O Leviathan Da Inveja - Contos Escarmom

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Boa leitura 📚

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Boa leitura 📚

Depois que Adão e Eva comeram do fruto proibido do conhecimento de Deus, sendo expulsos do paraíso e perdendo a graça de seu criador. Depois que o mesmo ocorreu com os anjos, sendo expulsos do céu por terem se relacionado com humanos e assim gerado bestas terríveis que causaram desgosto e vergonha ao criador, sentimentos e emoções corruptas e obscuras cresceram nos corações humanos, não apenas deles mas de todos os novos seres que agora povoavam este mundo; seres dotados de conhecimentos e habilidades que deveriam pertencer apenas a seres divinos. Geravam uma grande quantidade de energia negativa e viscosa.

Em meio a essa negatividade, novos sentimentos e desejos dominavam os corações dos seres esse mundo, entre eles um sentimento terrível que jamais fora imaginado por Deus, tão corrosivo e destrutivo que viria a ser considerado pelos religiosos como um dos grandes sete pecados capitais.

Conforme essa massa negra e viscosa se unia vindo de todo o mundo, vazando dos corações dos mortais e se acumulando nas profundezas dos oceanos, algo que jamais esteve nos planos de Deus começava a criar vida e consciência.

O líquido negro e viscoso que mesmo abaixo dos oceanos, na zona abissal mais profunda da criação, ela não se misturava com a água, apenas continuava a se acumular e a se distorcer como uma pasta gosmenta.

"O que eu sou?" "Aonde eu estou?" "Porque eu existo?" "Por favor me deixem sair daqui."

A criatura clamava a quem quer que fosse para que a ajudasse, mas no lugar aonde estava aqueles que podiam ouvi-la não queriam ajudá-la.

Uma bola de luz celestial ardendo em chamas brilhou no fundo da zona abissal do oceano, respondendo as perguntas do aglomerado de inveja.

"Você não existe!" "Essa é a única coisa que precisa saber." "Sua criação não foi planejada ou desejada." "O fruto de erro um profano." "Permaneça aonde está até o fim dos tempos e assim talvez o mal que gerou possa ser repelido." "Blasfêmia"

A bola de fogo celestial desapareceu da mesma forma com qual surgiu deixando a coisa que já poderia ser considerada um ser, cheia de dúvidas que não conseguia entender.

"Se eu não existo, então porque sou capaz de pensar?" "Qual erro eu cometi?" "Que mal eu gerei que daqui não devo sair?"

Ali escondida nas profundezas a inveja permaneceu na escuridão, assim os seres superiores pensaram que ela estaria sobre controle, mas estavam errados, o tempo apenas girava ao seu favor. Pois o líquido negro invisível e intocável que escorria de diversos corações continuavam a fluir e a se encontrarem no mesmo ponto, tornando a criatura maior e mais poderosa. Conforme peixes e outros animais marinhos se aproximavam do aglomerado de energia obscura, ela se moldava usando esses animais como referência, se tornando um monstro marinho ameaçador.

Escamas negras e grossas cobriam todo seu corpo, formando uma armadura natural para um interior vazio e sem órgãos. Pequenos olhos amarelos brilhavam nas laterais de sua cabeça escamada. Uma grande boca se abria revelando fileiras de dentes pontudos mais afiados do que espadas feitas com ferro estelar pelos elfos das montanhas.

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora