-Sem Escolha.(Pausado)

Capitulo 42 (Luiza)

Maratona 1/4.

Acordei do lado do amor da minha vida, levantei indo até o banheiro.
Tava meio enjoada, desde de ontem quando acabei de comer o meu lanche e o do Matheus.
Grávida e fogo mesmo.

Fiz xixi, lavei o rosto e desci pegando meu celular.
Tinha que ligar pra minha mãe.

-Ligação on-

Allana: sua peste- atendeu o celular e eu ri.- podia ter me ligado antes pra falar que tava bem, não acha.

Eu: oi mãe, Bom dia, to bem sim e a senhora?

Allana: haha.

Eu: eu to bem mãe, serio, não fica preocupada.

Allana: ta bom filha, eu sei que ta bem e ta feliz, sei o quão bem o Marcola te faz.

Eu: te amo mãe.

Allana: te amo mais, agora eu preciso ir, teu pai ta faltando quebrar a casa aqui.

Eu: imagino, vai lá mãe, depois te ligo de novo.

Allana: preciso falar contigo mesmo, vamos marcar de se encontrar.

Eu: vem mais tarde pra cá.

Allana: não sei, seu pai odeia a Penha.

Eu: ele sim, tu não.

Allana: vou ver e te falo, beijo filha, te amo.

Eu: beijo, te amo.

-ligação off-

Desliguei o celular suspirando e senti alguém beijar meu pescoço.

Matheus: Bom dia nega- tava com voz de sono.

Eu: Bom dia!- sorri e ele fechou os olhos.

Matheus: ta mó cedo preta- me abraçou pela cintura.
- bora dormir.

Eu: vou comer meu bem- ele deu risada.

Matheus: tem nada aqui em casa.

Eu: eu vou buscar.

Matheus:eu vou.

Eu: pode deixar, eu vou, to precisando esticar as pernas.

Matheus: tão ta, pega dinheiro na minha carteira.

Eu: vou trocar de roupa e já vou.- dei um celinho nele e subi pra cima, coloquei uma calça jeans minha que tava aqui e deixei a mesma camisa do Matheus.
Arrumei meu cabelo e peguei 10 reais na carteira dele.

Fechei o portão e desci pra padaria.
Pedi pães de sal e pão de queijo, e quando tava saindo uma menina me barrou. Conheço bem essa vaca.

Marcelli: ta aqui?

Eu: não, to em casa- tirei o Braço dela da frente e passei.

Marcelli: ta sabendo de nada Joana?- trocou meu nome de propósito. Uma vaca mesmo.

Eu: to não raimunda- troquei o nome dela e ela segurou meu pulso bufando.

Marcelli: então o Matheus não te contou nada?

Eu: se não me soltar eu vou dar na sua cara.- ela soltou meu braço.

Marcelli: escutei o Matheus falando de um plano sabia?- querendo fazer minha cabeça já- e esse plano envolvia tua família- olhei pra ela- ele ia matar todo mundo, igual o teu paizinho fez- fez voz afetada.

Eu: conta essa historia pra outro, conta!- sai andando sen querer acreditar naquilo.

Marcelli: não acredita?- pegou o celular do bolso- escuta aqui flor- vi ela colocando no gravador de som e escutei a voz do Matheus, do Heitor e do Jonathan.

Ele falava de um plano, plano esse que ele queria matar minha familia, matar na frente do meu pai, igual o meu pai fez com ele.
Era a voz do Matheus, mas ele disse...disse que me amava.

Bati a mão no celular dela que caiu no chão e fui correndo até a casa do Heitor.
Bati no portão e ele atendeu com uma cara de quem tava dormindo.

Heitor: a essa hora aqui em casa, oque houve- coçou o olho.

Eu: é verdade esse plano do Matheus?- ele me olhou.

Heitor: ainda bem que ele falou a verdade e abriu o jogo- então era verdade.

Sai dali e fui pra casa do Matheus sem falar mais nada pro Heitor.

Entrei na casa dele e ele tava na cozinha.
Coloquei os pães em cima da mesa e olhei pra ele com lagrimas nos olhos já.

Eu: então tudo oque eu fiz por ti não valeu de nada?- ele me olhou franzindo a testa- fala Matheus.

Matheus: ta falando de que nega? To entendendo nada.

Eu: para de se fazer de cinico.

Matheus: de verdade, fala ai, to entendendo nada.

Eu: to falando do plano Matheus- ele arregalou os olhos.

Matheus: quem te contou esse bagulho?

Eu: então realmente é verdade- me sentei na cadeira passando a mão no rosto.

Matheus: mas isso é passado- dei risada.

Eu: passado? Porra Matheus, tu tem noção do que eu fiz por ti? Tem noção do que eu fiz pra te ver bem, pra te ver sorrindo?- levantei da cadeira chorando já.

Matheus: eu sei morena, eu sei e reconheço, mas isso ta no passado, não penso mais em nada disso.

Eu: eu não sei, por que enquanto eu gritava pro mundo que eu gostava de ti, tu tava planejando matar minha familia por vingança e rindo da minha cara.
- enxuguei as lagrimas.

Matheus: to te falando a real preta. Eu te amo.

Eu: será que ama mesmo?- ele acentiu.
- eu ia me casar com outro pra salvar a tua vida - dei risada- sou muito trouxa mesmo.

Matheus: porra Luiza! Passou, esquece.

Eu: esquecer? Me diz como.
- ele coçou a cabeça- nenhuma palavra que me disse era verdadeira não é? Nenhum beijo, nenhum carinho foi verdadeiro.

Matheus: foi verdadeiro e ainda é.- neguei.

Eu: meu Deus como eu sou trouxa, eu sai de casa por ti Matheus, eu briguei com meu pai e o mundo por ti, eu ia me casar a contra gosto por ti, pra salvar a sua vida.
- chorei mais ainda pensando nas coisas que fiz por ele.- mas eu não me arrependo de ter feito isso- enxuguei as lágrimas e dei um sorriso- por que eu te amei e ainda de te amo, se eu tivesse que fazer tudo isso de novo pra te ver bem eu faria.
- dei um passo pra frente mas ele segurou minha mão.

Matheus: eu te amo pra caralho neguinha, eu fiz essas coisas mas eu me arrependi. Escuta oque eu to te falando, eu te amo.

Eu: pena que a gente se arrepende tarde de mais- soltei meu pulso e abri a porta mas parei quando ele me chamou.

Matheus: porra Luiza, entende meu lado. O teu pai matou minha família, que era inocente na minha frente, eu fiquei com raiva e planejei a vingança sim, e teria saido tudo como planejado se eu não tivesse me apaixonado por ti.
- olhei pra ele.

Eu: tudo bem, mas por favor, entende o meu lado também, eu preciso pensar agora, mas sozinha- ele coçou a cabeça e eu sai fechando a porta.

Já da pra mim abrir uma papelaria com o tanto de papel de trouxa que eu faço.

Enxuguei as lágrimas e fui pra casa do Heitor, sabia que a Joyce não estaria em casa a essa hora e o Jonathan provavelmente estaria com a Let.