Capítulo 33 (Luiza)

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Eu: tchau Joyce- abracei ela antes de sair da casa dela.

Joyce: ai cara- me abraçou bem forte- por que tu ta fazendo isso mesmo?- deu risada.
Nem respondi.

Eu: te amo ta, tu já muito importante pra mim- ela sorriu.

Joyce: te amo.

Eu: vai lá me ver pelo o amor de Deus, e leva os meninos.

Joyce: pode deixar, mas vem pra cá tu também.

Eu: não posso- dei risada mas com vontade de chorar.

Joyce: por que?

Eu: o Marcola me proibiu ue, e é melhor você ir lá me ver mesmo.

Joyce: depois eu falo com ele, mas pode deixar que eu vou sim- me abraçou de volta.

Eu: bom, to indo!- peguei minha mochila que eu tinha levado com algumas roupas minhas e coloquei nas costas.

Joyce: tem certeza que não quer nem tomar café?

Eu: obrigada, mas o uber já ta me esperando.- ela acentiu.

Joyce: tchau amiga!
- dei um último abraço e sai fechando o portão.

Subi toda aquela ladeira e na entrada os meninos estavam lá.

Heitor: rapariga mesmo né, fala ai- me abraçou- vou sentir saudade de atrapalhar tu e o Marcola se pegando.
- dei risada lembrando das vezes que ele entrava sem bater, no caso, sempre.

Eu: vou sentir saudade de ti entrando sem bater também- ele riu.

Heitor: fique sabendo que eu vou entrar na tua casa sem bater também.
- sorri e fui abraçar o Jonathan.

Jonathan: a gente ta sabendo que tem coisa errada nessa história nega- sussurrou no meu ouvido e eu neguei.

Eu dei tanto na cara assim?

Eu: não tem nada gente, já falei- ele sorriu.

Jonathan: se preocupa não, oque tu não fala a gente descobre.
- me soltou do abraço.

Jonathan: tchau parceira, tamo junto, ta sabendo que te considero muito já né.

Eu: te considero demais também.
- ele sorriu.- bom, amo vocês e fiquem com Deus.

Heitor: te amo e fala pra Pamella me desbloquear ta- acenti entrando no uber.

Jonathan: te amo.

Fechei a porta e olhei pela janela.
Vi de longe Matheus em cima de uma das lajes fumando.
Meu coração chega a acelerar.

Dei o endereço e fiquei olhando pela janela.

Tem tanta gente que fala que não tem como começar a namorar e já amar a pessoa, mas a real é que tem gente que já ama antes mesmo de começar a namorar, e foi isso que aconteceu comigo.
Eu amo sim o Matheus. Em 2 meses minha vida com ele foi outra. Quando eu ia pensar que eu sairia de casa por alguém, quando eu ia me imaginar indo em hospital todos os dias pra ver uma pessoa em especial?
Nunca pensei e muito menos imaginei isso, mas aconteceu.

Eu posso estar fazendo tudo errado em não ter contado pra ninguém, mas é a vida do Matheus que ta em jogo.
Eu poderia ter contado? Sim.
Mas eu não sei se meu pai mataria realmente ele, ultimamente eu não duvido mais de nada que venha do meu pai. Ele mudou tanto em 2 meses.
Esse ódio que ele alimenta do Matheus só aumenta e é por isso que não posso arriscar a vida dele.

O uber parou em frente ao Vidigal, paguei e desci o ladeirão.

Entrei em casa e tava um silêncio danado.

Passei no quarto da minha mãe e ela dormia tranquilamente, mas o meu pai não estava mais na cama.
Entrei no meu quarto e a Letícia não tava mais na cama.

Joguei a minha bolsa no chão e cai na cama.

Peguei meu celular e entrei na galeria, e puta que pariu, pra que eu fui entrar na galeria?
A primeira foto que a gente tirou.
A primeira foto e acho que única.
Mas sabe quando você olha pra aquela foto e deseja voltar naquele momento?

Pois é, eu desejei e desejo voltar naquele exato momento.
O momento em que ele disse a primeira vez que gostava de mim de verdade e que queria algo serio.
Eu nem acreditei mas 1 mês depois ele me pediu em namoro, e 1 dia depois quem terminou foi eu.

Lembrei de uma frase que minha mãe me disse quando eu era menor e que não sai da minha cabeça: o Destino as vezes é cruel, mas no final da tudo certo.
E eu espero que no final de tudo certo.

Passei a mão no rosto e fou ai que eu percebi que estava chorando, ainda olhando aquela foto.

Ah Matheus, se tu soubesse o bem que me faz!

Acabei dormindo e acordei na tardezinha.
Levantei usei o banheiro e desci encontrando minha mãe na cozinha.

Allana: Filha?

Eu: oi mãe!- dei um abraço forte nela.

Allana: ta fazendo oque aqui? Se seu pai descobre que tu ta aqui ele não deixa mais tu sair.

Eu: eu decidi voltar- ela fez careta.

Allana: verdade?- acenti- por que? A Letícia me disse que tu estava namorando e tava tão feliz que daqui eu fiquei feliz por ti.

Eu: eu terminei mãe e voltei.

Allana: oque aconteceu?

Eu: não deu certo uai.

Allana: tem dedo do teu pai nisso- negou com a cabeça- não tem?

Eu: não mãe, eu quis terminar tudo, não tem dedo de ninguém.

Allana: mais tu estava tão Feliz Lu.

Eu: não estava tão feliz sim.- me sentei na mesa.

Allana: ai Lu- me abraçou- qualquer coisa me fala ta filha, lembra que eu não sou igual a o teu pai, eu te amo.

Eu: eu sei mãe, te amo tanto- abracei ela de volta com vontade de chorar mas eu segurei.

Tomei café e fui chamar a Pam pra dar uma volta.

Pamella: Heitor é um Raparigo- dei risada.

Eu: tadinho Pam, desbloqueia ele, liga pra ele vai.

Pamella: mais tarde- deu risada.
- agora vamos comer.

Entramos em uma lanchonete e pedimos nossos lanches.
Comemos e colocamos a conversa em dia e quando estavamos saindo uma mulher mais velha me parou segurando a minha mão.

Mulher: moça, toma cuidado ta, seu traços futuros não são dos melhores mas tudo vai ficar bem, toma muito cuidado também com as pessoas ao seu redor isso pode prejudir a chegada de um novo ser.- é oque?

Eu: eu hein- soltei a minha mão e sai mais a Pamella.
Credo. Essa mulher me assustou, real.

Como ela sabe que os momentos agora não são os melhores? E como assim um novo ser?

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-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora