Entre contratos - tradução

Capítulo 7

Corvus observou Harry sobre sua xícara de café, o garoto de onze anos estava contente em olhar para seus dedos, flexionando-os, um olhar de admiração em seu rosto. Estava lá desde que ele acordou esta manhã, que eram apenas quarenta e cinco minutos, mas ainda assim, era um período de tempo estranho para ficar fascinado com os próprios dedos. Quanta dor Harry sentiu ao sentir a necessidade de flexionar os dedos e assistir com rápida cativação? A comida também não tinha sido tocada, o que o preocupava, também não tinha colocado muito no prato, e só o que lhe era permitido comer. Parecia um pouco egoísta para ele, não permitir que Harry comesse algo substancial, como um café da manhã gorduroso, como todos os adolescentes gostavam. Felizmente para todos os envolvidos, Millicent o havia avisado sobre a 'síndrome de realimentação' e as consequências de tais reações.

Corvus estava sobrecarregado só de ouvir sobre as consequências de permitir que Harry comesse refeições normais. Especialmente os mortais, coma, convulsões e insuficiência cardíaca. Em outras palavras, Harry poderia morrer porque ele estava recebendo nutrição adequada em seu sistema, Millicent voltaria todos os dias por uma semana para garantir que Harry não estivesse sofrendo de síndrome de realimentação.

"Senhor. Oleiro? Tente comer um pouco, você tem um dia ocupado pela frente," Corvus suavizou seu tom para o menino, ele se sentiu mal por tirá-lo de sua 'diversão', mas ele precisava comer. Ele ia ficar de olho nele, anotar tudo, desde o que ele come, até as reações que ele teve com as poções que ele consumiu. Dessa forma, Millicent teria um resumo completo de tudo, afinal era importante. Dessa forma, nada seria esquecido ou esquecido. Parecia que Millicent também estava certa, Harry desconsiderou completamente as necessidades de seu próprio corpo. Ele podia ouvir o ronco do estômago do garoto daqui, mas Harry parecia completamente alheio a isso.

Harry olhou para cima de seus dedos, "Por que você me chama de Sr. Potter?" até a escola usava o nome dele, ou melhor, os professores usavam o nome dele.

Corvus pareceu surpreso com a pergunta: "É impróprio em certos círculos usar seu primeiro nome sem permissão. É reservado apenas para amigos, bons conhecidos às vezes e família, é claro." Corvus explicou ao futuro adolescente. "Somente aqueles que eu permito me chamam de Corvus, mas mesmo assim, eles às vezes usam o título de Lord Lestrange se a situação exigir, principalmente em ambientes oficiais. Seus professores da escola sempre usarão esse termo, qualquer outra coisa é considerada amigável demais, com exceção de seu chefe de casa."

Harry franziu a testa, testa enrugada enquanto comia a comida com um olhar forçado no rosto.

"Você verá que muitos de seus colegas de classe o chamam de 'Potter', não por desrespeito, mas por causa da maneira como foram criados." Corvus continuou. "Outros não têm treinamento adequado e vão chamá-lo de Harry, é melhor evitar." Incapaz de ajudar seu preconceito inato.

"Então é melhor eu evitar," Harry apontou, olhos verdes brilhando de uma forma que Corvus não conseguia interpretar. "Não tenho treinamento adequado", era isso que todos pensariam dele? Que ele era indigno porque não conhecia os costumes do mundo bruxo? Era desanimador ouvir, mas ele não precisava de amigos, não precisava de ninguém... muito, ele só queria aprender tudo para que ninguém pudesse machucá-lo novamente.

"Quando você for para Hogwarts, Sr. Potter, você estará perfeito," Corvus prometeu, "Ninguém vai adivinhar que você não foi criado no mundo mágico." Ele garantiria isso, ele estaria ligado ao nome Lestrange pelos próximos quatro anos, e com isso se tornaram obrigações estritas e ele as cumpriria. "Coma o que puder," ele lembrou ao menino mais uma vez.

Harry suspirou resignado, "Por que eu vou ter um dia cheio?" pegando mais comida e comendo com relutância. Não era o fato de que ele não queria comer a comida na frente dele, não por causa do que era, mas sim ele já se sentia desconfortavelmente cheio. Infelizmente, tanto Corvus quanto o curandeiro disseram que ele tinha que comer certas quantidades e oito vezes por dia. Ele não estava ansioso por isso, ele não estava acostumado com as pessoas se importando se ele comia ou não.