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Escritora

O médico se aproximou e respirou fundo, Joene que estava em choro antes. Nesse momento prestava muita atenção em tudo que o médico pronunciava.

— Foi tudo muito difícil, infelizmente a bala acabou alojando em um órgão é por pouco não perdemos o nosso paciente. Porém ele estava bem, está instável. A cirurgia foi um sucesso temos que ver agora como ele irá se comportar com os medicamentos. — O médico se pronunciou e todos que estavam ali presente suspiraram aliviados.

Um pouco distante Yan observava seu irmão, de fato que eles eram bem parecidos. Mas muita coisa não se encaixava, Adam olhou para Yan e caminhou até o mesmo.

— Não sei porque, mas eu quero que nossos morros sejam aliados. — Esticou a mão para Yan — Para mudarmos tudo, até porque temos Patrick em comum.

O pequeno Patrick havia chegado minutos depois do médico com Gael. Ambos olharam para onde Patrick estava, e Yan não exitou em apertar a mão do irmão.

Na cabeça de ambos era certeza se passavam muitas dúvidas, talvez mais na cabeça de Adam do que na de Yan.

(...)

Adam 🍻

— Será que agora a gente poderia conversar? — Perguntei para o Yan após o horário de visita acabou. — Preciso também que você me arrume um local pra mim ficar com a coroa do Eithan.
— Vamos lá, se fica lá em casa. Preciso passar na boca resolver umas paradas, mas antes te levo lá na casa porque quero que tu me acompanhe na boca. Será bom — Ele sorriu de lado e passou a mão na cabeça. Sinal de nervosismo? Porque se for, é igual a mim.

Posso dizer que somos irmãos gêmeos até mesmo nas expressões, saímos do UPA e geral ficou olhando para nós. Eu estava me sentindo mais que o normal né, até porque no meu morro eu já era cobiçado. Aqui as minas só estavam faltando jogar a chereca na minha cara, Joene estava encostada no carro com Patrick no colo. Que assim que viu eu e seu pai desceu e veio correndo na minha direção.

— Papai — Disse me abraçando e eu rir, com certeza esse menino ficaria maluco. Yan olhou a gente de um jeito que meu Deus. — Titio Adam, eu estava com saudades. — Ele falou no meu ouvido.
— Como você sabia? — Perguntei assustado. Porque até mesmo quem é maior não vê a diferença entre mim e ele, pelos poucos minutos eu pude perceber muita pouca diferença.
— O papai tem uma pinta na bochecha esquerda — Disse ele apontando e Yan riu. — Fiz só para pirraçar.

(...)

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