One Hundred And Nine🌹

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Estou com gripe, mas medo de ser Covid;-;

POV KAROL

A voz veio se aproximando e eu não conseguia reconhecer. Meus olhos estavam vidrados no sangue que estava no chão, e o enjoo e nojo tomou conta de mim. Eu não posso vomitar agora! O Richard aparece de trás de mim, e mesmo que ele já pensou em participar de tudo isso, eu queria aceitar a ajuda dele... Ele passa os seus braços ao redor de mim, desamarra as cordas e pega os meus ombros, fazendo gesto para que eu ficasse quieta. Eu estava tremendo e queria vomitar...

Richard- Você tá bem? Esse sangue é seu?- ele sussura, e eu faço que não com a cabeça- ótimo, olha onde você foi se meter Karol!

Eu não respondo. Se eu respondesse com certeza iria começar uma conversa, e eu não acho que esse seja um momento muito bom para conversar. Ele pega minha mão e eu levanto meu vestido, e então ele beija minha testa, me abraçando. Eu sinto meus olhos fechando lentamente, e naquele momento eu sabia que eles colocaram algo no meu corpo. Richard me dava tapinhas leves para eu não desmaiar ali mesmo, e por incrível que pareça deu certo.

Ele parecia conhecer o lugar a tempos, pois sabia onde cada corredor dava. Chegava até a ser assustador pensar que ele iria participar disso, e agora está me salvando de algo assim. Eu tento abrir meus olhos, e consegui ver por uma janela pequena, Leonardo com o corpo da Candelária nas mãos, pronto para jogar em um rio ou apenas indo cavar ele...

O enjoo se tornou mais forte, e piorou quando Leonardo viu a janela.

AH NÃO!

Começo a correr mais rápido, até que Richard para de correr parecendo querer ouvir algo. Ouço que ele sussurou um "eu disse para aquele idiota não vir..." e eu me desesperei mais ainda.

Alguns homens de preto e com armas de todos os tipos chegam na nossa frente, mas não levantaram as armas. Tinha vários, parecia ter 20 deles, cada um carregando uma arma diferente ou pior.

Karol- O que é isso Richard?- digo dando pausa nas palavras ao sentir meu estômago se revirar
Homem- Saiam daqui agora. A coisa vai começar a ficar divertida...- diz enfiando balas na arma
Richard- Se for o que eu tô pensando, Rugge pode ser preso!
Homem 2- Dá pra calar a boca?- Richard bufa e olha para mim
Richard- Vamos, Karol.- ele agarra minha mão

Ele passa o braço por volta de mim, enquanto andávamos por esse galpão totalmente abandonado. Sinto uma dor forte no meu estômago, e em seguida uma dor na cabeça. Depois disso, meus olhos pesaram e meu corpo todo se amoleceu.

~Quebra de tempo~

Abro meus olhos lentamente, vendo o teto branco. Eu sentia uma dor horrível no meu corpo, e quando olhei pro lado vi uma enfermeira anotando algumas coisas em um caderno, de pé. Olho para frente e vejo que meu corpo estava cheio de agulhas e eu estava com uma roupa de hospital. A agonia de sentir algo passando pelas suas veias era insuportável. Olhei para o outro lado e a cena de Ruggero dormindo desconfortavelmente numa cadeira me faz soltar um pequeno sorriso.

Enfermeira- Vejo que você já acordou.- ela solta o caderno e dá um pequeno sorriso
Karol- Eu tô com tanta dor...
Enfermeira- Faz sentido, deu trabalho tirar o veneno de você, mocinha.- a mesma vai até uma prateleira, pegando uma injeção enorme
Karol- Veneno?
Enfermeira- Podemos falar disso depois? Você precisa descansar agora.- ela vem até mim com a injeção- Não vai doer nada, querida.

Fecho meus olhos e balanço a minha cabeça em negação, até que sinto uma agulha perfurando o meu braço. Solto um gritinho de dor, e esse gritinho fez com que Ruggero acordasse assustado, mas logo o sorriso toma conta do rosto dele. A enfermeira tira a injeção do meu braço e eu suspiro aliviada. Rugge se levanta da cadeira assustado, e corre até mim.

Ruggero- Amor você está bem? Está sentindo algo? Precisa de água? Quer carinho?- diz apertando meu rosto, mas logo me abraça- Eu tava com tanta saudade...
Enfermeira- Vou chamar o doutor.

Ela sai do quarto e Ruggero corre até um bebedouro do lado de fora, e trás água em um copinho descartável. Eu faço todo o esforço do mundo para pegar o copo, porque eu tinha várias agulhas perfurando meu braço. Ruggero sorri ao me ver beber a água, e me abraça novamente, me dando um selinho rápido.

Karol- Eu tô bem amor.- digo lhe dando o copo, e ele faz um sim a cabeça sem tirar o sorriso do rosto
Ruggero- Eu te amo.

Várias pessoas que eu não consegui identificar tanto por conta do cansaço entraram no quarto sorrindo. A Milena me abraça, e o Richard se ajoelha ao meu lado, enquanto Lionel sentava no final da minha cama com uma caixinha rosa nas mãos. Andreia e Ana permaneciam em pé com um sorriso, e meus pais estavam perto da porta. Onde está Carolina?

Richard- Você está bem?- eu faço que sim com a cabeça- Você desmaiou no pior momento Karol, poderia ter morrido.
Milena- Você quer algo querida?
Karol- Eu só quero descansar agora...- digo abaixando minha cabeça
Andreia- Logo você recebe alta querida, paguei o melhor hospital dos EUA.- diz sem se importar muito com o dinheiro
Mãe- Diga obrigado.
Karol- Obrigada senhora Andreia. A... Candelária? Onde ela está?

Eles se olham, e minha esperança de que ela estivesse viva sumiu. Eu lembro de ter visto ela morta, na minha frente, com 3 buracos no corpo. Mas eu jurava que fosse algo da minha cabeça... Lionel coloca a mão na minha, fazendo carinho na mesma.

Lionel- Ela morreu, Karol. Levou 3 tiros, encontraram o corpo dela em uma mata.
Karol- Bom, eu pensei que isso aconteceu.
Richard- Eu tô tão feliz que você está bem...- ele faz carinho no meu cabelo, e eu me afasto um pouco- Me desculpe.
Ana- Eu estava com tantas saudades!- diz correndo até mim
Milena- Todos nós estávamos com saudades, mesmo que você só esteja aqui a algumas horas.
Pai- Vamos as Filipinas no jatinho do Rugge, amanhã de manhã.- diz sorrindo e eu abaixei minha cabeça
Karol- Divirtam-se... Eu vou acompanhar vocês até lá.
Lionel- Bom, eu tenho um presente pra você Karol.- ele me entrega a caixinha

Um sorriso escapa e eu dou um longo abraço nele, me separo e desenrolo o laço da caixinha. Abro a tampa e vejo um colar dourado, com uma lua. Eu sorrio e ele me ajuda a colocar, e para mim, aquilo foi muito especial.

Karol- Obrigado Lio.- ele sorri, e eu o abraço novamente, mas logo me separo
Ruggero- Eu tenho um bem maior e melhor, comprei uma Ferrari!- diz me dando uma chave de carro- Também comprei uma casa para o nosso filho, o que você acha?
Karol- Eu achei incrível Rugge.- o mesmo sorri- Mas eu não sei dirigir.
Ruggero- Por isso comprei um motorista! Jhonatan?- um homem barbudo e alto aparece, vestido com um terno
Karol- Você é incrível amor.- lhe dou um selinho- Mas não precisava disso.

Ele bufa e Jhonatan me dá um aperto de mão, e diz que estará na linha disposição sempre que precisar, mesmo que ele esteja ocupado irá interromper e vir. Eu sorrio e ele sai, e percebi o quanto Rugge levava dinheiro a sério. O doutor entra, me cumprimenta, lê um caderno e me olha.

Doutor- Você pode levar alta daqui a 2 horas mocinha.- sorrio - O veneno não fez tanto estrago assim.
Karol- Muito obrigada doutor.

Ele ia falar algo, até que Carolina entra no quarto com uma expressão sem graça... Ela entra e faz um aceno com a mão, e eu apenas sorri. Ela anda até Andreia, e abaixa a cabeça.

Carolina- Bom... Nosso pai... Faleceu.


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