Capítulo 23(Allana)

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Quando ele saiu da salinha,eu me sentei no chão de frente pra porta e segurei a arma apontada pra mesma.
Tava tremendo mais que tudo, acho que nem coração eu tenho mais e o efeito do álcool evaporou!

MEU DEUS!
EU MATEI UMA PESSOA!
EU MATEI ALGUEM!
JESUS!
QUE LEGAL!

NÃO!
ELE DEVERIA TER UMA FAMÍLIA ESPERANDO ELE!
OQUE EU FIZ!
AI SENHOR ME PERDOA!

Escutei uns passos e Comecei a andar até a porta onde dois homens conversavam.

XxxX: Ele tem uma amantezinha puta daqui,temos que sumir com ela,ate matar se possível.
- falou e meu corpo estremeceu.

XxxX: mais tem tantas putas que ele pega- falou o outro- como vamos saber?- falou o outro.

XxxX: tenho a foto- falou- olha é essa aqui- acho que mostrou a foto pro outro.

XxxX: puta que pariu que gostosa,se conseguirmos pegar ela,eu vou é usar essa gostosa- falou e na mesma hora senti vontade de vomitar.

XxxX: se não conseguirmos pegar a irmã do BBil vai ser essa aquu- falou e escutei barulhos de tiros mais perto e as vozes dos caras sumiram.

Meu Deus!
É a Gio ou uma amante do BBil!
Preciso contar pra alguém.

Passou 10 minutos! 10 minutos que quase fico sem o coração!

Escutei os tiros pararem e a porta abriu,apontei a arma mas quando vi que era o BBil eu corri até ele e o abracei.

Eu: Tu ta bem- falei o abraçando.

BBil: é mais ou menos- falou e eu vi o braço dele e coloquei a mão na boca.

Eu: Meu Deus BBil! Tu ta perdendo muito sangue.Vamos pro hospital agora- falei puxando ele mas ele foi pra trás e caiu desmaiado.

Eu: BBil!- gritei- ai Jesus! - falei e sem saber oque fazer dei uns tapa na cara dele mas ele não acordou.
Quando eu ia pedir ajuda o Leo entrar junto do Perera.

Leo: que porra!- falou se agachado onde eu tava.

Perera: pede pro Juninho trazer o carro aqui Leo,vai logo!- falou e veio ate mim.

Leo: ae Junin,trás um carro aqui no armazém no beci da rua 9... VAI CARALHO ANDA LOGO!- gritou no radinho e voltou até nos.

Só de pensar que isso pode ter sido culpa minha.
Eu sabia que não era pra eu ir nesse baile,eu sabia!
Minha intuição não me engana, DROGA!

Eu: Foi culpa minha não foi?- perguntei ja chorando.

Perera: calma ai morena,não foi culpa sua não.
- falou dando um sorriso pra mim.

Leo: fica calma não é culpa sua não- falou e apertou meu ombro.
- ele é meio cabeça dura e não escutou- falou e eu ainda chorei, chorei baixinho.

Logo um cara entrou na salinha.

Leo: ainda bem Junin- falou,então o homem que entrou aqui é o Juninho.

Perera: pega ai na perna Leo,e Juninho me ajuda a pegar aqui- falou e o Juninho foi até ele.
- e tu morena abre lá o carro.

Eu corri até o carro e abri a porta de trás e esperei.
Eles colocaram o BBil deitado.
Eu sentei atrás com a cabeça do BBil no meu colo e o Perera com as pernas.

Logo chegamos no postinho e Leo chamou alguém que trouxe uma maca e uns gases.

Entramos e o Leo fez a ficha do BBil e se sentou enquanto eu andava de um lado pro outro e algumas lágrimas desciam.

Senhor,por favor deixa ele vivo,ele tem muito oque apanhar da vida ainda. Por favor Deus.

Eu: Leo tem certeza que aqui tem o atendimento que ele precisa.?

Leo: tem sim,o BBil faz questão que aqui tenha tudo oque os morador precisa e se acontecer algo com ele tipo agora que ele levou um tiro e ele não pode sair sempre do morro ele deixa tudo certo aqui.- falou e eu acenti.

Faz um tempo que o BBil ta lá dentro e eu não sei de nada.
Fui pra fora. Eu preciso tomar um ar.
Me sentei na calçada e coloquei as mãos na cabeça.
Meu Deus cadê a Gio?
Espero que esteja tudo bem com ela.

Juninho: satisfação Juninho- falou se sentando ao meu Lado.

Eu: Allana- falei e o olhei.

Juninho: a famosa Morena- falou e eu o olhei sem entender.

Eu: eu? Eu não- falei e ele sorriu.
- por que seria eu.

Juninho: tu não é a garota dos sorrisos- falou e eu acenti- a garota que apanhou no quartinho da tortura até ir pro hospital.

Eu: sim foi eu- falei e ele balançou a cabeça.

Juninho: a garota que encantou os menor na favela- falou sorrindo.

Eu:calma to sem entender.

Juninho: tu encantou todo mundo aqui morena.- falou e eu sorri sem entender.
- e agora ta aqui chorando por quem te espancou.

Eu: pois é- falei e abaixei a cabeça, sei nem por que to chorando.

Juninho: fica assim não, ele vai ficar bem- falou e me abraçou de lado

Eu: assim espero- falei.

Juninho: nunca escutou que vaso ruim não quebra? As vezes ele da uma trincadinha,ou arranha mas quebrar jamais- falou e eu sorri.

Eu: é verdade.

Leo: ei nega,vem vou te levar pra casa- falou vindo em nossa direção.

Eu: não eu não vou sair daqui sem notícias desse monstro do pântano- falei e o Perera o Leo e o Juninho riram.

Leo: mais já é 5:30.

Eu: nem ligo- falei e levantei.

Perera:se a mina quer ficar deixa ficar- falou batendo na cabeça do Leo.

Leo: Beleza vamo entrar então por que ta frio- falou e me abraçou e entramos.

Eu: cadê a Gio?- perguntei e ele me olhou.

Leo: ela ta bem,um policial desgraçado deu uma coronhada na cabeça dela e ela desmaiou mais ta bem,e ela e nem a dona Sônia sabem que o BBil ta aqui.

Eu: tu não vai contar pra elas?

Leo: só depois de ver como BBil ta- falou e nos sentamos-Dona Sônia tem problemas de pressão é melhor saber só depois- falou e eu acenti.

2Horas! 2Horas que to aqui sem respostas de ninguém.

Logo apareceu um medico que eu conheço.

Paulo: Familiares ou amigos de Bruno Nogueira.- é ele.

Eu: aqui- falei e corri até ele.

Paulo: bom...- falou olhando a prancheta e torcendo o nariz.
-ele ta bem,mas está fraco e como perdeu muito fizemos uma transfusão de sangue.- falou e eu soltei o ar que nem sabia que estava prendendo.
Aliviada estou!

Eu: podemos ver ele?- perguntei e ele acentiu.

Paulo:ele está sedado,mais pode ir um de cada vez- falou e saiu pelo corredor mas antes de sumir por ele falou- quarto 206B- falou e sumiu.

Eu: quem vai primeiro?

Leo: vai tu.

Eu: não vai tu primeiro - falei e ele acentiu e sumiu pelo corredor.

Depois de uns 5 minutos ele voltou e eu falei pro Perera ir.
Depois de todos eles eu fui,quis ser a última.

Entrei no elevador e fui até seu quarto,Girei a maçaneta e entrei e ele estava com o rosto virado pra janela e eu não conseguia ver seu rosto.
Fui chegando perto e falei.

Eu: oque tu foi fazer em seu besta- falei baixo e quando ia tocar sua mão ele vira o rosto pra mim me fazendo pular pra trás levando um susto.

UAI ele não tava sedado!

-Sem Escolha.(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora