Capítulo 43 (Allana)

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2/4.

Ontem na igreja foi um falatório, e o Bruno ficou puto, muito puto.
E eu claro que dei risada.

Bruno: porra!- gritou batendo na mesa.

Eu: quebrar as coisas não vai adiantar de nada!- ele me olhou.

Bruno: quem falou pra aquele filho da puta? Quem?

Eu: eu falei!- ele fechou os olhos.

Bruno: tu ta maluca? Tu não tava do meu lado?

Eu: maluco ta você, e sim eu estava do teu lado, ate saber desse teu planinho ridículo, até ver que a Luiza tava infeliz. Ate ver ela chorar sem parar e eu sabia que tinha alguma coisa errada.

Bruno: puta que pariu!- sentou no sofá- ta ficando louca mesmo.

Eu: eu escutei a tua conversa com a Luiza, eu ia ver a minha filha sacrificando a vida dela pela pessoa que ela amava e eu não ia deixar isso acontecer.
Peguei o número do Matheus com a Pamella e liguei. Liguei mesmo, e pode falar oque quiser, era a minha filha que ia ser infeliz.

Bruno: isso era pro bem dela caralho! Vem com essa não.

Eu: bem dela? Isso só favorecia você Bruno! Caramba, será que você não vê que era a nossa filha? Era a Luiza Bruno.

Bruno: eu sei pô ! Mas isso ia passar, ela ia ficar feliz com o passar do tempo.

Eu: claro que ia- dei uma risada irônica- antes de fazer as coisas se colocar no lugar das pessoas, pensa um pouco.

Bruno: eu pensei sim, e o Gabriel era o melhor pra ela.

Eu: CHEGA BRUNO!-gritei- eu não to te reconhecendo mais, não to vendo em você o Bruno pai, carinhoso e cuidadoso.
Eu to vendo em você o BBil, frio, calculista e que sempre faz o melhor pro próprio umbigo.

Bruno: já falei, merda! Isso era o melhor pra nossa filha sim!

Eu: eu não vou ficar aqui e escutar suas ladainhas.
- abri a porta e ele me chamou.

Bruno: pensa Allana, o Marcola não serve pra ela, ele vai fazer da vida dela um inferno.

Eu: quem vai fazer a vida dela um inferno é você.
-sai e fechei a porta, indo pra casa da Gio.

Giovanna: ele ta irreconhecível- falou depois de eu contar oque aconteceu.

Eu: ele mudou muito desde de a chegada do Marcola.

Giovanna: e a Luiza? Por que ela não falou nada pra ninguém?

Eu: eu conheço muito bem aquela ali, ela ia fazer de tudo pra salvar a vida do Matheus.

Giovanna: parece até você- dei risada.

Eu: cara, você tem noção do que ela ia sofrer?- ela acentiu- o Bruno ta cada vez mais louco, mais obsessivo.

Giovanna: eu sei, até obrigou a própria filha a se casar com outro.

Eu: ele ameaçou ela- ela acentiu.

Giovanna: ele vai se arrepender, como sempre, ele faz burrada e depois se arrepende.

Eu: espero que ele se arrependa e muito.

Giovanna: mais é verdade ele mudou mesmo, ele não era assim a anos e anos.

Eu: de tudo oque eu escutei dele sobre as meninas, até agora ele só fez o contrário.

Giovanna: cuidado amiga, de verdade, não sei do que ele é capaz de fazer agora.

Eu: vou tomar, espero que a Luiza não volte pra cá e vou falar pra Let passar uns dias na casa do Jonathan.

Giovanna: faz isso.- acenti- a Let também, ta tão feliz com o Jonathan.

Eu: ta mesmo, nem conheço ele mas já amo, só por ele fazer a felicidade dela.

Giovanna: e o Matheus?tu Sabe dessa rivalidade dele com o Bruno?

Eu: eu escutei oque o Bruno falou, a uns 4 anos atrás o Bruno matou a família do Matheus e o Matheus agora quer vingança.

Giovanna: meu Deus!- colocou a mão na boca- por isso o medo do Bruno.

Eu: mas o Matheus não iria fazer nada com a Lu.

Giovanna: será que não?

Eu: tenho certeza, você tinha que ver a felicidade da Lu quando tava com ele, o sorriso que ela dava quando falava o nome dele.

Giovanna: oque o amor não faz.

Eu: pois é!- acenti- mas na real eu não entendo o Bruno.
Ele muda mas passa um tempo e ele volta a ser quem ele era a anos atrás quando eu conheci ele.

Giovanna: não sei oque aconteceu, mas depois da morte da minha mãe ele mudou mais ainda.

Eu: eu senti que ele ficou mais frio- ela acentiu.

Giovanna: sim.

Eu: posso dormir aqui amiga?-mudei de assunto.

Giovanna: claro que sim- sorriu- quando quiser.

Eu: vou voltar pra casa só amanhã.

Giovanna: melhor mesmo.- acenti.

Eu: acho que vou na Penha amanhã.

Giovanna: ver as meninas?- acenti.

Eu: e conversar com a Lu, sonhei com ela e preciso saber de uns negócios.

Giovanna: ta certa, quer que eu vá contigo?

Eu: se quiser ir, sim.

Giovanna: vou sim- sorri.

Eu: oque seria de mim sem ti né.

Giovanna: seria nada meu bem- dei risada.

Conversamos e depois fomos comer.
E eu como sou trouxa fiquei com a cabeça no Bruno, pensando nele.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora