não assumi,mais presta atenção, quando aparecer outro e tiver dando valor que a mina merece,tu vai roda. Pô brother me escuta,tira a mina de lá,ela não merece isso não, aqui na favela ela ja ganhou o respeito dos menor com aquela carinha e aquele jeito doce,pra chegar alguem e ganhar o coração dela não custa brother.
- esse maluco ta estranho, eu gostar da morena? Não.
E ela ficar com outro? NÃO.
Na minha favela não caraí.

Eu: ta louco irmão, os base que tu ta fumando ta estragado brother.
- falei rindo.

Léo: to só te avisando,te conheço a mó tempão, desde moleque,e sei que tu ta gostando dela e sei também que tu tem ciúmes,assume logo caraí.
- desgraça,me conhece mais que eu mesmo.
Nem eu sei oque sinto pela caralha.

Bebi o whisky de uma vez peguei a chave da moto e sai da boca deixando o Léo lá.
Subi na moto e segui pro quartinho.

Cadê o porra que tava aqui na porta?

Entrei,no quartinho e...

Eu: QUE PORRA É ESSA?-falei olhando pra aquela cena "linda".

A caralha me olhou com os olhos arregalados e se separou do menor.
Logo as palavras do Léo veio na cabeça.

Allana: olha BBil...- falou mais eu interrompi.

Eu: tu ta louco Chara,quer morrer porra- falei pro Lucas que me olhava com um olhar de raiva.

Lucas: pô cara ela ta aqui a dias e ela não fez nada,tu que ta ficando louco,tu nunca fez isso.
- falou me peitando o vagabundo.

Eu: sai daqui caralho.
- falei apontando pra porta.
Ele saiu mas antes abraçou e beijou a bochecha da Allana.
A vagabundo.

Eu: e tu ta mais louca ainda, ja falei que não quero ver essas porra aqui.- falei segurando o braço dela.

Ela me olhava assustada,com aqueles olhos grandes que me fazia esquecer de tudo.
Machucar ela eu não consigo, mais que porra.
Soltei o braço dela e ela passou a mão onde eu segurei.

Eu: caralho tu faz tudo na hora errada- falei dando um murro da parede.

Allana: eu só quis ver ele e dar um abraço, faz tempo que não o vejo.- falou me olhando.

Ja tinha decidido que ia tirar ela daqui ainda hoje,mais essa desgraça faz tudo na hora errada.

Abri a porta e a chamei mais ela continuou parada.

Eu: vem logo caralho- falei subindo na moto e ela veio logo atrás subindo e segurando somente na minha camisa.

Segui pra casinha que a Gio tinha escolhido pra ela antes da caralha tentar fugir.

Parei em frente a casinha e desci logo depois dela.

Allana: é sua casa?- perguntou olhando tudo em volta.

Eu: não- falei e sorri.

Allana: oque a gente veio fazer na casa dos outros- perguntou assustada.

Abri a porta e mandei ela entrar.

Allana: pede licença antes de entrar na casa dos outros, seu mal educado- falou me fazendo gargalhar.

Eu: é sua essa casa- falei voltando a ficar sério.

Ela veio até mim e colocou a mão na minha testa,abriu bem meus olhos e olhou pra mim assustada.

Allana: tu se drogou ?

Eu:sim.
- respondi rindo.

Allana: eu sabia, se você tivesse sobrio não faria isso.

Eu: claro que nao me droguei.
- falei serio

Allana: vamos pró hospital tu deve ter uma doença grave- falou bem seria me fazendo rir.

Eu: para com isso, essa casa agora é sua,foi a Gio que escolheu.
- falei cruzando os braços.

Allana: tu me espanca,me beija,me bate,me beija de novo,briga comigo e agora me da uma casa?

Eu: isso ai.
- falei me sentando no sofá.

Allana: vamos pro hospital- falou me puxando do sofá me fazendo ficar de pé.

Eu: não, presta atenção, essa casa agora é sua.

Allana: calma eu preciso de água.- falou procurando a cozinha.

Depois de um tempo se sentou.

Allana: quem mandou tu fazer isso?

Não é possivel que ela ainda não acreditou.

Eu: caralho,essa casa é sua agora.
- falei ja nervoso.

Allana: ta calma.- respirou fundo e quando eu tava saindo ela me chama.

Allana: onde tu vai?- perguntou.

Eu: vou pra minha goma- falei chegando perto da porta.

Allana: não vai não, dorme aqui comigo por favor- falou segurando meu braço.

Eu: como?- perguntei rindo.

Allana: por favor,eu tenho medo- falou me olhando.

Eu: UE tu não era a corajosa- falei rindo.

Allana: ta bom,pode ir- falou e voltou pro sofá.

Eu: vou ficar,mais to com fome.
- falei me jogando no sofá.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora