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— Eu e meu irmão aqui estamos em dúvida se uma menina ficaria comigo ou com ele, você ficaria com quem? — André perguntou e eu me engasguei com o líquido, fazendo o Ej rir ao meu lado.
— Sério isso? — Acho que eu estava vermelha pois Ej não parava de rir — Tem como você parar de rir? — Eu cruzei os braços ficando emburrada.
— Claro que sim, gostariamos de saber se fazemos o seu gosto — Agora foi a vez do Adam se pronunciar. Parecia que ambos estavam gostando do fato de estar me deixando com vergonha. Passei a mão no rosto não acreditando nisso que eles estavam falando. Olhei de um para o outro esperando que fosse apenas uma brincadeira, mas pelo visto isso era realmente sério.
— Vocês querem que eu seja sincera? — Apontei para ambos com a mão, e dei risada. Ah meu pai, claramente eu pegaria os dois. Ambos são maravilhosos, mas sem dúvidas o Adam tinha algo que me chamava muita atenção. Ainda mais a forma como ele tratava o Patrick.
— Sim. — Responderam juntos, pareciam ansiosos.
— Eu ficaria com os dois — Ele arregalaram os olhos, Ej que estava ao meu lado acabou se engasgando com a saliva e assim foi a minha vez de dar risada. — Calma, não disse que ficaria com os dois ao mesmo tempo. Apenas estou dizendo que ambos fazem meu gosto, são bonitos, cheirosos, tem um estilo que me agrada. Então, eu ficaria com os dois. — Dei de ombros, virei pro lado olhando a Cris que estava me encarando, chamei a mesma com a mão para que ela viesse ao meu encontro.— Mas de verdade? André? — Ele já me olhou todo esperançoso e me partiu o coração ao ver que iria deixar o bichinho para baixo. — Acho que você combina bem mais com a minha amiga. — Disse assim que a Cris parou em minha frente, fazendo a mesma arregalar os olhos.

Eu sabia que ela iria querer me matar, isso com certeza ia acontecer. Olhei pro Adam que me olhava e sorria e pisquei para o mesmo, se ele tinha entendido ou não aí já não era mais comigo. Havia deixado claro ali que eu tinha interesse e se ele tivesse, ele também iria vir atrás de mim e mostrar interesse. Mas é impossível entender a cabeça de um homem e oque ele fez após não me surpreendeu nenhum pouco. Ou seja? Não fez nada, apenas virou para o lado e começou a conversar com o Ej. Enquanto minha amiga super desenrolava com o André. Espero que pelo menos ali dê algo.

[...]

Mensagem

Filha? Você pode vir? Patrick está com febre e não para de chamar por você e por Adam.

Respirei fundo, meu coração parou e era por isso que eu não saia de casa, era por isso que todas as vezes eu ficava em casa ao invés de sair. Meu filho era muito apegado a mim, e eu não entendia como ele ficava doente tão rápido. Passei a mão no rosto, tentando conter as lágrimas que queria cair.

— Eu preciso ir. — Disse me levantando desesperada, da última vez que ele teve uma crise assim ele ficou no hospital por uma semana. E não fazia muito tempo que ele estava lá, sabia que não devia ter saído.
— Oque houve? — Ej me perguntou
— Patrick, como sempre. — Disse com a voz embargada.
— Quem é? — interrompi o tal do LH
— Meu filho, avisa a Cris que eu já fui OK? E avisa ao Adam que Patrick está chamando por ele. — Dei um beijo na testa do Ej e sair andando.

Ao chegar na entrada sentir meu braço ser puxado, olhei e era uma menina. Revirei os olhos.

— Você fica longe do que é meu sua bastarda. — Respirei fundo, levei a mão no cabelo dela e a outra eu tirei o meu salto.
— Primeiro que eu nem faço ideia de quem você está falando garota, segundo que se fosse seu estaria do seu lado e não dando mole para alguém e terceiro vai tomar no seu cu. Me poupe do seu showzinho — Coloquei o salto agulha direcionada a ela — Outra, pra você me peitar você deve muito bem me conhecer. Pois eu não sou vagabunda que fica puxando cabelo não. Além do mais, fique com quem você quiser. Eu não quero ninguém. — Empurrei a mesma fazendo ela se desequilibrar, sair correndo do baile. E não demorei pra chegar na casa dá minha tia, toda vez que eu saiu Patrick fica com febre. Me aproximei da porta e parei para respirar, escutei o barulho da moto e olhei para trás e lá estava Adam.

— Oque aconteceu? Porque saiu de lá assim? — Disse se aproximando de mim, e eu estava com dificuldade pra respirar. Coloquei a mão no peito e controlei a respiração.
— Patrick está com febre — disse com dificuldade, entrei na casa dá minha tia e ela estava na sala andando de um lado pro outro com meu menino no colo, deixei o salto no canto e me aproximei. Peguei o mesmo.

— Mama? — Disse abrindo os olhinhos.
— Oi amor, a mamãe tá aqui. — disse alisando o rostinho dele.
— Não deixa ele morre não mama, o moço não pode morrer. — Disse começando a chorar.
— Calma filho, quem é o moço ? — Sentei com o Patrick no sofá e o Adam que nem havia percebido estava olhando para a gente.

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