Capítulo 25 (Luiza)

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Eu: eu não fiz nada, mas meu pai quer me mandar amanhã mesmo pra outro pais!- passei a mão no rosto.

Pamella: que? Por que?- arregalou os olhos.

Eu: ele não quer que eu continue com o Matheus e indo na Penha.

Pamella: e tu vai fazer oque? Fugir?
- acenti.

Eu: é isso mesmo que eu vou fazer! A Joyce tem um quarto vazio na casa dela, vou mandar uma mensagem pra ela e vou hoje mesmo.

Pamella: isso é maluquisse, mas eu to junto contigo! No que eu ajudo?

Eu: me ajuda a sair daqui!- ela acentiu- eu preciso sair daqui urgente.

Pamella: pode deixar comigo, eu te ajudo, mas como tu vai fazer lá?

Eu: eu fico na casa da Joyce por enquanto e tento arrumar um emprego pelo asfalto.
Tu sabe como o Matheus ta e eu não vou deixar de ir visitar ele ou de ir na Penha por causa do meu pai.

Pamella: tem certeza que isso é o melhor?

Eu: não tenho certeza de nada, mas ir pra outro país eu não vou.

Pamella: e suas coisas? Como vai sair da tua casa sem seus pais verem?

Eu: deixa isso comigo, só me ajuda na entrada.- ela acentiu.

Pamella: que horas?

Eu: madrugada que é mais sossegado e não tem tanta gente na rua.

Pamella: ok, te mando mensagem quando conseguir liberar a entrada pra ti.- acenti- mas não deixa de me mandar mensagem ta.

Eu: pode deixar e vai me ver lá hein.

Pamella: claro que eu vou!

Eu: vou voltar pra casa agora- levantei da calçada- te amo ta- ela me abraçou.

Pamella: te amo muito doida!
- sai do abraço e voltei pra casa.

Meus pais estavam na sala e eu subi direto pro meu quarto.

E quando fechei a porta escutei alguém trancando pelo lado de fora a porta.
Não vou sair pela porta da frente mesmo.

Arrumei algumas roupas em uma mochila, coloquei também oque eu mais ia precisar e coloquei meu celular pra carregar.

Peguei o resto do meu dinheiro que não era muito mas também não era pouco.

Último semestre da escola Adeus.
Não vou conseguir ir mais.
O Bom é que é o ultimo ano e minhas notas estão boas.
Espero não repetir.

Tomei um banho na água morna, lavei os cabelos e sai.
Coloquei uma calça jeans clara e uma blusa regata, nó pé um tênis qualquer e arrumei meus cabelos.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Joyce falando que eu ia ficar lá por um tempo e ela gostou da idéia.
A Pamella mandou uma mensagem falando que as 2:00 ela estaria na entrada e depois me mandava uma mensagem quando estivesse limpo.

Me deitei na cama e acabei pensando em tudo na minha vida.

Desde de quando eu pisei na Penha eu e meu pai brigamos.
Ele nunca aceitou e provavelmente não vai aceitar.
Minha mãe é mais de boas em relação a isso, ela não gosta mais também não me proibe, oque ela faz é me dar conselhos e fica pra mim decidir se vou seguir os conselhos dela ou não.

Eu queria que pelo menos uma vez meu pai me entendesse sabe?
Entendesse o motivo de que não querer sair da Penha, entendesse o meu lado da história e me entendesse.
Mas sei lá, parece que isso é tão difícil.
Ele não tem dificuldade em entender o lado da Letícia, agora o meu...

Acabei dormindo um pouco sem almoçar mesmo.
Estava tão grogue de sono que eu nem coloquei meu celular pra despertar.
Mas eu acordei as 23:00h com batidas na porta.

Allan: filha?- bateu de novo.

Eu: oi- respondi de dentro do quarto.

Allana: não quer comer nada? Desde de quando chegou você não comeu nada.

Eu: obrigada mãe, mas não quero.

Allana: tem certeza?

Eu: absoluta- e realmente eu não estava com fome.
Não como desde de ontem a noite e não estou com fome.

Allana: eu queria tanto abrir essa porta, mas seu pai escondeu a chave.
Ele falou que só abre amanhã quando for o horário do seu vôo.

Eu: eu entendi mãe, te amo ta.

Allana: te amo filha.
- e acho que ela foi embora.

Esperei sentada até as 2:00h e quando foi mais ou menos 2:10 a Pamella mandou mensagem.

Peguei minha mochila e meu celular e fui abrir a Janela.
Mas não abria.
Ah não!
Por favor não !

Empurrei com toda a minha força aquela budega, mas não saia do lugar.
Droga!

Fui pro banheiro e subi na privada abrindo a janela pequena que tinha.

Olhei lá embaixo e dava pra pular.

Joguei minha mochila primeiro e depois eu pulei caindo em cima de umas caixas de papelão.
Ai minhas costas!

Levantei com falta de ar e corri pra entrada e a Pamella tava lá.

Pamella: graças a Deus, ja pedi um uber, anda logo que eles estão voltando.
- abracei ela e entrei dentro do Uber sem fazer perguntas.

A Joyce estaria me esperando na Penha então sem problemas.

Demorou como sempre pra chegar lá mas chegou.

Joyce: eu sabia que ia dar merda- me abraçou.

Eu: meu pai ficou louco, queria me mandar pra outro país hoje mesmo.

Joyce: que? Me conta essa história direito!- falou enquanto subiamos o morro e eu fui explicando tudo.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora