Capítulo 51 (Matheus)

2.8K 235 24
                                    

Depois que a Luiza foi pra casa da Joyce os meninos foram embora também e eu fui pra boca.
Tava com pouco movimento na boca da 9 mas eu colei lá.
Fiz as contabilidade tudo certinho, resolvi um baguilho que tava pra resolver e quando tava indo embora a Marcelly entrou na sala.
Lá vem a desgraca!

Eu: to vazando- nem olhei pra ela, coloquei a carteira no bolso e peguei o celular.

Marcelly: você tem que me escutar- bateu o pé.

Eu: eu hein, garota.- ia saindo mais ela puxou meu braço.- me solta porra, quer levar um tiro no meio da fuça?

Marcelly: eu to Grávida Marcola- gargalhei.

Eu: vai mentir pra mentiroso? Pô que vacilo- ia saindo mas novamente ela me puxou.
- ta achando que eu to de brincadeira porra? Me solta.

Marcelly: desculpa Marcola, mas eu não posso fazer nada, eu não engravidei sozinha.

Eu: deve ter feito macumba.

Marcelly: logico que não!- quase gritou- eu to grávida e o filho é seu.

Eu: ta doida? Tu sai dando pra todo mundo e o filho é meu? Ah caralho, vai se fuder.

Marcelly: eu to grávida de 3 meses Matheus, a ultima vez que a gente ficou foi a 3 meses atrás.

Eu: e quem me garante que tu não deu pra outro no mesmo mês?- cruzei os braços

Marcelly: ta me chamando de...- nem deixei ela terminar, eu mesmo falei.

Eu: puta!- ela abriu a boca- isso mesmo, senta pra traficante em troca de patrocínio.- ela negou- ta pensando que vai passar a perna em mim? Logo em mim? Ta de sacanagem mesmo.

Marcelly: não, não estou, quando essa criança nascer a gente faz o exame de DNA e comprova.

Eu: ta certo, quando a criança nascer tu me procura.- abri a porta e sai deixando ela falar sozinha.

Porra, ta pensando que me engana? Quem é que me garante que o filho não é de outro.
Todas as vezes que eu me lembre eu usei camisinha, não ia dar um vacilo desse com essa mandada do caralho.

Cheio de B.O na minha mente e ainda vem mais essa.
Tomar no cu mesmo.

Tava subindo o morro pra minha casa quando vi um tumulto no meio da rua.
Já peguei a arma da cintura e fui pro meio.
Porra!

Eu: LUIZA!-gritei colocando a arma na cintura e fui até ela.
- amor fica acordada, por favor vida- o Heitor passou a mão na cabeça.
Olhei no chão e tava molhado o Heitor viu também.

Heitor: a Pamella comentou desse bagulho, ela pode ter perdido o filho mano.
- bufou nervoso.
Então é assim aborto.
Caralho, posso perder meu pivete não.

Heitor: e agora? Pra onde a gente leva ela?
- olhei pra minha morena e ela tava ficando palida.

Peguei o radinho da cintura e chamei o Jonathan com o carro.

Eu: vou levar ela no clandestino.

Heitor: ta doido? É longe pra caralho, não vai dar tempo de chegar lá, leva ela em um hospital mais perto porra.

Eu: a gente não vai entrar caralho.

Heitor: vai sim, nem que seja pra entrar naquela desgraça atirando.

Eu: bora levar ela em um mais perto- peguei ela e coloquei dentro do carro com a ajuda do Heitor.
- acelera essa porra Jonathan.
- olhei pra Luiza desesperado já.

Chegamos em 10 minutos.
Trabalha um mano nesse hospital que ta me devendo uns favores e agora eu vou cobrar.

Tiramos ela do carro as pressas e uma mulher veio correndo com uma maca.

Levaram ela pra dentro e eu liguei pro meu mano.
Expliquei a situação e ele afirmou que policia não pisa o pé aqui.

O Heitor tava na recepção e eu fui direto pra sala onde ela estava, mas não deixaram eu entrar.

Porra! Meu coração tava acelerado, e eu tava suando pra caralho.

Eu: quem fez isso ?- perguntei pro Heitor.

Heitor: sei lá parceiro, quando ela pisou na rua um carro preto acelerou e passou sem dó mermo.
Quem fez isso tava na intenção.

Eu: porra!- me sentei e passei as mãos no cabelo, nervoso.

Jonathan: agora é se preocupar com ela.

Heitor: eu gritei ela, mas o carro tava muito em cima. Caralho.

Eu: e se acontecer alguma coisa com ela ou com o meu filho? Não vou me perdoar cara.

Jonathan: mas tu nem teve culpa mano.- sentou do meu lado.

Eu: a favela é minha caralho, como alguém entra e faz uma porra dessas.
A culpa é minha sim.

Heitor: para pô, ela vai ficar bem, tu vai ver.
- fiquei quieto pensando em mil maneiras de matar o filho da puta que fez isso.

Ficamos mais de 2 hora ali sem saber de nada.
Tava pra quebrar aquela porra todinha, até que um médico baixinho veio falar com a gente.

Médico: familiares da Luiza são vocês né?- acenti.- bom- olhou a ficha e ficou quieto.

Eu: desembucha caralho, fala logo.
-ele me olhou.

Médico: ela ta bem, por muito pouco não sofreu um aborto, a pancada foi forte,mas os dois estão bem.
- soltei a respiração que nem sabia que tava segurando.
- mas a gravidez dela agora é de risco.

Eu: isso quer dizer oque?

Médico: quer dizer que até o final da gravidez é repoulso total.
Não pode se assustar e muito menos ficar nervosa
- assenti.

Eu: entendi, qual é o quarto que ela ta?

Médico: segundo andar quarto 312, mas o senhor não pode subir agora.
- acenti e passei por ele por eles mais o Heitor e o Jonathan atrás de mim.

Heitor: ta pensando oque baixinho? Aqui nois é a Lei.

Eu: quem decide sou eu- subi a escada correndo.

Heitor: ta pensando oque baixinho? Aqui nois é a Lei.-subiu atrás de mim.

Procurei pelo corredor o quarto dela.
Abri a porta do quarto e ela tava dormindo eu acho.
Fico até mais aliviado de ver ela assim.
Me sentei em uma cadeira que tinha do lado da cama dela e os lek no sofá que tinha ali,segurei a mão dela e respirei fundo.

Mó bagulho estranho que to sentindo.

Eu: te amo pra caralho nega.

Heitor: sabe oque aconteceu com o Marcola de antes?- perguntou baixo pro JJ mais eu escutei e acabei rindo.
Nem eu mesmo to me reconhecendo.

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora