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Joe 🌻

Abrir a carta e comecei a ler em voz alta.

Olá Joenne,
Venho aqui lhe agradecer por ter cuidado do meu filho durante esses anos. Sei que você deve estar se perguntando quem eu sou, é porque o deixei na porta de sua casa.
Mas vou explicar, eu passei por muita coisa sabe? Mas não fui eu que deixei o meu filho na sua porta, a vagabunda da mãe dele não queria ele e fez um dos meus vapores sumir com ele. O mesmo agora está morto, eu segui vocês, vi tudo oque você passou cuidando do meu menino. Me desculpa por ter tirado ele assim de você, sei o quanto você está sentindo essa perda. Mas eu precisava me aproximar dele, mas todos os dias ele pergunta de você viu?
Eu poderia ter me aproximado e pegado ele antes? Sim, mas você já tinha registrado ele e seria muita sacanagem da minha parte. Ok, da forma que eu fiz está sendo também, mas eu quero que você conviva com ele também. Bom, eu moro no morro do céu. Quiser vir ve-lo tudo bem, só lhe peço que não tire ele de mim novamente, que pelo menos deixe eu ir ve-lo. Mas se mesmo assim você não quiser me deixar ver ele, eu terei que sumir com ele pra sempre. Estou fazendo isso por pedido dele, pois se não pra você ele não passaria de uma pessoa morte. Até porque? Ele é apenas uma criança e se acomodaria muito fácil sem sua presença, acho que poderemos nos resolver pacificamente.
Beijos.

Do Yan .

Terminei de ler, a carta já em prantos. Adam ficou estranho ao ouvir o nome, respirei fundo diversas vezes tentando me acalmar.

— Eu quero o meu filho, ele não tem o direito de tirar o Patrick de mim — eu gritei. — Quero o Patrick agora.

— Calma meu amor, vamos com calma. — Adam alisou meu rosto e eu respirei fundo — Amanhã a gente vai lá tá? — Assenti, me levantei e entrei no quarto, deitei na minha cama e logo sentir a calma afundar do meu lado, as lágrimas caiam.

— Ele não poderia ter feito isso Adam, ele tirou de mim meu bem mais precioso, sabia que o Patrick era o meu amor. Minha vida, ele via nossa vida — ele me abraçou forte — Ele simplesmente cagou Adam, simplesmente acho que dessa forma ia ser bom. Ele poderia ter se aproximado eu jamais, jamais ia impedir dele conviver com o filho dele. Porra — Esbravejei e ele começou fazer carinho em minha cabeça, não disse nada. Apenas tentava me acalmar e com isso dormi no calor de seus braços.

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