Manchado de Sangue - Contos Charlotte

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Boa leitura

Em meio a grandes explosões resultantes da batalha  de Taru e Medusa, parte da estrutura interior da mansão havia sido destruída, sendo assim levados a uma parte que claramente não pertencia a mansão de Sebastian. Um grande salão feito de mármore branco, onde grandes colunas gregas se estendiam por toda parte, sustentando o teto também cheio de ornamentos e pinturas antigas, feitas por artistas que os humanos idolatram nos dias atuais mas que não chegam a imaginar que esses artistas nem mesmo eram humanos.

-Um campo de batalha mais apropriado, não acha Taru? -Comentou Medusa, exibindo seu luxuoso salão.

-Apenas memórias de uma civilização que vocês destruíram.

-Ainda assim mantínhamos suas culturas e preservávamos suas artes. Desejávamos que o mundo fosse um só em harmonia. Um grande império homogêneo.

-Não vai conseguir me manipular com as mesmas palavra que usou neste Coven. Já passei dessa fase, sou agora um senhor de idade, muito mais vivido do que antes. -Respondeu Taru. -Vocês queriam controlar o mundo, escravizar todos aqueles que fossem contra seu domínio, isso quando não matavam milhões indiscriminadamente, levando raças e civilizações inteiras a extinção.

-E você diz que deu liberdade a eles. Eu digo que você lhes deu morte. Você não é diferente de mim, de nós. Separou o mundo em raças e escolheu uma delas como dominante. privilegiando os humanos que nunca contribuíram com nada no mundo, que apenas sabem consumir e destruir. Forçando todas as outras a viverem na sarjeta, se escondendo, se tornando monstros em histórias infantis.

-A criação da Ordem, representou o fim das guerras mágicas!

-Sempre ouve guerras. Mesmo que não estivéssemos mais no controle, os humanos ainda se mostraram piores do que nós, mais gananciosos e cruéis. Primeira guerra mundial, segunda, holocausto, genocídio. Você apenas assistiu a tudo isso anonimamente, sabendo que mesmo que indiretamente os filhos da magia também eram afetados pelos conflitos humanos. Morte por envenenamento é muito pior do que por decapitação.

-Sempre haverá guerra, sempre haverão conflitos. Você prega que os seres sobrenaturais são superiores aos humanos, mas eu não acho isso, tanto humanos quanto as outras raças são iguais, possuem os mesmos direitos nesse mundo. Assim como a mesma maldade, egoísmo e ganância; destroem o mundo da mesma forma.

-E aonde isso nos levará Taru? -Indagou Medusa com prepotência. -A extinção de toda a magia do mundo? Assim como dos seres que dependem dela. Acha que não percebi que seus poderes estão minguando? Está mais fraco, assim como todos os seres sobrenaturais também estão; todos doentes, com deficiência mágica. Quanto tempo isso vai levar? Aposto que não mais que algumas décadas. Até fim deste século, a magia ira desaparecer do mundo. E enfim tudo será como você tanto idealizou, apenas humanos. Que irônico, afinal você nem é um. É um traidor.

-Não vou deixar isso acontecer.

-E como pretende fazer isso?

-Acabar com você de uma vez por todas. PRIMUN JUDICIUM! Primeiro Julgamento. -Disse Taru girando seu cajado e assim formando um grande circulo mágico alaranjado, maior do que seu próprio corpo, emitindo uma forte luz e calor.

-Quero só ver. -Respondeu Medusa conjurando também um grande circulo mágico em tons de verde metalizado, onde em seu centro trazia o símbolo de uma serpente com a boca aberta, exibindo seus perigosos dentes. -SERPENS EXSECRATIO! Execução da Serpente. 

Um poderoso raio de energia solar, iluminou o salão quando foi lançado pelo circulo mágico de Taru, sendo que do outro lado o mesmo ocorria com Medusa, lançando um forte e poderoso raio de energia venenosa de seu circulo mágico, localizado sobre sua boca aberta e de dentes amostra, como se aquele imenso poder fosse resultado de seu próprio veneno. Os dois feitiços colidiram no centro do salão, formando um grande choque de impacto que se recusava a se dispersar. Em meio a forte ventania mesmo em um local fechado e dos fortes raios menores que saiam do circulo de energia massiva formado no centro da colisão dos feitiços. Taru e Medusa continuavam em uma disputa de força, ao mesmo tempo que controlavam a força que lançavam em seus feitiços, para que assim não destruíssem todo o castelo fundido com a mansão de Sebastian, que naquele momento corria para longe do conflito principal, perdido em meio ao labirinto de corredores formado pela mescla das duas construções. 

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora