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— Vai pra casinha 29 — Disse pro menor que estava no volante, olhei pro cara do meu lado e rir.

Se ele acha que iria escapar estava bem enganado, logo chegamos ao local que eu havia pedido. Desci do carro e puxei o meliante junto comigo, sair carregando ele para dentro do local, joguei o mesmo no chão e fiquei observando ele de contorcer de dor.

— Amarrem ele numa cadeira qualquer e joguem formiga no mesmo, mas antes encham ele de migalhas e de doce. — Eles me olharam e concordou. Sair dali e entrei novamente no carro, agora no banco do motorista. Desci até o UPA e sair do carro.

— Senhor não pode deixar o carro estacionado ali — Disse uma mulher, revirei os olhos e olhei bem pra mesma.
— Linda, nesse morro eu posso tudo, inclusive, fazer você conhecer o tio lúcifer se me atormentar novamente. — Joguei a chave pra um menor que estava perto e fiz sinal pra ele tirar o carro do local que estava. Adentrei aquele lugar apenas atrás de uma pessoa, mas ela não estava ali. Fui até a recepção e os olhos em mim era de curiosos e assustados ao mesmo tempo.

— Em que posso ajudar? — A recepcionista disse, bem gostosinha por sinal.
— Eu queria saber sobre o menino Patrick.
— Sobrenome ? — Eu vou lá saber, olhei meu celular e procurei o Facebook daquela menina que não saia de jeito nenhum de meus pensamentos.
— Marsal — Disse encontrando o perfil e olhando uma foto que ela havia acabado de postar com o mesmo.

— Então senhor, ele está no quarto 125. Mas o senhor não está autorizado a ir até... — Sair dali indo em direção ao quarto a moça me gritou mas eu não dei ouvidos, precisava ver eles, não sei porque mais tudo oque eu queria era estar ao lado dela nesse momento. Bati na porta e adentrei, ela me olhou assustada.

— Posso entrar? — Ela assentiu
— Senhor.. — era a recepcionista.
— Tudo bem, pode deixar. — Ela disse olhando para moça e depois pra mim. A moça me olhou com um olhar de reprovação e saiu, eu me segurei para não rir.
— Me desculpe, eu precisava vir ver vocês. Como estão ? — disse me aproximando do Patrick que estava dormindo serenamente.
— Ele está com uma virose, mas está reagindo bem aos remédios. Aliás não parou de falar em você um minuto, fez bem em vir. — Olhei para ela que sorriu, fui até a mesma e abracei..
— Não imagino a dor que está sentindo, mas sempre que precisar de ajuda com ele. Ou qualquer outra coisa pode contar comigo viu? — Ela se afastou e limpou as lágrimas assentindo. Fiquei constrangido né, eu nunca conversei com a mina e perco toda minha moral de bandido assim. Acho que ela ferrou com meu juízo, né possível.

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