Capitulo 29

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Capítulo 29

Algumas semanas depois...

  Era uma linda, calma, e tranquila, tarde de sábado, chovia torrencialmente, Bel estava meio triste, pois, o seu pai estava na Grécia, a negócios, e por isso, ela não pôde passar o final de semana, na casa dela. Bel era uma garota sensível, apesar de temperamental, doce, apesar de bancar, a durona, na frente de todos. Isa sabia que a sua irmã era legal, só tentava esconder isso, de todos, para não sofrer, igual a ela, no passado, quando foi enganada, pelos seus falsos amigos. Na janela de seu quarto, Bel via a chuva, pela vidraça, com certa nostalgia, a fazia se lembrar de um tempo bem mais feliz, quando seus pais ainda eram casados, e se amavam muito.

  Vendo que Bel estava mal, Isa pediu para uma das cozinheiras da casa de sua mãe, que fizesse o bolo preferido de Bel, limão com gotas de chocolate. E depois disso, foi até Bel, ficando bem ao lado dela, e em silêncio, por um bom tempo, até que, a sua irmã, por fim, decidisse se abrir com ela, mas sem forçar nada. Perdendo a presença de Isa, bem ao seu lado, Bel acabou sorrindo, meio boba, se sentindo muito amada, e menos triste, só de ter a sua irmã preferida, bem perto dela.

  Se sentindo bem amada e protegida, ao lado da sua irmãzinha, Bel sentiu que podia falar com ela, sobre a sua nostalgia, saudade de um tempo que não ia voltar. E o quanto, ela amava a chuva, o som e o cheiro dela, pois, ela lhe trazia mais do que boas lembranças, principalmente do antigo sítio da avó delas, mãe de Tosca, que já era falecida, há anos, mas que mesmo assim, lhe fazia muita falta, em alguns momentos de sua vida, cada vez mais confusa e atribulada, de muitas meneiras.

- Eu amo chuva, Isa - Bel abraça Isa, carinhosamente - Ela me traz recordações tão boas, maninha, que você nem, consegue imaginar...

- Ah, Belzinha - Isa abraçou a irmã, de volta __ eu também maninha, adoro dormir com o barulho da chuva, é tão bom - Isa sorri __ pedi pra Cida fazer seu bolo preferido maninha, aliás, me conta quais recordações são essas?

- Da nossa infância - Bel parecia tão calma - De quando, os nossos pais, ainda eram casados, e éramos felizes de verdade, bem antes da sua mãe inventar de ser famosa, maninha. Quando ela ainda não fazia muito sucesso, entende? Já que artista ela é, desde que me entendo por gente, Isa.

- Sabe, Belzinha - Isa suspira__ As vezes me sinto como você, até porque, maninha, eu também amava todos os nossos momentos, juntos, eu fiquei muito triste com a separação dos nossos pais, de verdade, mesmo, mas olha, eu confesso que, quando a mamãe ficou famosa, eu ficava meio irritada, por ela não passar muito tempo comigo, Bel.

- Ela nunca me deu atenção, de verdade, Isabella - Dá de ombros, tentando parecer indiferente - Então, ela nunca me fez muita falta, ao contrário do papai.

__ maninha, eu queria muito, de verdade tentar entender isso de vocês duas, você é uma menina tão legal e amável...

- Nem tenta entender, Isabella, e sem querer ser chata e grossa, mas já sendo - Olha Isa, bem nos olhos - A minha relação com a Tosca, não é da sua conta, maninha, até porque, mesmo sendo sua gêmea, não sou obrigada a morrer de amores pela sua mãe, e nem quero, mesmo te amando muito, Isa.

__ eu não disse pra você amar a mamãe maninha, pelo contrário, só queria entender, eu quero o seu bem você sabe, né?

- Não tenta entender a minha relação com a sua mãe, Isa - Suspira - Vai ser melhor pra mim, pra você, enfim, para todo mundo, e eu tô te pedindo, por favor, Isa, não se mete nisso, ok?

__ tudo joia, maninha, mas eu sempre vou me preocupar com você.

- Só não se preocupe demais, Isa - A olha, com ternura - Não vale à pena, irmãzinha, vai por mim, tá legal?

__ você é uma garota muito incrível, e especial pra mim.

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  Julia e Estér estavam tomando café juntas, ul hábito, que adquiriram, desde que se conheceram, há quase dois meses. As duas acabaram se tornando grandes amigas, quase inseparáveis, por assim dizer.

- As suas filhas são lindíssimas, minha cara Júlia - Bebe um pouco de seu café, de uma maneira, bastante graciosa - Se parecem muito com você, se me permite dizer, minha querida.

__ fico muito feliz, pelo elogio, Ester, bem, a minha filha mais velha, a Érica, ela sempre sonhou, em ser modelo, e luta com unhas e dentes, pela carreira dela.

- Ela é linda - Observa bem o rosto dela - E se parece muito com a sua mãe, querida - Nisso percebe que falou demais - Sim, eu conheci a sua mãe, antes dela se casar com o Marcelo, pensei, até, que já, tivesse te dito isso, Júlia.

__ ainda não me disse Ester - Júlia suspira __ sinto tanto a falta dela, era uma mãe maravilhosa.

- Ela tinha um gênio, e temperamento, muito difíceis, de lidar, na  maior parte do tempo, muito parecidos, com os, dia Bia, Júlia - Sorri para a mais jovem - Mas apesar disso, sim, a Estela foi sim, uma mulher extraordinária, e uma mãe melhor ainda, bem, pelo menos, ela tentou, e muito, Júlia, até onde eu sei, minha boa amiga.

__ meus pais eram meus heróis minha amiga, por muitos anos, me senti culpada pelo acidente deles, todas as noites tinha um terrível pesadelo...

- Mas você não é culpada de nada, muito pelo contrário, filha, digo, Júlia, eu te chamei assim, por um impulso, já tive uma filha, mas faz muito tempo e não quero falar sobre ela - Suspira, já menos nervosa - Você não teve culpa de nada, porque até onde fiquei sabendo, você tinha apenas oito anos de idade, na época do acidente, Júlia.

__ eu amava muito os meus pais, ainda os amo  - Suspira__ Ester, minha amiga, pode confiar em mim,você me pareceu muito abatida, quando lembrou da sua filha, se quiser desabafar, estou aqui...

- Eu tive dois filhos, Júlia, um menino e uma menina, eu os amava muito - Tenta controlar suas emoções - Mas os perdi, e não quero mais falar deles, então, por favor, não me pergunte mais nada sobre eles, eu imploro, Júlia.

- Eu não poderia imaginar - Júlia segura as mãos de Ester, nas suas, afetuosamente __ eu sinto muito, minha amiga, você é uma pessoa incrível, uma excelente mulher e, com certeza, uma mãe maravilhosa, pode contar comigo, pra tudo.

- Você é uma pessoa maravilhosa, Júlia - A olha nos olhos - Seus olhos são tão lindos, me lembram um pouco os de minha filha, mas não quero mais falar dela, me fale mais do seu irmão, cada vez que me fala dele, sinto mais vontade de conhece - lo, Júlia. Imagino que ele tenha olhos claros, igual ao pai de vocês, suponho.

__ o Pedro é um ser humano incrível, além de trabalhador, e muito honesto, ele sempre ajuda aos outros  - Júlia, então, sorri para ela __  E, sim você acertou, o meu irmão tem mesmo, os olhos claros, iguais ao do meu pai.

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  Era um dia daqueles, para Jussara, ela não parava de pensar em Romeu, sem saber o porquê. Quase como, se de alguma maneira, ele não tivesse morrido, não que ela ainda o amasse, e nem nada, já que, Jussara amava, e muito, ao Gigi, o seu marido. E amava tanto, que tinha medo, que ele a traísse, ou até mesmo, a trocasse, por outra pessoa.

  Sem saber muito bem o que fazer, vendo que ainda era cedo, Jussara decidiu ligar para a sua afilhada preferida, a Isa. Qus logo atendeu, a sua ligação.

- Oi, princesa - Sorri só de ter ouvido a voz dela - Como você está, minha pequena?

- Oi, madrinha Ju - Isa muito feliz __ madrinha, mas que alegria, receber sua ligação, eu estou bem, graças a Deus e você? E meu padrinho? A prima Tais?

- Ai, Isa, minha mais que adorada, afilhada do coração, estamos todos bem, pequena - Suspira, meio desanimada - Só estou com medo, de que o seu padrinho esteja me escondendo alguma coisa, querida...

Continua...

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