One Hundred And Sixteen🌹

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POV KAROL

Ruggero não falava 1 palavra sequer.

Eu tentava o máximo pensar positivo, de que ele estava feliz com o resultado. Pego as mãos dele tentando fazer com que ele voltasse a realidade, e o mesmo aperta minhas mãos.

Ruggero- Eu vou ser pai?
Karol- Sim, amor.

Ele voltou a ficar quieto e eu consegui ver as lágrimas que insistiam em cair no rosto dele, então percebi que ele estava meio sensível hoje.

Ruggero- Você tem certeza?
Karol- Certeza não, pois fiz teste de farmácia e não fui no hospital ainda. Eu vim aqui para irmos, eu não aguentava mais ficar sem contar para você.
Ruggero- Eu... Podemos ir ao hospital?

Era óbvio que ele estava meio sem graça, ele iria esboçar uma reação se soubesse se é verdade. Dou um pequeno sorriso e faço que sim com a cabeça, recebendo um abraço apertado. Sinto Ruggero sorrindo e a mão dele desce até a minha barriga, logo fazendo carinho.

Ruggero- Quer ir na sua casa trocar de roupa querida?
Karol- Eu passei em casa e peguei uma, está na minha bolsa. Vou me trocar, espera amor.

Vou até a minha mochila e abro a mesma, pego a roupa e corro até o banheiro do quarto. Suspiro e me olho no espelho, querendo chorar. Tem outra pessoa dentro de mim? Eu vou ser 100% responsável agora, eu juro!

Balanço minha cabeça afastando pensamentos ruins, e pego a roupa, a vestindo:

Balanço minha cabeça afastando pensamentos ruins, e pego a roupa, a vestindo:

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Aproveita enquanto você ainda tem esse corpinho querida.

Esse pensamento me fez refletir o quanto o meu corpo iria mudar, então resolvi que iria aproveitar o meu corpo o máximo possível.
Arrumo meu cabelo e saio do banheiro vendo Ruggero sentado na cama, em uma posição desconfortável e com um sorrisinho bobo no rosto.

Ruggero- Você está linda, vamos? Já agendei a consulta pré-natal.
Karol- Vamos.

Ele pega minha mão e pega minha mochila, saímos do quarto e ele tranca a porta, e então descemos as escadas. Não dava para descrever o quanto eu estava nervosa... As empregadas me olhavam meio estranho e percebi o quanto a fofoca rolava a solta. Ruggero coloca a mão na minha barriga novamente e fomos em direção a um carro preto e enorme, com um motorista dentro. Entramos no carro e então o carro começa a andar em direção ao hospital.

Ruggero- Eu vou ser um ótimo pai. Eu vou dar tudo que meu pai não me deu, atenção e carinho.
Karol- Você vai ser um pai maravilhoso.
Ruggero- Vou pagar uma das melhores escolas. Eu sempre quis ser pai sabia?
Karol- Sim amor, você já me disse.
Ruggero- Hum... Eu tô tão nervoso, e feliz...

Solto um pequeno sorriso sem graça e Ruggero abaixa a cabeça. Em pouco tempo chegamos a um hospital gigante, que com certeza deve ser bem caro. Aproveito que não tinha nenhum jornalista ou algo assim e saio do carro correndo até a porta do hospital, e Ruggero vem logo atrás. Eu abaixo minha cabeça e andamos até a balconista que mexia no computador.

Ruggero- Com licença, temos uma consulta marcada com a obstetra Sofia. Temos um pré-natal e uns exames a serem feitos.

Saio de perto do Ruggero procurando um bebedor de água por aqui perto enquanto ele falava com a moça. Acho um totalmente limpo, aperto um botão e a água sai, e bebo a mesma tentando me acalmar o máximo possível. Como vou contar isso aos meus pais? Eles vão me matar!

Olho em volta e volto até o Ruggero, que tinha um papel em suas mãos. Ele pega a minha mão e fomos até uma sala com várias grávidas esperando um médico. O pensamento de que eu vou ser uma delas invadiram a minha mente e eu fiquei ainda mais ansiosa e agoniada, com vontade de vomitar ou sair correndo daqui. Eu estou mesmo grávida?

Ruggero e eu nos sentamos em umas cadeiras que havia ali, e eu me apoio no ombro dele.

Ruggero- Relaxa, é só alguns exames. Para saber se o bebê está bem.
Karol- Como vou contar aos meus pais?
Ruggero- Eu conto, grávidas não podem se estressar sabia?- solto uma pequena risada - Você fez com que o Ruggero mal sumisse.
Karol- Eu gosto do Rugge bonzinho.- ele ri
Ruggero- E se for menina? Meus planos era ter um filho homem. Mas eu irei amar independente do gênero.

Eu sorrio e abraço ainda mais ele, e em poucos minutos já chegou a nossa vez. A voz da médica me chamando ecoou pela sala e eu me levantei, com Ruggero logo atrás de mim. Vou até ela temendo em entrar na sala, mas eu sabia que eu entrando ou não, vou estar grávida do mesmo jeito. A Sofia, a médica, sorriu para mim de um jeito simpático. A ânsia de vômito ainda tomava conta do meu corpo, mas eu estava enfim conseguindo controlar isso.

Meus planos não era ter filhos tão nova.

Eu não vou falar nada, você não beijou com essa idade Karol! Seu aniversário é daqui a uns dias! Tem uma vida dentro do seu corpo, e você tem que aceitar isso!

Merda...

Solto outro sorriso simpático, mesmo que minha mente esteja gritando loucamente, pedindo ajuda.

~Quebra de tempo~

Nesse momento estou tomando um suco de laranja, já que eu estava com o braço totalmente perfurado. Acabou que furaram meu braço várias vezes "sem querer", e o que era para ser uma picadinha se tornou várias picadinhas. Ruggero até disse que iria processar esse hospital, mas consegui acalmar ele. Obviamente fiquei irritada, mas nada exagerado, mantinha o sorriso e escondia o nervosismo que habitava na minha mente.

É, eu estava grávida.

Ruggero- Quando podemos saber se é menino ou menina?- Diz Ruggero não parando de falar, desde que entramos aqui ele se tornou uma máquina de falar
Karol- Daqui a uns meses amor.

Me levanto da cadeira com o papel do resultado de todos os exames que eu fiz, e Ruggero com a minha mochila nas costas. Começamos a andar até a saída do hospital, e eu consegui ver vários jornalistas e algumas meninas curiosas.

Ruggero- Você ouviu o que a médica disse, não ouviu? Sem besteiras.- Ele diz sorrindo e pulando - Se bem que você vai ter que alimentar em dobro...
Karol- Eu vou tomar o máximo de cuidado.

Ruggero continuava saltitando e rindo, e eu sabia o quanto ele estava feliz. Era tão bom ver ele assim, mas tão assustador saber que minha vida vai mudar completamente.

Atravessamos a saída do hospital, e vários jornalistas cercaram a gente, com inúmeras perguntas que eu não conseguia saber o que estavam falando.

Jornalista- O que você sente sobre a morte do seu pai?- Diz com o microfone e Ruggero revira os olhos
Ruggero- Ele foi um ótimo homem. Estou de luto.
Jornalista 2- Poderia nos dizer o que você e a sua esposa faz dentro desse hospital?

Ruggero solta um sorriso feliz, e então agarra o microfone.

Ruggero- Como se já não bastasse a felicidade de estarmos casados, agora somos três. Com isso, digo que a minha querida esposa, Karol Sevilla, a garota por quem me apaixonei e me casei, está grávida.

.•*¨*•.Destino Inexplicável.•*¨*•.Onde histórias criam vida. Descubra agora