Entre contratos - tradução

Capítulo 61

"Vá levá-los para beber, comer alguma coisa... ou dar um passeio, só me dê uma hora", disse Bill, reentrando na tenda, um pequeno frasco em sua mão. Engolindo em seco, ele já havia tomado a decisão de fazer isso, mas estava se questionando novamente.

Charlie estreitou o olhar no punho de seus irmãos, "Bill..." ele murmurou, já sabendo que não seria capaz de dissuadi-lo do que quer que ele tivesse planejado. Ele era tão obstinado e teimoso... ambos eram de fato.

"Por favor, apenas deixe-os aproveitar o que resta de suas férias," Bill suspirou, beliscando a ponta do nariz, "Isso se alguém acabar indo para casa." A barraca novinha que sua mãe comprou já tinha sido desmontada, ele tinha um comprador para ela. Todos cabiam na sua própria tenda, nunca houve necessidade de comprar uma nova.

"Você vai voltar atrás em sua promessa a Percy?" Charlie murmurou, não o culpando, na verdade. Eles seriam esfolados quando terminassem isso. Não fazia sentido Percy passar fome assim como os dois quando voltassem ao trabalho. Ele já havia escrito para seu chefe para explicar sua situação. Ele teve algumas semanas de folga para 'lutar' o pagamento integral também, graças a Merlin por isso.

"Espero que não," Bill disse severamente, ele não queria, Merlin, ele realmente não queria.

Charlie acenou com a cabeça, "Tudo bem", ele suspirou, tendo a sensação de que sabia exatamente o que seu irmão estava fazendo. Ele percebeu que iria colocar a culpa em seus próprios ombros e deixá-los fora disso. Charlie queria ficar ao lado dele, mas se com isso ele tivesse que tirar os gêmeos e Percy de vista, então ele o faria. "Vou trazer algo de volta para você e papai."

Charlie honestamente não tinha certeza se queria voltar... porque saber disso seria... horrível ou faria com que todos se sentissem profundamente envergonhados de si mesmos.

Sem esquecer a reação do pai se estivessem latindo para a árvore errada.

Ele teria todas as suas cabeças.

Pelo menos eles saberiam, depois de uma semana de pensamentos horríveis e sombrios.

Bill foi e sentou-se ao lado da cama de seu pai quando todos foram embora, ele dormiu horas, ninguém estranhou. Ele olhou para o frasco em sua mão, lutando consigo mesmo sobre o que fazer. Ele nunca tiraria as dúvidas da cabeça se não usasse o Veritaserum. Pelo menos assim eles saberiam a verdade, e ele não ficaria sobrecarregado com a dúvida de que seu pai estava apenas dizendo o que ele queria ouvir.

Ao lado da cama havia uma foto tirada para o Profeta Diário. Todos juntos, todos sorrindo alegremente para a câmera aproveitando as férias. Eles pareciam uma família normal perfeitamente feliz.

A última foto tirada de seu irmão mais novo, Ron nunca cresceria ou tiraria outra foto. Uma careta de dor pintou seu rosto, enquanto seus olhos se encheram de lágrimas que ele estava segurando por tanto tempo. Não, não, ele não podia se permitir desmoronar agora. Ainda não.

Ele tinha outra coisa para fazer, ele poderia quebrar esta noite quando fosse para a cama.

Pegando o copo, ele despejou o cubo de gelo cheio de água da jarra e respirou com dificuldade. Desarrolhando o frasco, ele permitiu que duas gotas caíssem no copo e mergulhassem na água. Era insípido, inodoro e incolor. Ele não saberia que tinha pegado até que começasse a deixar escapar a verdade.

Dando uma pequena sacudida, ele soltou o ar sem saber que o estava segurando. colocando o frasco no bolso, ele teve que pagar por isso, em um boticário respeitável para garantir que ele fizesse o negócio real. Não que ele se importasse muito, para sua paz de espírito... valeu cada centavo. De qualquer forma, não havia mais do que seis gotas dentro dele.