O Homem Dragão - Contos Escarmom

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Boa Leitura

Como se fosse um verdadeiro bom samaritano, um rei acolhedor, generoso e bondoso, Escarmom aceitou em seu reino os refugiados dos outros reinos que ele mesmo havia destruído; ao menos os poucos que haviam sobrevivido

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Como se fosse um verdadeiro bom samaritano, um rei acolhedor, generoso e bondoso, Escarmom aceitou em seu reino os refugiados dos outros reinos que ele mesmo havia destruído; ao menos os poucos que haviam sobrevivido.

Usando uma bela coroa de ouro encrustrada de joias, roupas pesadas de gala em tons escuros, dignos de um verdadeiro rei, além da grande capa vermelho carmim com bordas em pelos brancos de animais, Escarmom caminhava majestosamente na avenida principal de seu reino; possuindo uma arquitetura polida muito além de seu tempo.

Conforme ele caminhava todos os cidadãos permaneciam ajoelhados com a cabeça baixa, era algo obrigatório que todos participassem da adoração ao rei em suas caminhadas, para que lhe agradecessem por todas as dádivas dadas, como se fosse um verdadeiro Deus. Graças a ele possuíam casas em segurança, comida e bebida abundantes, além de uma boa saúde.

Ainda assim haviam aqueles que haviam resistido as lavagens cerebrais realizadas pelo medo a pela força. Se lembravam que o rei feiticeiro tinha sido o responsável por todo o sofrimento do qual haviam passado. Tinham perdido seus reinos, suas casas, suas famílias, se lembravam do tenebroso Dragão negro como uma noite sem estrelas, varrendo o que restava das cidades capitais com seus raios de energia obscura, incinerando tudo o que sua escuridão alcançava.

Um jovem de quinze anos corajoso e tolo, fora o único sobrevivente de sua família, atingida por destroços causados pelos ataques de Escarmom sobre uma batalha que já era vencida, pois as próprias guerras civis por controle e soberania já terem destruído a msior parte. Aínda assim, decidido a não deixar pedra sobre pedra, Escarmom e seu dragão atacavam o que restava.

Movido por essas lembranças dolorosas, o jovem com roupas maltrapilhos e queimaduras em sua pele, pegou uma pedra afiada do chão e a jogou com toda a força que tinha contra o rei feiticeiro. No entanto antes que a pedra pudesse atingi-lo ela foi desintegrada, transformada em poeira ao atravessar a barreira que o feiticeiro havia colocado ao redor de si para se prevenir de possíveis ataques. Pois por mais que todos permanecessem de joelhos e com as cabeças abaixadas quando o rei passava, ele podia sentir todo o ódio e inveja que possuíam escorrendo de seus corações.

-Corda Comminuit!

Escarmom invocou um feitiço sombrio e impiedoso conhecido como esmaga corações, criando uma réplica obscura de um coração plulsante em sua mão esquerda, ao qual ele o esmagou com apenas um movimento. Na mesma hora o mesmo ocorreu com o coração do jovem rapaz, sendo esmagado ainda dentro de seu peito. Sangue espirrou de sua boca e seus olhos viraram para trás, caindo morto no chão enquanto todos ao redor abriam espaço, incapazes de esconderem o pavor em seus rostos.

-Como são ingratos. Eu dei tudo a vocês, acolhi aqueles que a mim recorreram e ainda existem uns e outros que desejam me atacar de forma imprudente. Não destruí tantas reinos apenas por prazer, fiz isso porque fui atacado e assim me defendi, conspiraram contra mim, me invejaram. Ainda assim quis oferecer do melhor a todos vocês. Porque não é o suficiente?

Contos - O Corvo e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora