Romeu e Julieta - Contos Charlotte e Serafim

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Votem na estrelinha e terão sorte no amor 💓⭐. Sim isso é um feitiço.

Boa leitura

Vez ou outra costumo inspirar escritores para que escrevam histórias reais do passado, para que sirvam de aviso, um alerta aos mortais do quanto o amor pode ser perigoso e portanto deve ser visto com cautela. Como a história trágica de Romeu e Julieta que a tantos já levou as lágrimas, possui  uma certa tendência se repetir, afinal para os mortais aquilo é que considerado proibido parece ter um gosto diferente, que vale a pena o risco. O amor outra vez mostrando sua face mais perigosa e egoísta, onde um não conseguiria viver acreditando que o outro estaria morto e assim retirando a própria vida de maneira impulsiva. Afinal alguns se reencarnam nesta terra apenas para que possam se encontrar com seus amados outra vez, não tendo outro sentido em suas vidas além disso.

E assim como o conflito entre os Capuleto e os Montecchio, o mesmo ocorria entre os feiticeiros e caçadores. Um relacionamento entre membros de ambos os clãs era visto como um absurdo, uma abominação, algo com certeza proibido. Com o tempo e o aumento da influência da Ordem que via todos os seres como iguais, humanos e filhos da magia  passaram a conviver juntos cada vez mais em harmonia, tais tabus foram se desfazendo naturalmente conforme o amor florecia. Pois mesmo que seja um sentimento perigoso, sem dúvidas é também muito poderoso, sendo o único com força suficiente para quebrar as barreiras que os próprios mortais criam entre sí. Ainda assim entre os mais tradicionais, essa união ainda era vista com maus olhos, pois ainda se consideravam inimigos mortais, por conta de uma semente de discórdia plantava a muito tempo por três Bruxos lendários.

Sendo que no conto que veremos existiria outra barreira além dos conflitos entre raças, algo tão superficial e fútil como o gênero. Da mesma forma que o romance entre os Capuleto e os Montecchio, Feiticeiros e Caçadores, o romance entre duas meninas também era proibido.

......

-Desculpe pai, mas ainda não entendi porque nos matriculou em uma escola para humanos. -Disse Sebastian diante da decisão de seu pai. -Não aprenderemos nada de útil e perderemos tempo preciso em nosso treinamento mágico.

"-Talvez seja mais um teste. " -Disse Cérbero para seu mestre."

-Para viver em uma sociedade humana vocês precisam ser como humanos. Por isso passaram um tempo convivendo com eles, aprendendo seus costumes, trejeitos e forma de pensar. -Continuou Adones. -Um bom estrategista de guerra sempre busca conhecer a mente de seu inimigo para obter vantagens que possa derrotá-lo em batalha. Interpretem isso como um treinamento de espionagem e atuação, pois fingir ser alguém que não é também faz parte da vitória.

-Por quanto tempo? -Perguntou Sebastian antes que Serafim pudesse abrir a boca e fazer a mesma pergunta.

-Um ano será suficiente. -Continuou Adones. -Um ciclo escolar inteiro dos humanos da idade de vocês.

Serafim achou a ideia incrível, sempre quisera ir para a escola e conviver entre os humanos que achava tão interessantes, mas continha toda sua animação para que seu pai não percebesse. Seu irmão Sebastian por outro lado parecia estar com uma pedra no sapato, não fazia questão de esconder seu desconforto em ter que passar tanto tempo convivendo com seres que considerava inferiores a ele. Porém aceitou os argumentos de seu pai, acreditando que no fim tal experiência seria muito útil.

-Como desejar meu pai. -Disse Sebastian.

Usando documentos falsos foi fácil para Adones matricular seus filhos na escola humana, na mesma que no futuro nossos personagens principais Neron e Jonathan frequentariam. Em apenas um cenário muitos enredos são criados e histórias escritas,tecendo  tapeçaria do destino ao entrelaçar os fios de muitos mortais.

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora