Capítulo 46 (Luiza)

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Acordei no outro dia cedo e tava todo mundo espalhado pela sala.
Tentei levantar mas a Andressa tava em cima de mim.

Eu: ou- chacoalhei ela- Andressa cacete!- tem uns tapinhas na cara dela- acorda, eu quero levantar- ela resgumgou e tirous os braços de cima de mim.

Levantei com o maior cuidado pra não pisar em ninguém e fui no banheiro.
Fiz xixi, lavei o rosto a fiz um coque no cabelo.
Sai dali e dei de cara com o Matheus.

Eu: quer me matar de susto cacete!- coloquei a mão no coração e ele deu aquele sorriso.

Matheus: o Nenê te avisou que eu queria falar contigo hoje?

Eu: avisou, mas tinha que ser agora tão cedo?

Matheus: cedo o escambal, 13:00h agora nega- me mostrou a hora no celular dele.

Eu: pra mim ainda tem muito cedo.
- tentei sair dali mas ele puxou meu pulso, como sempre.

Matheus: a gente vai conversar- sussurrou no meu ouvido.
Filho da mãe!

Eu: só depois que eu comer- puxei meu pulso.

Matheus: tão ta- pegou no meu braço e saiu me puxando casa a fora.

Eu: me solta!- ele continuou me puxando- eu vou gritar!- ele riu- e chamar a polícia- ele riu mais ainda- Para Matheus!- ele fechou a porta da casa do Heitor e eu montei na moto.

Ele sabe que tenho medo de moto e sempre vem de moto.

Chegamos na casa dele e ele me puxou pra dentro.

Eu: já pode me soltar- puxei meu braço e ele riu.- não to achando graça, eu falei que só ia conversar contigo depois que eu comer.

Matheus: fica a vontade- apontou pra bancada da cozinha onde tinha muita comida.

Isso aqui é o paraíso gente!

Sorri e me sentei.
Comi tanta coisa gostosa.

Matheus: agora podemos conversar?
- neguei.

Eu: não acabei de comer ainda- ele bufou.
Estava tentando ao máximo fugir dessa conversa.

Matheus: tu já comeu quase tudo que tem nessa bancada, porra!

Eu: para de reclamar, eu to grávida esqueceu.
- ele sorriu.

Matheus:parece que nunca viu comida- deu risada.

Eu: haha, bem engraçado.
-Parei de comer e olhei pra ele- fala logo.- ele tirou o boné coçou a cabeça e me olhou.

Matheus: pô neguinha, volta vai- lembrei do que o Heitor falou- eu não penso mais em nenhum plano idiota, eu penso em tu, no nosso pivete, agora eu penso na nossa família, a família que a gente vai contruir junto.- aaaah Matheus!

Eu: eu te amo muito, mas eu tenho medo- coloquei o cabelo atrás da orelha.

Matheus: medo de que?

Eu: meu pai te odeia.

Matheus: é reciproco.
- dei risada.

Eu: e eu tenho medo que ele tente algo, tenho medo de tudo acabar.

Matheus: não vai acabar, eu te amo pra caralho, não vou deixar nada te acontecer pequena- veio em minha direção e me abraçou.
Acho que era de um abraço que eu precisava.

Eu: também te amo.

Matheus: a gente voltou?- revirei os olhos e acenti- ae porraaa!- me abraçou mais apertado e beijou minha barriga.- ae filhão, fica esperto, o pai vai te ensinar varios bagulho.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora