As Sombras Que Trazem Luz - Contos Karasu

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-Mantenha a energia sobe controle Karasu, como se ela fosse uma extensão de seu corpo

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-Mantenha a energia sobe controle Karasu, como se ela fosse uma extensão de seu corpo. Moldê-a como se controlasse um braço ou perna. Isso é magia, uma extensão do feiticeiro, sua própria energia de vida movida pela imaginação e força de vontade. -Ordenava o monge.

-Sim mestre. -Respondeu Karasu, controlando e moldando uma esfera de energia negra, uma sombra sólida que Karasu transformava em lâminas negras, depois moldando-as outra vez e as transformando em vários corvos. Usando para isso todos os músculos de seu corpo, seguindo fielmente o que lhe era passado.

Karasu e seu mestre mantinham treinamentos diários de controle de magia. No início o monge temia a natureza mágica de Karasu, magia negra mas logo percebeu que tal sentimento não fazia sentido, por mais que houvesse sombras em Karasu, sua luz era maior, o que o monge sempre considerava uma grande ironia, as sombras que traziam a luz. Desta forma se rendeu as insistências de Karasu para que lhe ensinasse magia, confiando no coração bom e generoso que possuía.

Karasu ainda se lembrava de tudo o que tinha acontecido, de toda a dor e memórias terríveis, mas se prendia as boas, seguindo sempre os ensinamentos de seu mestre para que fortalecesse sua mente em primeiro lugar, sempre acreditando o quão sua mãe estaria orgulhosa dele. As vezes até mesmo sentia a presença dela o que realmente era verdade, Naomi ainda protegia seu filho, permanecendo sempre ao seu lado e iluminando e aliviando seu coração de todo o sofrimento, para que Karasu não se afundasse na escuridão de seu pai. A luz que acompanhava as sombras de Karasu.

No entanto no fundo do coração de Karasu, escondido em sua parte mais funda e obscura. O desejo de vingança permanecia adormecido, esperando apenas o momento que fosse necessário, em que Karasu enfim cumpriria com seu destino. Destino esse que ele mesmo tornaria real através de seu livre arbítrio.

-Já é o suficiente por hoje Karasu. Você está cada vez mais habilidoso, mas não esperava menos de você tendo um mestre tão bom como eu.

-Na verdade mestre eu é que sou muito bom mesmo.

-Você não tem jeito não é seu fedelho? -Disse o monge dando um chute na canela de Karasu.

-Ai! Bem acho que tive um bom mestre.

-Talvez eu devesse ter ensinado a você mais educação. Deixarei isso para depois, preciso ir a cidade, fui chamado para curar uma menininha doente. Eu não costumo ir até às pessoas mas como ela não pode subir até aqui eu me darei o trabalho de ir, sendo que também preciso comprar algumas coisas e reabastecer nossa dispersa. Já fez a lista de compras que pedi?

O monge dizia aquilo apenas para amenizar sua boa ação, pois gostava de passar o ar de ranzinza e poucos amigos. No passado talvez ele não se importaria tanto com a vida de uma criança, acreditando que esse era seu destino e que não deveria intervir, mas havia aprendido muito com seu aprendiz tanto quanto ele lhe ensinava.

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora