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— Mas e o outro bebê? — Cris perguntou e eu respirei fundo levantando a cabeça.

— Ele está bem, precisamos saber qual sera o nome dele. E do outro, que apesar de não ter sobrevivido precisa de nome. — Eu deixei minhas lágrimas caírem.

— Matteo William Marsal e Miguel William Marsal.

O doutor ia saindo, mas eu o chamei.

— Sabe porque ele não sobreviveu?  — Perguntei com medo dá resposta.

— Iremos fazer alguns exames para saber a causa da morte. — Assenti e ele entra pela porta que dava para aquele grande corredor.

Eu havia perdido meu filho, um dos meus bens mais preciosos. Mas eu precisava ser forte, Joene precisava de mim.

— Cris? — Chamei ela, que estava aos prantos nos braços de André.

Sim estava todos aqui, menos Natane.

— Oi — Ela disse fungando

— Poderia cuidar do enterro, eu não terei cabeça e Joe então — Suspirei, ela apenas assentiu.

— Eithan? — Chamei ele que se aproximou de mim e me abraçou — Cuida lá do morro, eu só saiu daqui quando ela receber alta.

(...)

O laudo saiu, mostrando que Miguel não resistiu pelo remédio que deram para Joene.

Era horrível sentir a dor que eu estou sentindo.

Me encaminhei até o quarto da minha amada, sentei no sofá que tinha ali e fiquei olhando o chão.

As lágrimas caiam, com certeza meu rosto mostrava o quanto abatido eu estava por toda essa situação.

(...)

Joe 🌻

Acordei minha cabeça parecia que iria explodir, olhei e Adam estava ali. Sentado numa cadeira todo torto segurando minha mão. Sorrir ao ve-lo ali.

— Amor? — O chamei e ele apenas se mexeu.

— Amor? — Ele me olhou.

— Oi Vida como está se sentindo?

— Me diz que é mentira amor — Minha voz ficou embargada

— Olha amor, sei que é difícil que dói. Mas temos que ficar bem pelo Matteo, temos que ficar bem vida. Pra cuidar do nosso menino, sei que a dor não muda. Que vai continuar doendo, mas precisamos ser fortes OK ? — Adam disse e eu Assenti.

(...)

— Olha quem chegou — A enfermeira entrou com meu filho e eu sorrir, mas logo me lembrei que meu outro menino nunca chegaria aos meus braços. E soltei um suspiro.

— Oi amorzinho — Peguei meu pequeno Matteo no colo, ele abriu os olhos e olhou para mim

Uma paz me invadiu, mas não por muito tempo.

O meu outro filho agora era um anjinho, se eu pudesse escolher o destino. Eu escolheria ter ido no lugar dele.

Amamentei o Matteo, e logo entreguei ao Adam, sem muito ânimo.

A porta do quarto foi aberta passando por ela meus amigos.

Eles falavam e eu apenas assentia, virei para o lado e fechei os olhos. Querendo esquecer esse pesadelo que minha vida se tornou.

Morro do Horizonte. Onde histórias criam vida. Descubra agora