Capitulo 52 (Luiza)

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Acordei acho que era de madrugada.
Olhei pro lado e o Matheus dormia em uma cadeira segurando a minha mão e o Heitor e o Jonathan dormiam no sofá.

Passei minha outra mão na barriga e me lembrei do liquido que eu senti descer pela minhas pernas.
Apertei a mão do Matheus e ele acordou.

Eu: meu filho- falei baixo pra não acordar os meninos- ele ta bem?

Matheus: fica calma pô, ta bem sim, mas agora sua gravides é de risco, pode ficar nervosa não.
- suspirei aliviada.

Eu: senti tanto medo- fechei os olhos e ele apertou minha mão me fazendo olhar pra ele.

Matheus: passou, fica calma ta, agora tu é ele ta bem.
-acenti.

Eu: mas eu podia ter perdido o nosso filho.

Matheus: mas não perdeu, ele ta ai.
- passou a mão na minha barriga.

Eu: quando vou poder sair daqui?- ele negou.

Matheus: sei não nega, amanhã o médico fala.
- acenti.

Eu: por que tu não foi pra casa? É horrível dormir sentado.

Matheus: eu aguento pô-sorriu e me fez sorrir.
- fiquei desesperado quando vi tu no chão, sabia nem oque fazer.

Eu: Matheus!- coloquei a mão na boca- que hospital é esse? Tu não pode entrar, é melhor ir embora, vai que te pegam aqui e...- ele nem me deixou terminar.

Matheus: relaxa, ta tranquilo aqui, cobrei uns favores de um mano meu que trabalha aqui e ta tudo certo.

Eu: graças a Deus!

Matheus: agora dorme, tu precisa descansar.
-acenti e tentei me virar.

Eu: dorme tu também.
- fechei os olhos ainda segurando a mão dele.

Matheus: eu vou.

Acabei pegando no sono rapidinho e quando acordei já de manhã, só o Heitor estava no quarto.

Eu: Bom dia!- falei e ele se sentou na cadeira que o Matheus estava.

Heitor: Bom dia só depois que eu comer- dei risada negando.
-ta sentindo alguma coisa?- neguei.
- menos mal.

Eu: vai comer doido- ele negou.

Heitor: só depois que o o Matheus chegar.

Eu: pode ir, não tem problema não.

Heitor: sei não.- dei risada.

Eu: vai lá, pega a sua comida e come aqui- ele negou- tu ta com fome e eu vou me sentir culpada se tu não for comer.

Heitor:só por que to com muita fome- levantou e eu ri- marca um 10 ai, ja volto.-acenti e ele saiu.

Não tinha nada pra fazer naquele quarto,e eu não podia fazer nada por conta da gravides, então fiquei deitada olhando pro teto.
Escutei a porta abrir e fechar.

Eu: que rápido Heitor- dei risada e olhei.
Meu coração gelou na hora.
Não era o Heitor quem abriu a porta.

Gabriel: faz um tempinho que a gente não se vê, fiquei sabendo que você sofreu um acidente e vim ver como esta.
- cinicoooo.

Eu: estou otima, agora já pode sair- me encolhi na cama quando vi ele chegando mais perto.

Gabriel: mais já? Acabei de chegar- sorriu e foi passando a mão na lateral na cama até chegar em mim.
Que NOJOOO!

Eu: e quem disse que eu quero a tua presença aqui?- ele riu e passou a mão no meu rosto- e pode tirar as patas de mim!- bati na mão dele.

Gabriel: cuidado com a língua Luiza. Cuidado- encarei ele.
- sabe quem mandou te atropelar?- ele riu e eu arregalei os olhos.

Eu:como? ...Como tem coragem de fazer isso? - abri a boca indignada-Tem doença só pode.

Gabriel: eu avisei seu pai, mas parece que ele não me escutou e quem pagou foi você!- sorriu- uma pena né.

Eu: como você entrou na Penha?- perguntei sem acreditar- não é possivel!

Gabriel: não dizem por ai que as pessoas fazem tudo por dinheiro?- deu risada.

Eu: sai daqui!- falei quando ele se sentou na cadeira onde o Heitor estava- Sai ou eu vou gritar.

Gabriel: grita- ele passou a mão pelo meu pescoço apertando.
- Grita!- tentei tirar a mão dele do meu pescoço mas quanto mais eu tentava mais ele apertava.
- Grita sua vadia desgraçada.
-ja estava sentindo falta de ar, mas nada de alguém aparecer.
Quando tava perdendo as forças ele me soltou.
- não tem coragem não é?
- ele falava mas eu só tentava recuperar o fôlego.
- experimenta contar do que aconteceu aqui pra alguém pra tu ver.
Quem vai pagar é a tua mãe.
-arregalei os olhos.

Quão sujo esse homem é? Meu Deus!

Gabriel: quero que você largue do Matheus, volte pra casa do pai e finja que tudo esta normal- falou como se nada tivesse acontecido.

Eu: que? Logico que não!
- passei a mão pelo meu pescoço que doia.

Gabriel: então ta. Mas não reclama depois.
- ia saindo mas eu o chamei.

Eu: se eu não fizer nada disso, oque acontece?

Gabriel: ai já é melhor dar adeus pra sua mãe e teu namorado.

Eu: mas ele é teu irmão!como pode fazer isso?

Gabriel: bom, o recado ta dado.
- abriu a porta e saiu.

Comecei a chorar de desespero e sentia meu coração acelerado.
Qualquer ato meu geraria uma consequência.

Eu conto ou não?

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora