One Hundred And Twelve🌹

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ZEREI AS LIÇÕES MANOOOO

POV KAROL

Sinto alguém se aproximando de mim, e eu percebi que Ruggero não estava mais do meu lado.

Andreia- Gostaria de ter visto ele pela última vez.- diz colocando a mão no meu ombro, sem tirar os olhos do caixão
Karol- Ele está em um lugar melhor agora.

Ficamos em silêncio, analisando cada detalhe do caixão. Havia ouro em algumas partes, flores em volta, era em si muito luxuoso.

Andreia- Sabe... Ele sempre me disse que se um dia morresse, queria que seu caixão estivesse totalmente fechado, pois ele não  gosta da idéia de que as pessoas vejam ele... nessa situação.

Ufa...

Não sabia o que responder, então apenas abracei Andreia, que chorava sem parar. Mas o que ela disse me fez ter certeza de que agora eu teria paz... Logo ela se afasta de mim me deixando sozinha de novo. Não tinha ninguém do meu lado, e como eu nunca havia ido em um velório isso estava me dando calafrios horríveis. Eu estava me sentindo horrível em ter desejado a morte de alguém, por mais que ela desejou.

Corro até a saída do cemitério sem ao menos avisar ninguém, e parecia que até o ar mudou. Ainda tinha aquela tensão, mas estava tudo bem. Vou até uma floricultura na frente do cemitério e um sino tocou, então uma moça jovem e bonita veio até mim.

Moça- Bom dia, o que deseja?
Karol- Você tem um buquê de flores brancas?- ela faz que sim com a cabeça- pode trazer para mim?

Ela sorri e eu abro a minha carteira, logo a moça vem com um buquê de flores brancas, e eu pago, e então eu pego e agradeço. Saio da loja correndo e volto para o cemitério segurando o buquê. Paro em frente ao túmulo do Leonardo e abaixo minha cabeça.

Karol- Descanse em paz...- digo apertando o buquê, deixando do seu lado

Como o velório já havia começado a muito tempo, Ruggero vem até mim e pega minha mão.

Ruggero- Nós vamos a casa da minha vó, você quer ir Kah?

Olho em volta e abaixo a minha cabeça.

Karol- Eu... não que eu não queira, é que eu não posso, eu tô me sentindo tão mal...

Ruggero solta um sorrisinho e então me puxa para um longo abraço, beija minha testa e cola seu corpo no meu.

Ruggero- Tá tudo bem. Vou te levar para casa, você precisa descansar. Sobre a investigação, eu contratei pessoas para contar a polícia o que aconteceu, eu quero que a sua mente esteja tranquila. Sobre a universidade, não precisa ir pelo tempo que quiser.- sorrio
Karol- Você está esbanjando dinheiro Rugge?- ele sorri de volta - obrigada amor.

Lhe dou um selinho rápido e passo meus braços ao redor do pescoço dele.

Ruggero- É só o começo querida. Aliás, a leitura do testamento será amanhã, quem sabe não ficarei mais rico ainda? Ah, e daqui a 4 dias nós iremos comprar a nossa casa ok? E eu quero uma maior que a minha.

Uau...

Karol- Você vai junto?
Ruggero- Óbvio bobinha. A casa dos seus pais vai ser reformada e vai ficar a espera quando eles voltarem, assim eles ou você poderão entrar e fazer o que quiser lá. Claro, se você não se importar.
Karol- Não vou me importar, só vou falar com os meus pais.
Ruggero- Ótimo amor.

Ele se afasta e segura a minha mão, e eu fui me despedir das pessoas. Depois entramos na limousine e eu bebi um suco. Ruggero permanecia quieto, parecendo pensar em algumas coisas. Não demorou muito para chegarmos na minha casa, e eu abraço ele.

Ruggero- Se cuida amor.- diz me dando um beijo- quero ficar do seu lado sempre.
Karol- Você também, não bebe muito vinho ok?- ele ri e eu aperto suas bochechas, logo saindo da limousine.

Vou até a porta da minha casa e procuro a chave, e então destranco. Empurro a porta e vejo o ambiente vazio e extremamente silencioso. Eu já havia mandado uma mensagem para os meus pais perguntando como estava nas Filipinas, mas eles nem se quer viram a mensagem. A tensão do enterro ainda estava tomando o meu corpo e minha mente, mas estava tudo bem. Vou até o banheiro, pego uma roupa para ficar em casa mesmo, pois eu não estava com planos de sair hoje, peguei uma camisola.

Ligo o chuveiro e a água quente cai sobre mim, tirando uma parte da tensão. Depois vou escovar os dentes, e secar o meu cabelo. Visto a camisola, e jogo água gelada no meu rosyo. Deixo o cabelo solto mesmo, e então vou até a sala e coloco em uma série qualquer. Coloco meu celular no carregador e vou fazer um lanchinho. Amanhã eu iria fazer compras já que agora sou apenas eu nessa casa. Faço um sanduíche e pego uma coca-cola que restou na geladeira, despejo em um copo e me jogo no sofá, dando uma mordida grande no sanduíche. Assisto alguns episódios da série e vou levar o prato e o copo para pia, lavo e volto na sala. Como eu estava cansada, resolvi tirar um pequeno cochilo. Eram 14:49 e como eu não tinha nada de especial para fazer, o que seria de mal em dar um cochilo?

~Quebra de tempo~

Acordo com uma dor de cabeça terrível... Abro meus olhos devagar tentando me acostumar com a luz da televisão, pego o meu celular e vejo que eram 21:39. Tomo um susto por ter acordado tão tarde assim! Me levanto rapidamente e resolvo fazer uma faxina na casa, pego uma vassoura, um pano e um espanador de pó. Coloco o rádio na televisão, e então começo a varrer a casa. Vou até o armário e pego ingredientes para fazer uns biscoitos de chocolate, faço as bolinhas e coloco no forno. Com o calor eu fiz um coque bagunçado no meu cabelo, e eu me senti livre em poder andar bagunçada pela casa!

Ouço um barulho estranho na casa ao lado, que estava vazia a tempos. Ninguém a queria porque era horrível, as paredes descascadas, piso quebrado, insetos, era tudo horrível... Quem iria alugar uma casa dessas?

Resolvo ignorar e as batidas ficaram mais fortes, então eu desliguei o rádio para ouvir melhor, feito uma vizinha fofoqueira. Ouço uma voz e barulhos de martelo. Fiquei confusa, quem poderia alugar essa casa?! Me aproximo da parede e os barulhos continuavam. Como eu acordei de bom humor, resolvi ir lá dar boas vindas a vizinha ou vizinho. Vou até meu quarto e pego um vestido qualquer, só para dar uma boa noite ao vizinho(a) e ver se ele precisa de ajuda:

Deixo o cabelo do jeito que estava e vou até o forno, os biscoitos não estavam tão crocantes, mas eu fiz o meu possível

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Deixo o cabelo do jeito que estava e vou até o forno, os biscoitos não estavam tão crocantes, mas eu fiz o meu possível. Pego um pote e coloco 6 biscoitos nele, e então saio de casa. Mesmo que esteja de noite, queria causar uma boa impressão pelo menos a 1 vizinho!

Vou até a porta toda quebrada e descascada e bato 3 vezes nela. Demorou um pouco para alguém atender e eu mexia nos biscoitos, tentando achar uma posição que mais pareça que eles estão crocantes. O barulho da porta abrindo escandalosamente me fez querer não ter vindo.

Ruggero- É assim que você vem falar com o seu mais novo vizinho?

.•*¨*•.Destino Inexplicável.•*¨*•.Onde histórias criam vida. Descubra agora