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Depois que entramos em casa mandei mensagem pro meu irmão pedindo pra ele chegar bem depois com a desculpa que houve uma intercorrência no hospital, em seguida fui direto para o banho como sempre faço quando chego do trabalho, na intenção de tirar aquela sensação de estar sempre suja, exposta as bactérias que percorrem por lá.

Saio do box com o cabelo molhado, enrolada na toalha aproveito pra passar um hidratante no corpo antes de sair de fato do banheiro. Abro a porta do mesmo percebendo que o Filipe está falando com alguém no celular sentado de costas pra mim na beirada da cama, sem camisa vestindo apenas uma bermuda preta.

Aproveito a deixa de não ter sido notada e crio coragem de ir até uma das minhas malas largadas no canto, se já não tinha espaço direito só pra ele quando morava só aqui, imagine pra nós dois.

De fato, eu preciso achar um lugar que seja meu.

Tentei ao máximo não fazer barulho algum, o que não adiantou de muita coisa quando percebi seu olhar voltado a mim, em completo silêncio, com apenas uma das suas sobrancelhas arqueadas e aquele ar de riso no canto da boca.

— Você é péssima tentando fazer algo escondido. — Debocha me fazendo revirar os olhos.

Me dou por vencida pegando um conjunto de calcinha e sutiã jogando em cima da cama voltando a fechar a mala em seguida.

Levanto jogando todo o cabelo para trás enquanto me estico na intenção de me vestir, até que ele estica o braço pegando especificamente minha calcinha e colocando no bolso.

Qual é a intenção?

— Filipe ... — Cruzo os braços o observando tirar o pedaço de pano e levar até o rosto onde ele faz questão de cheirar sem cortar nosso contato visual. — Era só o que faltava agora. Anda, devolve que eu quero me vestir.

Ele sorrir passando a língua no lábio inferior, mantendo aquele olhar de quem tá tendo pensamentos obscenos.

— Essa aqui vai comigo, pra matar a saudades na estrada. — Arqueio a sobrancelha rindo com ironia.

— Que ótimo, cuidado pra não começarem achar que você tá usando calcinha agora... — Me viro na intenção de pegar outra, quando o percebo pular da cama parando bem na minha frente enquanto faz questão de segurar meu queixo erguendo minha cabeça para que o olhasse. Tento ao máximo me esquivar segurando o riso pra não perder a postura, o que só o incentiva a me apertar ainda mais contra seu corpo. Ele permanece parado a minha frente, tão perto que sou capaz de sentir sua respiração quente bater contra minha pele, ainda mais quando ele se abaixa na intenção de se aproximar da curva do meu pescoço, parando bem próximo ao meu ouvido.

— Desse jeito vou começar achar que você tá querendo levar uns tapas pra deixar bem marcadinha. — Fala tão baixo que acaba tornando sua voz mais grave que o normal, causando arrepios por todo meu corpo.

Inspiro forte lutando contra meus instintos.

Engulo seco erguendo ainda mais a cabeça esboçando um sorriso sem mostrar os dentes enquanto faço questão de olhar dentro dos seus olhos ao mesmo tempo que mordo meu lábio inferior, o que atrai toda atenção que estava em meus olhos aos meus lábios, que sei a essa altura estão bem convidativos.

— Você sabe que eu sou uma boa menina. — Sussurro sentindo seus dedos que estão em meu queixo se afrouxar enquanto ele caminha até o sofá de canto onde se senta ficando um pouco distante pela divergência de altura, já que o estofado é baixo. Me puxando pra perto, fico entre suas pernas onde ele me observa alguns segundos antes de começar a beijar minhas cochas e levar suas mãos a entrar por baixo da toalha acariciando bem minha bunda expostas.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora