Capitulo 38

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Capítulo 38

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Capítulo 38

  Na Belíssima, o clima estava mais tenso, do que o normal, agora que Bia estava a frente dos negócios mais uma vez, ignorando as ordens do seu médico. Trabalhar era quase uma necessidade para Bia, somente assim, ela não pensava tanto em seu casamento cada vez mais infeliz com Daniel, e o quanto, a cada dia que passava, ele tinha menos respeito por ela, se é, que alguma vez, ele o teve, de fato. Estér acabou se tornando uma grande amiga e confidente de Bia, Ornela também conversava com ela, de vez em quando, mas já não era a mesma coisa, há muito tempo. Bia ficou sabendo que Narciso, um rapaz bem mais jovem do que Estér, que trabalhava na Físico, uma academia, que pertencia a Belíssima, estava interessado nela, em sua amiga, e decidiu ter uma conversa com ela.

Narciso, além de ser muito mais jovem do que Estér, também era pobre, não era de uma família de berço, por assim dizer. E Bia tinha muito medo, que Narciso fosse para Estér, o mesmo que Daniel era para ela, um péssimo marido, que nem em sonho, a respeitava, e que a traía com mulheres bem mais jovens, muitas vezes, até mesmo, na frente dela, como se Bia não tivesse sentimentos. Ter Estér ao seu lado, era quase como ver uma versão mais velha de sua saudosa filha, a Estela, a quem Bia amava tanto, por isso, ela não queria que a mais jovem acabasse sofrendo, pelo que quer, que fosse, ainda mais por um homem.

Estér atendeu ao chamado de Bia, imediatamente, mais velha estava usando um de seus famosos quimonos, já que uma das recomendações do seu médico, era evitar roupas quentes e apertadas. Estér, por sua vez, usava um terno bem elegante, azul, que lhe caía, como uma luva. Ambas estavam muito elegantes, eram as mais bem vestidas de toda a empresa, além de terem gostos muito parecidos, para roupas e acessórios, também, tendo um senso de moda, muito invejado por todos da Belíssima, principalmente as funcionárias do sexo feminino.

- Você deve estar se perguntando, porque eu a chamei aqui, Ester, eu presumo - Começa como quem não quer nada - Pois, bem, eu vou direto ao ponto, te chamei aqui, porque não acho certo você se envolver com um homem mais jovem que você, e que além disso, é pobre.

- Acredito que você esteja falando do Narciso - Ela a estava chamando de você, porque Bia odiava ser chamada de senhora, a fazia se sentir bem mais velha, do que ela era, de fato - Mas quanto a isso, você nem precisa se preocupar, eu não tenho tempo para pensar em namoros, ainda mais com um rapaz, que provavelmente, tem metade da minha idade, Bia.

- Que bom que pensa assim, Estér, eu odiaria te ver sofrendo por culpa de um homem, que nem de longe, chega aos seus pés - A observa com muito carinho e atenção - Sabe, Estér? Você me lembra muito, a minha filha, que caso estivesse viva, teria exatamente, a sua idade, e justamente, por isso, eu me preocupo tanto com você.

- Também me preocupo, e muito, com você, Bia, até porque, antes de sermos sócias na Belíssima - Tenta controlar suas emoções, que estavam quase a flor da pele, naquele momento - Nós somos amigas.

- Sim, Estér - Sorri para a mesma - Nós somos, sim, amigas.

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Narciso não parava de pensar em Estér, quase como se estivesse mesmo começando a se apaixonar por ela, de verdade, mesmo que sem querer. Seus pais estavam brigando mais do que nunca, e como se isso não bastasse, Cemil não estava mais indo até a casa dos pais, e Katina não tinha ideia de o porquê disso, já que de todos os filhos, Cemil, era o que ela tratava melhor, quase como se ele fosse o seu filho preferido, bem diferente da maneira que tratava Safira, quase como se ela fosse a sua inimiga, e não a sua filha.

Depois de muito pensar, se ligava ou não, para Estér, depois de conseguir o número dela com Alberto, Narciso finalmente cria coragem e liga para ela, que o atende, no primeiro toque, apesar de ser um número, aparentemente desconhecido. Assim que escuta a voz de Estér, Narciso mal consegue pensar no que dizer, e fica horas a fio, em silêncio, deixando Estér, cada vez mais irritada, do outro lado da linha.

- Olha, se você não tem o que fazer, saiba que eu tenho, e muito - Diz isso, muito estressada - E passar trote é crime, punível pela lei, caso você não tenha consciência disso.

- Não desligue, por favor, sou eu, o Narciso, eu queria tanto ouvir a sua voz, que quando a escutei, acabei ficando sem palavras - Ele diz isso, meio emocionado demais - Me desculpe, por te incomodar Estér, mas eu queria muito ouvir a sua voz.

- Narciso, eu acho que você deve ter algum problema mental, ou algo do tipo, porque eu já te disse mil vezes, desde que nos conhecemos, que eu não quero nada com você - A voz dela estava muito séria, até demais - Eu não tenho tempo para relacionamentos, quer eles sejam sérios, ou não, ainda mais com um garotão, que tem metade da minha idade, agora se não se importa, eu vou encerrar esta ligação, e te agradeceria bastante, se você não me ligasse de novo, acredite em mim, vai ser melhor para nós dois, principalmente para você, que é tão mais jovem do que eu.

- Estér? - Não escuta mais nada, ela havia desligado o celular - Isso não quer dizer, que eu desisti - Pensa um pouco - Pelo meu melhor amigo, eu desisti da Flay, de quem eu ainda gosto muito, mas isso não quer dizer, que eu vou desistir da Estér, sendo que eu sei, que ela não é, tão indiferente a mim, quanto diz ser...

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Uma semana depois...

Narciso estava na Físico, Murat e Katina estavam em casa, brigando de novo, algo que quase sempre faziam, principalmente por causa do gatinho de estimação dele, o Mustafá. Murat estava penteando os pêlos do seu gatinho, Katina estava falando mal de Tosca mais para si mesma do que para Murat, que nem a escutava mais, quando Cemil apareceu na sala, com um semblante irreconhecível em seu rosto, e um brilho muito estranho em seus olhos verdes.

Katina ficou muito surpresa de ver Cemil bem ali, na sua frente, sendo que ele não a visitava há semanas, Murat também ficou surpreso. Os dois estavam surpresos de verem Cemil alo, na casa deles, ainda mais, tão sério, como estava, quase como se fosse outra pessoa, um desconhecido, para não dizer o mínimo, é claro.

Cemil se aproximou de Katina e Murat, disposto a confronta - los, a respeito da maternidade de Safira, que claramente, não era filha de sua mãe, mas sim, de Bia Falcão. Ele estava mais do que decidido, a questionar os mais velhos, mesmo que os dois ficassem com muita raiva dele, e jamais o perdoassem, pelas suas perguntas, nada discretas, em relação a verdadeira origem de sua irmã mais nova.

- Eu já sei de tudo - Ele começa, meio apreensivo, no começo - Portanto, nem adianta mentirem para mim, pois, não vai dar certo.

- De tudo o quê? - Murat pergunta bastante confuso - Não o entendo, Cemil, do que você está falando, afinal, filho?

- Também gostaria de saber, do que você tanto está falando - Começa, dramática, como sempre - O que você sabe, afinal, Cemil? Ou melhor dizendo, o que você pensa que sabe, meu filho?

- Eu sei tudo, sobre a Safira - Isso pega Murat e Katina, de surpresa - Sim, eu sei que a senhora, não é a mãe dela.

- Mas como? - Murat pergunta, cada vez mais nervoso - Como você ficou sabendo disso, Cemil?

Continua...

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