Capitulo 44

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Capítulo 44

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Capítulo 44

  Bia se sentia muito sozinha, ainda mais agora, em plena véspera de natal, Daniel, que era mais seu marido no papel, estava fora de casa, com uma de suas inúmeras amantes, e para completar ainda mais, a sua infelicidade, seu neto preferido não falava com ela, já quase dois meses. Bia se sentia muito só, em sua mansão, e pior, sem conseguir trabalhar, devido as suas cada vez mais frequentes, dores de cabeça.

Gigi, era quase um bálsamo para ela, e por incrível que pudesse parecer, Bia também se sentia bem na companhia de Júlia, a quem tanto criticou no passado. Estér também era uma boa amiga, e lhe lembrava bastante, a sua filha Estela, a pessoa que Bia mais amou, em toda a sua vida. De seus netos, Pedro era o seu xodó, e justamente por isso, Sabina era a sua bisneta preferida. Mesmo que Bia gostasse bastante de suas outras bisnetas, ainda mais da Érica, que era tão parecida com Estela, sua única filha.

- Júlia, deixe as cortinas fechadas, por favor, essa luz machuca os meus olhos, meio cansados, e me deixa, com mais dor de cabeça ainda - Ela diz assim que Júlia aparece no quarto, disposta a abrir as janelas do mesmo - Eu odeio quando você aparece aqui, só para abrir essas malditas janelas, que se dependesse de mim, ficariam fechadas, até o dia da minha morte, Júlia, como você bem sabe.

__ Bia, você não está nada bem, é nítido isso! Olha, eu queria tanto, mas tanto, te ajudar de alguma forma, mas você nunca aceita, eu estou disposta a te ajudar Bia, eu quero o seu bem, estou sempre aqui, te apoiando em tudo, você sabe.

- Eu não preciso da sua ajuda, Júlia, até porque, antes de mais nada, você não pode me ajudar, além de estar mais do que, sobrecarregada, na Belíssima - Olha para a neta, com um olhar muito distante e meio perdido, nem parecia ela, naquele exato momento - Bem, fazem quase dois meses, que o seu irmão não fala comigo, Júlia, e isso me machuca muito, demais até, sendo que eu fui, muito mais do que uma mãe, para aquele ingrato, e mesmo assim, ele me trata desse jeito, como se, eu não valesse, absolutamente nada, para ele, e também, na vida dele.

__ deve ter algum motivo muito forte, para isso, Bia, se quiser eu tento conversar com meu irmão, Bia você tem essa pose de durona, mas é uma mulher incrível.

- O motivo você sabe, foi o que ele descobriu na sua sala, pela sua boca, Júlia - Tenta não ser dura demais com ela - Então não se faça de idiota, até porque isso, você não é, e se o Pedro está sem falar comigo, foi porque você traiu a minha confiança falando mais do que devia, a respeito da minha filha bastarda, que ainda bem, e graças a tudo que é mais sagrado no mundo, nem você, e muito menos o Pedro, sabem quem é.

__ Bia não era pra ele saber, e você sabe muito bem disso, eu ia contar somente pra Estér, pois, ela é uma amiga de confiança.

- Nenhum amigo é de fato, de confiança, e não seja tão ingênua assim, a esse ponto, acreditando cegamente nisso, que você acabou de me falar sobre amigos confiáveis, Júlia, francamente - Suspira, com muita dor de cabeça - Até porque, por melhores que possam parecer os nossos "amigos" - Ela, então, faz aspas com os dedos, enquanto fala a palavra amigos - Eles sempre dão um jeito de nos decepcionar, e da pior maneira possível, e você, pode acreditar nisso, porque é a mais pura verdade.

__ ah Bia... Bia, você nunca enxerga o lado bom das coisas, impressionante, e eu não sou tão ingênua, assim, como você pensa, de verdade, pode apostar, que não.

- Você é pior do que ingênua, Júlia, acreditando em quem não deve acreditar, por isso todo mundo te passa para trás - Se deita na cama, muito cansada - Te falta malícia, fibra e uma visão mais ampla de mundo, e você sabe muito bem disso, não tem nem como, te comparar a sua mãe, a Estela, sim, me entenderia agora, mas não quero discutir com você neste exato momento, porque sei que você é uma grande empresária, e uma mãe melhor ainda para as minhas bisnetas.

__ eu faço de tudo, pelas minhas filhas, Bia, e se, alguém mexe com uma delas eu viro bicho, a pessoa, nem, se atreva.

- Sim, eu sei disso, muito bem, você não é apenas mais uma contadora, como tantas que existem por aí, e também, como era antes da Nayza e da Laura nascerem - Tenta ser gentil com ela - Você me mostrou que poderia ser muito mais do que era, uma contadora, entendida apenas de números, e me orgulho muito de você, por isso, de verdade.

__ que bom Bia, eu fico muito feliz, em saber disso, e falando nas meninas, onde elas estão?

- Certamente, elas estão na casa da Sabina, Júlia - Suspira meio inquieta sentindo calafrios - Elas não saem mais de lá, até onde eu sei, Júlia, eu gostaria que você ficasse aqui comigo agora, só por essa tarde, a Belíssima nem funcina direito nos dias de hoje, e, eu acho que o Ciro e as meninas vão entender, se você ficar, então, fique, por favor, estou quase te implorando, e olha, que eu não sou de implorar nada, a ninguém, e hoje é véspera de natal, e eu não quero, ficar sozinha.

__ fica tranquila Bia, eu estou aqui com você... Bia, você está muito quente! - Passa mão em sua testa, muito preocupada __ tem certeza, de que, está bem?

- Sim, estou - Pega em uma das mãos dela, firmemente - Mas estaria bem melhor, se o seu irmão também estivesse aqui comigo, Júlia.

__ eu vou chamar ele, Bia você precisa melhorar, sejs é forte, por favor! Eu vou chamar o Pedro aqui, e agora quer vocês queiram, ou não, Bia!

Depois de tanto tentar ligar para Pedro, ele finalmente atendeu a sua ligação, com a voz meio cansada. Ele parecia tão triste quanto a Bia, talvez até bem mais, do que ela, mesmo que a mais velha estivesse doente, e ele não, aparentemente.

- Oi Júlia... Sim, eu estou bem, sério, de verdade, minha irmã - Faz uma pequena pausa para poder, escutar ela, bem melhor - Ela está tão mal assim? Tem certeza disso, Júlia? Não é mais um dos truques dela, não? E, ela está mesmo doente?

__ Claro, que tenho, Pedro, então, por favor, venha pra cá, para a casa da Bia, a nossa avó, o mais rápido, que você puder, porque, nós precisamos de você, meu irmão, e, com saúde não se brinca, você sabe disso, e muito bem.

- Okay, Júlia, em menos de um minuto, eu chego aí, na casa da Bia, bem, eu só espero não dar de cara com o gigolô do Daniel, e que, também, é o marido da Bia, aquele idiota - Suspira, se sentindo muito culpado, naquele momento  - E vê se chama uma ambulância, porque ela vai para um hospital hoje, nem que seja a força, minha irmã, e quem te garante isso, sou eu.

Continua...

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