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Natane/ Nane 💋

Sei que a escolha de voltar para o Samurai não era uma das melhores, eu sabia que voltaria a apanhar e agora pior pois havia conseguido ficar um mês longe de seus domínios.

Eu agradeço por tudo oque eles fizeram por mim, não tenho dúvidas que um dia eu poderei ser uma pessoa feliz.

— Vamos — Ele puxou meu braço assim que eu saí da casa de Adam, o mesmo me crucificou por eu ter escolhido isso. Mas sem Samurai, as chances de resgatar Joe eram mínimas.

— Samurai — Ouvi a voz grossa de Adam atrás de mim e suspirei aliviada.

— Fala — Disse ele naquele jeito grosso que somente ele tem.

Podem me crucificar, mas eu o amo. Não sei como podemos amar alguém que só nos machuca, mas lá no fundo eu sabia que ele tinha um lado bom.

— Eu estarei indo ve-la, não quero encontrar nenhuma marca de machucado nela. Se não eu irei traze-la e você vai esquecer dela. — Adam disse
— Você não se mete no meu relacionamento — Samurai me soltou se aproximando de Adam.
— Me meto sim, pois ela fez muito pela minha mulher e eu prometi a Joene que iria protege-la. Você queira ou não, já sabe. O aviso esta dado — Ele deu dois tapinhas no ombro de Samurai e passou por ele vindo de encontro a mim.

Me abraçou .

— Qualquer coisa você me liga, OK? — Ele colocou algo no meu bolso escondido e deu um beijo no algo dá minha testa — Fica com Deus, é muito obrigada. Joene tem uma ótima amiga.

— Fiz por vocês, pois não sei oque seria de mim se vocês dois não tivesse me ajudado — Nos afastamos e a caranca que o Samurai estava no rosto me mostrava que ele não estava de bom humor. Eu Respirei fundo — cuida dela tá? Agora eu preciso ir.

Beijei sua bochecha e entrei no carro, fechei a porta e Samurai disse algo para o Adam e logo se encaminhou para o carro.

— Quero só te dizer uma coisa, você pode escapar da porrada que eu estou louco para te dar. Mas esquece que vai ficar zanzando no morro agora — Ele apertou minha bochecha e se virou pra frente novamente, ligou o carro e eu olhava as casas, as pessoas.

Eu via minha liberdade indo embora, mas não me arrependo. Eu faria novamente se pudesse proteger e ajudar novamente a Joe.

Deixei as lágrimas caírem, eu sei bem que poderia morrer, mas eu morreria pelos meus amigos. Pelas pessoas que eu conquistei.

— Jefferson? — Pronunciei baixo quando chegamos ao morro dele, eu não sentia falta desse lugar. Realmente eu sabia o inferno que minha vida iria se tornar nesse momento. Ele não deixaria barato oque Adam fez, e eu tinha total certeza disso.

— O que você quer? — Ele disse grosso e eu respirei fundo.

— Obrigada por ajuda-los, apesar de ter sido uma troca. E eu tô com fome — disse tudo baixo.

— Vou passar pra comprar algo pra você comer, mas nada de gracinhas — Eu assenti, ele parou em frente a loja do seu Zé e saiu do carro. Permaneci onde estava, não iria contraria-lo.

Não demorou muito e ele voltou, entregou uma sacola para mim e voltou a dirigir...

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