A Dama de Vermelho - Contos Arina

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Boa leitura

Agosto de 1888

Mesmo que Arina já tivesse perdido muitas pessoas que amava, é impossível para os mortais se acostumarem com isso e claramente aqueles que se acostumam precisam rever seus conceitos

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Mesmo que Arina já tivesse perdido muitas pessoas que amava, é impossível para os mortais se acostumarem com isso e claramente aqueles que se acostumam precisam rever seus conceitos.

Com a morte prematura de Polegarzinha, Arina se afundou outra vez em um estado de choque, incapaz de aceitar ou compreender os motivos por trás da morte de alguém que mal havia chegado a vida. Todos as flores e as outras plantas que se espalhavam por seu esconderijo estavam murchas e sem vida, a própria Arina se encontrava nessa situação.

Nem mesmo se dava ao trabalho de roubar comida, algo que antes achava divertido, principalmente quando tinha que sair correndo enquanto era perseguida aos gritos por padeiros e donos de mercearias. Também não passava mas os dias pedindo esmolas, não estava com tanto fome assim e se sentisse sempre teria suas frutas. Ela estava exatamente da mesma forma que havia ficado quando o incêndio no orfanato ocorreu, porém dessa vez não ficaria semanas neste mesmo estado. Uma manchinha negra crescia em seu coração, espalhando ódio e outros sentimentos ruins em seu peito.

Enganados estão aqueles que pensam que crianças são seres completamente puros, sem qualquer malícia ou emoção negativa, a verdade é que elas simplesmente não conhecem ou entendem esses sentimentos muito bem. Porém quando os sentem pela primeira vez chegam a ser mais fortes e corrosivos do que as mesmas emoções em adultos, pois crianças são inconstantes e não se prendem a algo como ética, principalmente aquelas que não possuíam nenhum tipo de guia ou tutor para que isso fosse lhe ensinado, como as diferenças entre bem e mal, certo e errado. Conceitos necessários aos mortais para que haja ordem e uma sociedade harmônica; mesmo que apenas por ilusão. Neste livro já conhecemos a força que uma criança sem essas amarras sociais é capaz de fazer, ainda mais quando possui um poder oculto implorando para que seja usado.

-A culpa não é minha, não é mesmo? Eu fui uma boa menina, tentei ajudar. -Dizia Arina para si mesma com a cabeça enterrada entre os joelhos, sentada no fundo escuro do quarto. -A culpa é dela! Daquela mulher que jogou Polegarzinha no lixo, ela a machucou. Não apenas ela, a outra mulher também. Todas são mulheres más que machucam criancinhas. O que eu preciso fazer?

Por mais que Arina quisesse de alguma forma castigar a mulher, se vingar dela pelo o que havia feito com o recém nascido, ela não sabia o que ou como deveria fazer pois não possuía um desejo de sangue, na verdade isso a assustava como quando testemunhava vários atos de violência enquanto morava na rua em meio aos sacos de lixo; não era capaz de fazer o mesmo. Entretanto a raiva que ela sentia da mulher que jogou no lixo um bebê indefeso apenas crescia, fazendo com que a manchinha negra em seu peito apenas crescesse. Todos os mortais possuem essa mancha em si, a diferença é se decidem ou não alimentá-la, algo que Arina estava fazendo.

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora