One Hundred And Eleven🌹

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Já disse que odeio EAD hoje?

POV KAROL

Entro no jatinho e Ruggero faz o mesmo, dá um sinal ao motorista para que voltasse para casa, e se senta no sofá. Eu me sento na mesa em que meus pais estavam... Ruggero enche uma taça de vinho e trás para mim, pega seu notbook e me dá a taça. Se senta na minha frente, e liga o notbook.

Ruggero- Vá dormir um pouco.- diz digitando algumas coisas

Reviro os olhos e pego a taça, dando um gole. O líquido seco desce pela minha garganta, e eu faço uma careta. Rugge ri, e eu me aconchego no sofá. Ele digitava sem parar, sem dizer ao menos uma palavra para mim. Eu espero que ele me dê mais atenção mesmo com uma empresa, eu sei que ele faz isso por nós, mas eu sou carente quando se trata de estar perto de alguém que eu realmente amo. Bebo mais 3 goles e acabo esvaziando a taça. Vou até o sofá e me deito, ligo uma televisão que havia aqui e coloco em um canal aleatório. Pego meu celular e percebo que já eram 16:00, mas como nós saímos 9:00 foi super rápido até chegar aqui, em Filipinas.

Ruggero- Quer mais vinho amor?
Karol- Não, obrigada.

Ele assente e eu fecho meus olhos, já que a viagem seria longa. Logo acabo dormindo...

~Quebra de tempo~

Acordo em uma cama confortável. Abro meus olhos devagar, até que percebi onde estava. No quarto de Rugge, e pelo jeito não havia ninguém aqui. A luz forte batia no meu rosto, e me esforço para ver que horas eram. Era 23:00, e pelo jeito eu acabei dormindo a viagem toda. A porta do quarto estava aberta e então a cena de Andreia voltando para um cômodo com um sorvete na mão e o rosto vermelho andando no corredor aparece. Provavelmente estava chorando. Eu não percebi o barulho do chuveiro, e então Ruggero abre a porta do banheiro, apenas de toalha... O corpo dele molhado era algo perfeito de se ver.

Solto uma risada nervosa e ele sorri.

Ruggero- Acordou querida?- ele vem até mim e me dá um selinho
Karol- Que tal uma roupa?- solto uma risada
Ruggero- Que tal a nossa lua de mel?

Sinto meu rosto queimar e eu me encolhi um pouco mais, Rugge se senta no final da cama e eu me sento. O mesmo se aproxima um pouco mais de mim, eu coloco as mãos na nuca quente dele, e lhe dou um beijo calmo. Ele para o beijo e pega os meus ombros.

Ruggero- Quer fazer isso amor?
Karol- Huhum...

Um sorriso se instala no rosto dele, ele coloca a mão na minha coxa, e tivemos uma bela noite. (FAÇO HOT NÃO GENTE KKKK, POR ENQUANTO PROMETO FAZER)

~De manhã~

Acordo com gritos escandalosamente irritantes vindo de uma voz feminina.

Carolina- ACORDA LOGO!! VOCÊS NÃO TEM CORAÇÃO?

Abro meus olhos e Carolina vestido totalmente de preto aparece na minha frente. Olho para o lado e Andreia vestida de preto também... Rugge estava abraçado comigo, e por sorte nós não estávamos totalmente nus.

Ruggero- O que foi?
Andreia- Como o que foi?! Seu pai está te esperando no enterro dele seu idiota!- diz dando um tapinha de leve no braço dele
Ruggero- Esqueci que era hoje...- ele se vira de costas- Bom, eu não quero ir mesmo.

Ignoro o que ele disse e me levanto com um edredom cobrindo meu corpo, puxo o cabelo do Rugge e desejo um bom dia para Carol e Andreia.

Carolina- 20 minutos. Sua roupa está no banheiro Karol.

Faço um sim com a cabeça e elas saíram de quarto. Puxo a coberta de Ruggero, que logo treme de frio. Eu não gosto de Leonardo, mas que mal tem em ir ao enterro dele? de qualquer modo, ele está morto agora, e não tem como correr atrás. O mínimo que Ruggero poderia fazer é ir no enterro do próprio pai...

Ruggero- O que você está fazendo?
Karol- Vou me arrumar para ir no enterro do seu pai.- digo pegando as roupas no chão e ele revira os olhos- faça isso por ele.
Ruggero- Ele não faria isso por mim.- diz se cobrindo e eu me viro para ele
Karol- Ele está morto agora.

Ruggero iria falar algo, mas eu ignorei e fui tomar um banho. Vejo uma toalha branca com uma roupa, e ando em direção ao chuveiro, logo ligando. A água gelada cai sobre mim e eu me arrepio. Não pela água, mas por saber que Candelária e Leonardo estão mortos agora. Sem vida nenhuma. Fico um tempo no banho e saio, me seco e vejo a roupa que Carolina separou:

A verdade é que eu queria usar vermelho, até porque não estou triste pela morte dele

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A verdade é que eu queria usar vermelho, até porque não estou triste pela morte dele. Mas seria muita falta de respeito, e seria horrível da minha parte... Ele quase te matou, seria horrível?  Eu nem tenho uma roupa vermelha aqui. Bom, se tivesse eu usaria!

Balanço minha cabeça tentando afastar esses pensamentos horríveis e insensíveis da minha mente. Não iria mesmo no funeral de Candelária!

Passo um perfume e deixo meu cabelo solto, coloco um chapéu preto e passo um batom vermelho. Calço um salto alto e coloco uma luva preta, meio transparente. Estava muito frio e chovia muito lá fora, causando uma tensão enorme. Abaixo minha cabeça tentando parecer o mais triste possível, e saio do banheiro, vendo Ruggero vestido com um terno, literalmente todo de preto. Ele olha para mim e vem me dar um selinho.

Ruggero- Estou indo por você.

Sorrio e pego a mão dele e abro a porta do quarto, fecho e descemos as escadas, mesmo que seja horrível andar de salto alto. Carolina estava com uma calça preta e uma blusa de frio preta, com uma sapatilha e um chapéu. Já Andreia estava com um vestido longo até os pés com um salto alto.

Abaixo minha cabeça tentando demonstrar o máximo de respeito possível, mas era meio que impossível esconder o quanto eu estava aliviada. Carolina acena com a cabeça e saímos da mansão, e então entramos numa limousine, cada um em uma. Ruggero se senta do meu lado, e abaixa a cabeça.

Ruggero- Espero que isso acabe rápido. Tenho coisas para fazer.
Karol- Tipo o que amor?
Ruggero- Trabalho, querida.

Aceno com a cabeça e o carro começa a andar, enquanto eu bebia muita água. Parecia que minha sede aumentou muito, eu estava arrepiada demais. As gotas de chuva caindo no vidro eram um tanto que tristes. O céu estava escuro, mesmo que seja 11:22.

Não demorou muito para chegarmos em um cemitério super luxuoso. Havia várias flores deixando o ambiente mais colorido, e lá no fundo havia várias pessoas chorando e se lamentando, e eu soube que era lá onde estava o meu sogro. Abaixo minha cabeça e pego a mão de Ruggero, descendo do carro. Carolina e Andreia já estavam lá, chorando... Era horrível ver elas assim... Eu parava no meio do caminho, eu não sei, o meu medo estava enorme. Ruggero praticamente me arrastava, e enfim chegamos na cova de Leonardo.

Deus, isso é horrível!

Havia choros e reclamações a todos lados, fotógrafos e jornalistas. Havia MUITAS pessoas, por mais que isso seja uma falta de respeito ao morto, já que nem descansar em paz ele pode. Me aproximo um pouco mais do caixão, e vejo que ele estava fechado. Lembro que uma pessoa que leva tiros podem sim ficar com o caixão aberto, ou apenas a janela para ver o rosto da pessoa aberto. A gota gelada da chuva cai sobre mim, e eu tremi.

Nem a janela para ver o rosto dele estava aberta...

.•*¨*•.Destino Inexplicável.•*¨*•.Onde histórias criam vida. Descubra agora