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Filipe•


Abro os olhos sentindo a claridade toda no meu rosto me incomodar. respiro fundo quando flashs da noite de ontem rola pela minha mente, levanto a cabeça olhando para o lado encontrando o restante da cama vazia. Coço a cabeça sem entender porra nenhuma, sento na cama vendo a porta do banheiro aberta e nem um sinal da Manuella.

Caralho, ela meteu mesmo o pé, sem deixar nem um rastro.

Inspiro forte buscando disposição pra levantar e cair de uma vez embaixo do chuveiro pra despertar e começar o dia.

Coloco o relógio no pulso quando escuto o toque do celular do lado do computador, passo a toalha no cabelo me levantando. Vejo o nome da minha mãe no visor e já sei que é o Théo. Atendo a chamada de vídeo enquanto procuro a carteira.

— Papai — Sorrio colocando a cara na frente da câmera.

— Fala filho. — Ele sorrir colocando a mão no rosto. — Tá com a vovó, né?

— Cadê você? — A coroa aparece pegando o celular do Théo que já tava focado no desenho dele me deixando de lado.

— Marca dez ae mãe, tô chegando já pô. — Jogo a camisa no ombro, pego as chaves do carro e saio do apartamento já chamando o elevador.

— A Ana ficou de passar aqui, tá? Vou logo avisar porque não quero ver ninguém com cara feia perto de mim. — A porta do elevador abriu, entrei apertando o botão da garagem.

— Por mim tá tranquilo, quem tá fazendo ceninha ultimamente é ela. Só quero ver o Théo sem estresse, tô sem tempo pra ficar batendo cabeça.

— Vem logo que seu irmão acabou de chegar. — Acenei encerrando a ligação chegando na garagem destravando o carro. Vestir a camisa entrando na nave dando o ré pegando o rumo pelas ruas do errejota que tá o fervo com esse calor do caralho.

Parei no sinal tirando um baseado do bolso acendendo pra já relaxar a neurose de todo dia.

Batendo no volante sentindo a fumaça do verdinho exalar viajei na onda da noite passada.

Aonde será que a morena se meteu?

Toco na campainha e segundos depois a porta se abre.

— Finalmente né. — Entro puxando dona Vanda pra um abraço apertado.

Essa correria foda da vida tem me privado de estar tempo o suficiente com eles, isso que fode tudo.

— Tá tranquila? — Beijo sua testa vendo um sorriso surgir no seu rosto.

—Eu tô e você? Tá comendo direito? — Sorrio me afastando ouvindo a porta sendo fechada, chego na sala vendo o Théo que assim que percebe minha presença mete o pé correndo na minha direção me fazendo se abaixar pra pegar ele no colo.

— Que saudades, cara. — Aperto ele bagunçando seu cabelo. — Tá bem, filho?

— Olha, papai. — Levanta os carrinhos me mostrando. — Toma.

Estico a cabeça vendo a Ana mais afastada mexendo no celular, sento no sofá colocando ele no colo pegando um carrinho na mão.

Levanto a cabeça sentindo o olhar dela na minha direção ainda em silêncio.

— Tá bem? — Corto o contato visual tirando o celular e a chave do carro do bolso jogando na mesinha do lado.

— Tô ótima, Filipe; — Confirmo com a cabeça. — Pelo visto você também.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora