Capítulo 49 (Matheus)

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Tava tudo indo bem até o desgraçado chegar.
Já sai da minha goma sabendo que não ia dar bom, mesmo a minha sogra falando que ele não estaria em casa.

Bruno: QUE PORRA É ESSA?-ele entrou na cozinha gritando e a Luiza olhou pra ele e depois pra mim apertando a minha mão.
- NINGUÉM VAI FALAR NADA? OQUE ESSE MERDA TA FAZENDO DENTRO DA MINHA CASA? FALA PORRA!-veio até mim e me empurrou.
Levantei da cadeira na hora e a Luiza também.

Heitor: vai dar muita merda.

Bruno: desgraçado!- puxou minha camisa e me deu um soco na boca.
Revidei com um soco no olho e outro no nariz.
Ele me jogou no chão e me deu um chute na perna- vagabundo!
-puxei ele pela perna e ele caiu batendo as costas, dei uma sequência de socos na cara do desgraçado e senti me puxarem pra trás.

Luiza:CHEGA! PARA OS DOIS!

Bruno:fica esperto seu filho da puta arrombado.- tava ofegante assim como eu.

Luiza: pai!- ele olhou pra ela- a gente veio comer só, não precisa brigar por nada disso!

Bruno: como tu trás esse traste pra dentro de casa Luiza?- olhou pra ela- e vocês- apontou pro Vitor, Diego e Leo- não fizeram nada e deixaram ele entrar?

Vitor: claro, mano gente boa.
- cruzou os braços.

Bruno: acho que vocês esqueceram quem manda nessa porra, eu posso mandar matar todo mundo nesse caralho!- a Luiza franziu a testa.

Luiza: então manda matar pai- ele encarou ela-manda matar a sua única família, igual você matou a família do Matheus!- ae porra, essa é minha mulher.

Bruno: Luiza...- ela nem deixou ele terminar.

Luiza: não, agora quem vai falar sou eu!- o Heitor e o Vitor bateram palma.
- Me diz, onde ta a sua vocação de pai? Onde ta aquele amor que tu prometeu sempre nós dar? Onde ta a proteção e o carinho de pai?
Fala Bruno.

Bruno: eu dei proteção, quando proibi tu de ficar com esse filho da puta. Mas tu não quis não é.

Luiza: não, eu não quis por que eu me sinto mais segura com ele do que contigo, tu falou que ia me proteger, mas esqueceu de me proteger de você mesmo.

Bruno: não fala isso Luiza, sabe que não é verdade.

Luiza: não é verdade?- deu uma risada irônica- então me obrigar a casar com outra pessoa por que VOCÊ não gosta do Matheus é proteger? Me ameaçar é me proteger? Por favor né Bruno.
- se sentou passando a mão na cabeça.

Bruno: me chama de pai caralho!
- deu um soco na mesa.

Heitor: tensooo!

Luiza: te chamar de pai? Não, agora você não ta sendo pai, agora você ta sendo esgoista, frio, só pensa em si mesmo e que se dane os outros.
Pai cuida, da amor, carinho, apoio.
Um pai de verdade não ameaça, não obriga. Ta certo que as vezes tem que dar um puxão de orelha, deixar de castigo, mas ameaçar nunca.
- ela olhou pra ele.
- eu te amo muito pai, mas eu não piso mais aqui enquanto você estiver alimentando teu ego, enquanto você estiver com esse ódio.
- ela deu um beijo na testa da mãe dela e saiu porta a fora.

Allana: Acabou Bruno!- colocou a aliança na mesa- quando você parar com essa intriga idiota a gente conversa. Enquanto a minha filha não pisar aqui eu também não piso- saiu porta a fora também.

Eu: tchau galera, valew ai- acenei pros outros e sai limpando a boca com sangue.
Esperei do lado de fora da casa a Luiza e a Allana conversarem e quando eu vi a Allana dando um beijo na testa da Luiza e saindo, eu fui até ela.

Heitor: valew pela comida, tava nota 10 essa lasanha hein, pode me chamar na próxima, e se tiver barraco eu venho com certeza- escutei ele falando e logo depois tava atrás de mim mais o Jonathan.
- ceis viram, maior cao la dentro.

Jonathan: tenso pra caralho- segurei na mão da Luiza e ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

Eu: independente de qualquer cao, de qualquer problema, eu te amo beleza, to contigo pro que der e vier nega- ela me abraçou fazendo a gente parar no meio do caminho.

Luiza: te amo, e eu to junto contigo pro que der e vier também ta- falou baixo mas eu escutei.- ta doendo ?- passou a mão no canto da minha boca onde sangrava e eu neguei.

Eu: agora vamo vazar daqui- ela acentiu e a gente seguiu caminho até o carro.

Tinha mais espaço atrás por que as meninas ficaram então tava tranquilo pro Heitor.

Heitor: porra! Queria que a Pamella tivesse aqui, tava apertado quando a gente veio, mas é melhor do lado dela- a Luiza sorriu.

Luiza: amanhã ela ta lá Heitor- encostou a cabeça no vidro do carro.

Heitor: serio mesmo?- ela acentiu- ae porra!

Jonathan: minha moreninha também, ta colando lá amanhã.

Eles ficaram conversando lá atrás eu fiquei prestando atenção na estrada até a Penha e preocupado com a minha nega.

Ela não merecia isso não. Pô mina dahora pra caralho, ajuda todo mundo, ta com um sorriso no rosto o tempo todo e é mó cao ver ela triste ou chorando. Coração chega aperta, serio mesmo.

Mas o pai dela vai pagar, aquele desgraçado, filho da Puta.
A hora dele vai chegar.

Parei na Penha, uns 40 minutos depois, deixei os lek em casa e fui pra minha.
A Luiza dormia encostada no Vidro.
Abri o portão da garagem, estacionei o carro e peguei a Luiza no colo, levando ela pro quarto.
Coloquei ela na cama, tirei o Tênis que ela tava no pé e fui pro banheiro.
Tomei um banho rapidão, coloquei uma cueca e uma bermuda, escovei os dentes e me deitei do lado dela.

Passei a mão no cabelo dela, e fechei os olhos.
Senti duas mãozinhas me abraçarem forte.
Sorri e abri os olhos.

Luiza: promete nunca me deixar?- sussurrou de olhos fechados.

Eu: prometo!

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora