Não Olhem Para a Luz - Contos Taru

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Não se esqueçam de votar na estrelinha. Tô vendo vocês não votarem hein.

Boa leitura.

Taru corria pelos corredores do castelo enquanto se divertia indo atrás de um demônio menor que estava sendo usado como cobaia de seus feitiços, mas que por sua vez acabou escapando pelo castelo.

O demônio tinha uma aparência semelhante a de um rato mas era muito maior, do tamanho de um cachorro, possuindo grandes dentes pontudos e espinhos por todo o seu corpo, principalmente em seu rabo, ao qual conseguia disparar como modo de defesa, tornando-se projéteis venenosos.

Nem mesmo usando magia de levitação e voando, Taru conseguia alcançar o demônio, mas aquilo sem dúvidas estava sendo divertido para ele, isso ficava claro simplesmente por suas gargalhadas.

-Lá vem aquele moleque de novo. -Disse um feiticeiro calvo para outros colegas, ao perceber o grande barulho causado pela queda de móveis e destruição de objetos pelo caminho, escutando em seguida a risada de Taru de longe.

No entanto ele ainda não havia percebido o demônio, que agora corria pelo teto do corredor de cabeça para baixo, atacando todos aqueles que via.

-Droga! De novo não. -Disse o feiticeiro ao perceber o espinho em seu pescoço, onde rapidamente sua consciência se esvaiu e ele caiu no chão.

Logo os outros feiticeiros e membros que frequentavam o castelo do rei feiticeiro, simplesmente saíram do caminho de Taru o mais rápido possível, se teleportando ou abrindo portais, pois sabiam muito bem o quão descontrolado era o garoto prodígio, aprendiz de Escarmom; não seria a primeira vez que alguns afortunados seriam feridos ou afetados pelas magias travessas de Taru, criando chifres ou um rabo; até transformados em animais. Ainda assim não podiam fazer nada pois o garoto era protegido dos Três Grandes Bruxos, sendo incentivado a fazer tudo o que queria, colocando sua criatividade e poder em jogo, pois a magia é movida pela criatividade e quem tem mais criatividade do que uma criança; era isso que tornava Taru tão poderoso?, Sua idade? Eles se perguntavam.

Até os quinze anos, alguns meses antes de chegar aos dezesseis anos e realizar o ritual do Despertar, Taru tinha tudo o que queria, assim como faria tudo o que desejasse fazer, se tornando um garoto mimado que não se importava com muita coisa além de si mesmo e da magia, bem longe do que fora um dia quando ainda era escravo e vivia entre os humanos, acreditando ser um. O tornando alvo da inveja e ira da maioria dos feiticeiros do reino, que se auto denominavam os mais poderosos e influentes, merecedores de toda a atenção do rei feiticeiro Escarmom e de suas rainhas, atenção essa que era direcionada apenas para Taru, enquanto eles que faziam o trabalho pesado de comandar o império feiticeiro e todas as terras que possuíam, com o mundo inteiro sob seu comando, liderando exércitos em todas as civilizações do mundo, não lhe eram dado o reconhecimento que desejavam.

Portanto consumidos pela inveja e o ciúmes, muitos Feiticeiros tentaram matar Taru, o amaldiçoar de enumeras formas ou o tornar incapaz de continuar. Mas logo percebiam o motivo de Taru ser tão adorado pelos Três Grandes Bruxos, e o abismo de diferença que os separava.

Por mais que fossem grandes generais, soberanos de seus próprios reinos, representantes do rei feiticeiro que não podia estar fisicamente em todos os lugares ao mesmo tempo, não eram capazes de enfrentar um mera criança mestiça.

Taru via os ataques dos outros feiticeiros como um jogo, um teste passado diretamente pelo rei feiticeiro que buscava torná-lo mais forte, como se tudo fizesse parte de um treinamento e não que realmente estivesse correndo perigo de vida. Sendo assim facilmente Taru quebrava as maldições jogadas contra ele, as reescrevendo e as devolvendo para seus conjuradores, além de domesticar demônios ou golens invocados para ataca-lo. Até mesmo se defendendo facilmente de ataques físicos, com feitiços de ataque que alguns feiticeiros enfurecidos conjuravam quando ele dava as costas, numa tentativa covarde de tentar pegá-lo desprevenido.

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora