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4 anos antes 🍃

A campanhia tocando essas horas da manhã, quem será que em sã consciência aparece na casa de alguém esse horário? Eu super entenderia se fosse alguém morrendo. Aliás viver nesse morro é bem capaz que isso seja possível. Abri a porta do meu quarto e caminhei até a porta, moro numa kitnet com apenas três cômodos. Não posso dizer que sofro pra viver, mas com certeza não sou rica ou conviva com alguém que possa me ajudar.
Abri a porta de casa e não havia ninguém ali, mas meu Deus, quem faz isso a essas horas da manhã?! 3h e eu sendo acordada por algum idiota. Fui fechando a porta aos poucos quando escutei aquele choro...
Meu coração parou e eu olhei para baixo, mas oque?
— Aí meu Deus, me diz que ... — Minha voz sumiu ao abri a caixa e olhar aquele pequeno ser humano que estava a chorar. Ele havia sido abandonado. Peguei ele no colo e fui até o meio da rua e olhei para os lados procurando alguém que pudesse me ajudar, ou até mesmo achar a mãe ou o ser responsável por aquela criança. Mas estava um breu, não havia ninguém naquele lugar. Meus olhos se encheram de lágrimas, eu não podia acreditar nisso. Voltei para dentro de casa, pegando também a caixa que ele estava dentro.
Ele me olhava de forma curiosa, e eu queria entender quem podia abandonar um ser tão maravilhoso como ele. Olhei dentro da caixa pra ver se havia alguma coisa que pudesse identificar a mãe ou alguém por essa criança, mas havia apenas um bilhete.

" O nome dele é Patrick "

Era a única coisa ali, não havia roupas, não havia um contato.. Ok, quem abandona uma criança e vai deixar o número de telefone? Mas porque não deixou pelo menos um bilhete dizendo o porque de deixar a criança na minha porta? Custava? Respirei fundo procurando uma solução, algo que pudesse me ajudar para ajudar essa criança. Levantei com ele em meu colo e fui até o meu quarto, procurei uma coberta que não fosse tão pesada para enrola-lo, aliás. Nem isso colocaram, simplesmente deixaram ele a Deus dará, e se eu não tivesse em casa? E se eu simplesmente estivesse em qualquer outro lugar e não aqui, oque seria dessa criança nessa madrugada? Coloquei ele em cima da cama e fui trocar de roupa. Eu precisava levar ele ao médico, necessitava saber se essa criança estava com saúde. Coloquei uma calça, uma blusa de manga cumprida e uma blusa de frio, amarrei o cabelo de qualquer forma e peguei meus documentos. Sair de casa carregando o Patrick, indo em direção ao UPA do morro.

— Alguém pode me ajudar ? — Logo uma enfermeira apareceu
— Oque aconteceu? — Ela disse pegando o pequeno Patrick de meu colo.
— Deixaram ele na minha casa, na porta para ser exata. Eu preciso que cuidem dele.

(...)

Estava a caminho do morro, havia conseguido a guarda de Patrick definitivamente.
Graças a Deus eu conseguir, não sei se conseguiria ficar longe daquela coisinha maravilhosa. Desde aquele dia eu me apaixonei pelo pequeno Patrick.

— E aí conseguiu? — Cris perguntou ansiosa e eu sorrir.
— Agora ele é meu filho — nos abraçamos e nós colocamos a chorar. Porque era tudo oque eu e ela queríamos, desde que ele entrou nas nossas vidas muita coisa mudou.

___
Aviso.
Galera, após inúmeras queixas sobre o fim desse livro. Decidir reler e modificar boa parte das coisas que aconteceu com Joe, espero de verdade que dessa vez eu não decepcione vocês. Peço que quem puder me ajudar com likes, com comentários e puder estar me acompanhando eu agradeço.
Vou tentar escrever todos os dias, porém preciso lembrar que tenho vida fora a isso e que estou no fim do semestre da faculdade praticamente. Tenho trabalhos e aulas para assistir e que apesar dessa pandemia e com a quarentena declarada, eu ainda estou tendo aulas a distância. Peço que tenham paciência comigo.
Sobre o livro espada de sangue, eu apaguei. Mas vou voltar com ele assim que finalizar a história novamente de Joe.

Morro do Horizonte. Onde histórias criam vida. Descubra agora