A Capital Sangrenta- Contos Vladimir

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Boa leitura

-Por favor. Me tornem um vampiro! -Implorou Vladimir ajoelhado e com a testa encostada no chão, perante aos lordes vampiros responsáveis pela cidade da luz vermelha.

-Como ousa desejar algo assim! -Respondeu Gracrov visivelmente irritado. -Acha que um mero camponês, um aldeão, um saco de sangue falante pode se igualar a nós?

-Por favor...eu me ofereço como oferenda a colheita. -Vladimir continuava implorando.

-Ora seu insolente. -Gracrov estava prestes a atacar Vladimir, quando sua mão foi segurada pelo outro vampiro com com semblante de tédio no rosto, que sempre acompanhava Gracrov. Enquanto Gracrov era a força e o poder bruto, Melior era o estrategista, a mente pensante por trás dos atos da dupla.

-O que pensa que esta fazendo Melior? -Disse Gracrov irritado por ter sido impedido de desfigurar Vladimir com apenas um golpe. -Deseja que minha ira recaia sobre você também?

-Longe de mim. Apenas acho que esta decisão deveria vir do mestre Drácula. -Respondeu Melior. -Me lembro deste homem, ele nasceu e cresceu sobe a luz vermelha, pode nos ser útil.

-Que seja então. -Gracrov puxou seu braço saindo andando a passos duros por ter sido contrariado, exatamente como uma criança mimada, enquanto Vladimir era analisado com cuidado pelos olhos vermelhos claros de Melior.

Como o planejado, Vladimir foi aceito como tributo a colheita, deixando sua esposa a beira da morte sobe os cuidados de seu cunhado. Enquanto caminhava lentamente ao lado de outras dezenas de pessoas, homens, mulheres e crianças, todos banhados pela luz vermelha carmesim que vinha da noite eterna, Vladimir se lembrava dos últimos momentos que passou com sua esposa, ela estava desacordada e muito quente pela febre, assim ele apenas beijou sua testa com cuidado e prometeu que quando voltasse cuidaria de Filipa e ela poderia abrir os olhos novamente, livre de qualquer dor.

Com olhar cuidadoso Vladimir observava todos ao redor. A sua frente os vampiros andavam a cavalo, guiando a passeata de zumbis, pois naquele estado suas almas pareciam que já haviam deixado deu corpos, restando apenas uma casca vazia que agora reluzia com a luz vermelha que os banhava. Todos possuía o mesmo olhar de luxuria, o mesmo semblante de prazer enquanto caminhavam para seu fim.

Mesmo que possuíssem uma grande velocidade os vampiros ainda guiavam a caminhada até várias carroças puxadas por coisas que um dia podiam ter sido cavalos mas que agora apenas traziam pequenas semelhanças com os animais. Pois possuíam chifres retorcidos e sua crina queimava em labaredas verde neon, com grandes mandíbulas que lembravam a de aranhas, assim como oito pequenos olhos. Naquele tempo monstros assim eram comuns e muito temidos, criaturas da noite resultantes de mutações mágicas e invocações, que apenas podiam ser controlados por outros seres sobrenaturais e criaturas da noite com intelecto e poder superiores.

De dentro da carroça que cheirava a excrementos humanos misturados a de animais, Vladimir tentava de alguma forma se comunicar com os outros que estavam na mesma situação que ele, porém sobre o controle mental dos vampiros. Tentando de alguma forma quebrar aquela magia capaz de roubar o livre arbítrio de alguém. No entanto o que recebia como resposta era apenas gemidos e respiração ofegante, como se estivessem em uma grande sessão de prazer, podia ter certeza disso por conta de como o corpo daquelas pessoas regia. As mulheres que estavam vestidas apenas com finos tecidos, possuíam seus mamilos visivelmente endurecidos, enquanto outras também possuíam sua lubrificação natural a mostra, fazendo parecer que haviam urinado, como havia sido o primeiro palpite de Vladimir. Já o mesmo também chegava a ocorrer com os homens, possuindo seus membros rígidos e pulsantes além de um forte cheio de sêmen.

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora