Tentação Proibida - Contos Charlotte e Serafim

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Boa leitura

Não se esqueçam de votar na estrelinha⭐ e cuidado com a tentação proibida.

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Uma grande excursão escolar havia sido organizada pela escola, onde levariam as três turmas do segundo ano para uma grande exposição de astronomia, com várias palestras, experimentos científicos e apresentações. Fechando a noite com uma chuva de meteoros vista a olho nu por todos, além de terem o auxílio de alguns telescópios individuais. Sendo necessário é claro a autorização dos pais e responsáveis, algo que por mais um que estivesse muito animada para participar, Serafim tinha certeza que seu pai não daria sua permissão, nem mesmo usando a desculpa de estar aprendendo as fraquezas do inimigo, pois sabia que isso não era algo do seu feitio.

"-Não custa tentar mamãe." -Arina tentou incentivar.

-Você não conhece meu pai como eu Arina. É como se ele pudesse enxergar a minha alma só de olhar nos meus olhos, e entao veria o quanto quero isso e não permitiria.

No entanto Serafim estava enganada quanto a isso, ficando surpresa quando seu pai pediu pelo formulário de autorização para que pudesse dar a sua permissão.

-Humanos são mesmo muito contraditórios. Criticam nossos covens mas fazem praticamente o mesmo, como se só fosse permitido aquilo que os favorece. Ainda assim Taru decidiu adota-los como animais de estimação. -Comentou Adones com a voz amarga, devolvendo o formulário para sua filha sem nem mesmo olhar em seus olhos, como se Serafim não fosse digna de sua atenção.

Ficou surpresa com a permissão de seu pai e como ele sabia da viagem, imaginou que tal ação improvável so poderia ter o dedo de seu irmão mais velho.

-Bem, digamos que dei uma forcinha. -Comentou Sebastian. -Disse a ele que quanto mais tempo passar com os humanos mais evidente vai ficar para você o quanto mesquinhos, egoístas e traiçoeiros eles são. Além é claro que eu percebi o quanto queria isso.

-Ahw Sebas muito obrigada. -Serafim agradeceu com um forte abraço.

-Ta bom, tá bom. -Respondeu Sebastian enquanto constrangido afastava a irmã. -Sabe que pode contar comigo.

Mas será que podia? Sebastian não disse toda a verdade para sua irmã, em que seu pai o levaria enfim para conhecer a deusa de seu covem, Medusa. Caso contrário Serafim seria levada junto e com certeza Medusa veria aquilo que seu pai estava cego para poder enxergar, o incrível poder mágico que Serafim escondia debaixo de seus sentimentos de inferioridade. Desta forma a atenção da lendária Bruxa, seria apenas dele.

Adones abriu um portal quebrando o tecido dimensional da realidade como se fosse vidro, onde Medusa escondia seu castelo entre dimensões. Sebastian cauteloso ao lado de seu guardião Cérbero, aguardava a chegada da anfitriã diante dos olhos amarelados do guaidão Raguinor, que parecia analizar cada fragmento de sua existência.

Não demorou muito para que Medusa chegasse, deixando Sebastian deslumbrado com sua presença, completamente encantado, quase que apaixonado. Ela usava um longo vestido branco esvoaçante da mesma cor de seus longos cabelos ondulados perfeitamente, sendo quase da mesma cor de sua pele albina branca como papel que faziam seus olhos de um amarelo ouro se destacarem emoldurados pelos longos cílios brancos.

A cada passo que seus pés descalços davam, descendo a grande escaria do mais puro mármore branco existente, seu vestido de tecido fino e quase transparente balançava de forma sobrenatural, se deixando levar pelo vento inexistente. Medusa fazia júz a tudo o que seu pai e os outros membros do covem diziam, era realmente uma Deusa na terra, sendo que teve ainda mais certeza disso quando seus olhos caíram sob os seus, e as longas unhas e dedos  frios deslizaram por seu rosto. Nem mesmo tinha percebido a aproximação dela, mesmo tendo certeza que não havia piscado nenhuma vez desde que entrará no salão de mármore branco intensamente iluminado, seus olhos ardentes podiam confirmar isso.

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora