09

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Adam 🍻

Acordei já era 7:15, respirei fundo e já levantei pra tomar meu banho. Meu rádio não parava de apitar

Rádio

Adam : Quem me incomoda
EJ: tá atrasado
Adam: sou o chefe, se vira playboy
EJ : lembrarei disso viu
Adam : jaja to ai — rir

Rádio Of

Tomei um banho gelado e rápido, tinha carga para separar e vermes para cobrar. Coloquei uma calça moletom pois estava meio frio. Uma camiseta e meu boné, passei meu perfume e desci.
Aquela mina não saia dos meus pensamentos, ainda mais quando descobri que ela era mãe de uma criança tão encantadora como o Patrick. Estava foda tirar ela dos pensamentos, digo isso pelo fato de que hoje faz 2 dias que não a vejo e simplesmente não consigo parar de pensar nela.

Peguei uma maçã e sair de casa, preferir ir andando mesmo. Cumprimentei a comunidade, passei em frente a casa dela e fiquei olhando a mesma. Na esperança de vê-la, respirei fundo e seguir meu caminho. Confesso que eu fazia campana ali as vezes, era incrível ver a leveza daquela mina, a paz que ela transmitia, a simplicidade.

(...)

— Vamos EJ, vamos — disse já impaciente, já havia dividido as cargas, ele subiu na moto e eu subi atrás. Arrumando minha fuzil nas costas, ele saiu pilotando — Rua 09

Passamos em frente ao UPA e lá estava ela e a amiga dela, fiquei observando a mesma enquanto passei voado.

— Cara, aconteceu algo com teu sobrinho? — Graças ao Ej eu convivia bastante com o Patrick, então no dia que eu parei ele na praça e encontrei a mãe dele. Eu já o conhecia e não nego pra ninguém que sou bastante apegado nessa criança.
— Ele está internado — Pude perceber que ele respirou fundo e me deu um baguio estranho no peito — Está lá tem dois dias cara, achei que tu sabia já. — Neguei com a cabeça — Ele foi pra lá com uma dor no estômago, ficou internado pra fazer uns exames. Mas ainda não tenho os resultados, não consegui falar com a mãe dele ainda.
— Vamos resolver isso logo e se fica liberado o resto do dia pra ficar com ele — Dei um tapa em suas costas e ele apenas assentiu.

Ele chutou a porta da casa do verme, fazendo a mesma se quebrar. Pude perceber que estava cheia de drogas na mesinha e ele estava sentado no sofá ao lado com uma mina chupando o mesmo. Mas assim que ela olhou pra nós os olhos dela estava arregalados, ele por sua vez estava nos olhando nervoso.

— AW? — ele riu nervoso.
— Vamos fia, se veste e sai daqui antes que eu perca a paciência que já não tenho e faço você ir encontrar com o capeta por conta desse verme aí. — Ela não pensou duas vezes, só vi os fiapos louros dá moça saindo em direção a porta.
— Oque te trás na minha humilde residência? — Podia perceber o quão chapado ele estava.
— oque você acha que eu vim fazer aqui? Cheirar uma contigo que não foi, bora EJ, procura tudo que é valioso aqui. Dinheiro, joias. Vamos! — Assim ele fez, o verme que antes estava atônito na minha frente, estava com uma expressão de medo. — Você quer me falar onde tem dinheiro ou eu terei que quebra sua casa todinha. Junto com sua cara?
— Eu não tenho dinheiro não AW — Ele abaixou a cabeça e eu dei um bicudo. — pô, me dá mais um tempo, eu prometo que vou pagar — disse colocando a mão onde eu havia chutado.
— Você teve tempo demais até, vamos pode falado onde está o resto das drogas, e o dinheiro. Que eu sei que tem aqui.
— Não tem nada — acertei outro chute fazendo agora ele cair do sofá.
— Vamos EJ quebra tudo aí — passei o rádio pra uns menor trazer dois carros. — Mas você vai comigo.
Peguei ele pelos cabelos e fui saindo com ele nu mesmo, tinha muita gente já querendo saber oque estava acontecendo. Quando me viram, ficaram assustados. Logo os menor chegou com o carro, coloquei o verme em um.

— Ei menor, entra e vai ajudar o EJ — Disse pro menino do outro carro. Entrei atrás com o futuro difunto.

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