Sob as luzes dos HOLOFOTES

Capitulo 18

Capítulo 18

Daniel era um mal caráter, o pior que Bia poderia ter encontrado em sua vida, e mesmo assim, ela o aceitou como seu marido, mesmo que ele a humilhasse constantemente, a traindo com outras mulheres, até mesmo com prostitutas da pior espécie. Era assim, que Daniel se sentia no controle de tudo, como se ninguém soubesse, que na verdade, ele não passava de um mero brinquedinho de Bia Falcão, uma grande empresária e industrial, brasileira. Mas Daniel, não era o tipo de homem que se contentava com pouco, isso valia para os negócios, e para as mulheres, com quem partilhava uma cama, por assim dizer, tanto, que ele tinha uma prostituta fixa, a Giovana, que também, não era lá, flor que se cheire, aparentemente.

Havia um trato de exclusividade entra os dois, onde a única regra era que, Daniel poderia ficar com quem ele quisesse, sempre que estivessem afim, só que o mesmo não se aplicava a Giovana. Inclusive ele até já bateu nela, sempre que descobria que ela se encontrava com outros homens, a ameaçando de morte, e tudo. Os dois viviam entre idas e vindas, igual cão e gato, pois suas brigas sempre terminavam em sexo, mesmo, que, muitas vezes, fosse contra a vontade dela, que para Daniel, não significava nada, desde que ele sentisse prazer na transa. Giovana bem que podia deixar Daniel, Matheus já pediu isso a ela, muitas vezes, mas o brilho do ouro era bem mais atrante do que uma vida plena e segura, ao lado do único cara que ela gostava de verdade, o Matheus, ou até mesmo, quem sabe, com o Pascoal, por quem Giovana sempre foi atraída, desde adolescente.

Depois de mais uma noite regada a drogas e muito sexo, já era madrugada e Daniel queria voltar para casa, antes que Bia acordasse e acabasse lhe enchendo o saco, com perguntas, que ele não estava nem um pouco, disposto, a responder. Puxando o cabelo de Giovana, completamente nua, ele tenta a acordar, sem a menor gentileza.

- Acorda, cachorra - Fala, com o seu tom de voz de sempre, grosseiro, e sem um pingo de educação - Acorda, que já tá mais do que na hora de você vazar daqui, ô vadia!

- Só mais cinco minutos - Fala manhosa, se enroscando nele, toda fogoza - Eu tô muito cansada, depois da nossa noite de ontem, Dan.

- Primeiro, não me chame de Dan, mas sim, de senhor - A Empurra pra fora da cama - Segundo, vá tomar um banho, que você está fedendo, e terceiro, e não menos importante, suma daqui, antes que eu pegue o chicote, e te ensine mais uma vez, a como me obedecer, sua cachorra.

- Eu devia te deixar de vez - Nisso, ele a puxa pelos cabelos, a joga na cama e fica sobre ela, a sufocando com ambas as mãos - Para... Eu... Não... Consigo respirar... Direito... Você... Tá me machucando!

- Se tentar fugir de mim, eu vou atrás de você até mesmo no inferno, e te acho, vai por mim - A solta adequadamente, jogando vinte notas de cem reias na cara dela, dinheiro de Bia, que ele sempre usava com mulheres baratas e vazias - Agora desapareça daqui, antes que eu acabe com você.

Depois de tomar um banho, e perceber marcas de dedos vermelhas em seu pescoço, quase ficando roxas, Giovana se veste, usando um cachecol para esconder seus machucados, mesmo estando no verão, e depois de pegar o dinheiro que Daniel jogou em sua cara, sem vergonha nenhuma, apesar de tudo. E em seguida, vai embora dali, enquanto, DanielN começava a se vestir, sem muita pressa. Chegando em seu apartamento, o que dividia com Matheus, Giovana caiu no chão, soluçando de chorar.

Matheus vendo Giovana naquele estado, vai até ela, e a abraça por um bom tempo, até senti - lá bem melhor, e retribuindo o seu abraço. Sabendo onde Giovana esteve, Matheus preparou um banho quente pra ela, e a lavou da cabeça aos pés, com muito carinho e ternura. Porque, mesmo sendo um mal caráter de marca maior, Matheus amava Giovana de verdade, e sofria em ter de dividir ela com outros homens, além de não gostar muito de dar em cima de outras mulheres, mas ele aguentava tudo isso, e mais um pouco, porque a amava, e já não sabia mais viver sem ela, a sua maluquinha preferida.