Eu juro que tento ficar ao máximo dentro do quarto com o Théo mesmo sentindo minha barriga roncar, se a minha tá assim imagine a dele.
Choramingo me jogando na cama.
Que ódio, cara.
— Tia, a gente não vai comer? — Escuto meu pequeno perguntar enquanto me olha calmamente.
— Vamos sim, meu amor. — Suspiro voltando a me sentar pegando o celular na intenção de ligar para o Filipe que resolveu subir e nunca mais voltou.
Chama uma, duas, três vezes na quarta ele atende.
— O que você tá esperando pra mandar esse bando de macho ir embora, Filipe? — A risada rouca do outro lado começa a me deixar mais irritada do que eu já estou.
— O que você quer eu faça? Seu irmão já tá acendendo a porra da churrasqueira. — Passo a mão no rosto respirando fundo. — Melhor você meter a cara logo, uma hora ou outra eles vão descobrir mesmo.
— Você já tá caducando, meu filho? — Rebato imediatamente. — Até ontem eu não queria nem ver a sua cara pintada a ouro, pra simplesmente surgir esbanjando felicidade na frente dos que vão ser os primeiros a vender a fofoca.
Ele até tenta ficar calado mas não consegue e continua tentando me convencer enquanto não consegue segurar a risada.
— Calma ae que eu já sei o que fazer... — Desliga na minha cara sem nem me deixar responder.
Pode ter certeza que a próxima música dele vai ser em parceria com o Tierry, porque eu vou quebrar os chifres dele quando ele me aparecer aqui.
Levanto da cama e vou catar alguma coisa descente pra vestir, escuto a porta do quarto sendo aberta o que me faz virar com tudo já pronta pra xingar as próximas reencarnações dele, mas acabo parando no mesmo instante quando vejo a Steff em pé do lado da cama. Ela percebe a minha presença e se vira soltando a maior gargalhada me deixando morta de vergonha.
— Eu sabiaaaaa... — Reviro os olhos dando as costas e voltando para o closet ouvindo a mesma correr até mim me abraçando por trás.
— Virou vidente agora? — Retruco segurando a vontade de rir. — Eu hein. — Olho pra ela por cima do ombro.
— Não vem bancar a insensível não que eu sei que você tá surtando por dentro, o Filipe já me contou tudo. — Reviro os olhos virando e ficando frente a frente com ela.
— Esse macho ainda não aprendeu a segurar a porra da língua dentro da boca?! — Ela dar risada me olhando. — Me fala pelo menos que ninguém além de você aqui sabe disso.
— Relaxa, ele me falou assim que cheguei e pediu pra vim aqui te convencer a subir pra comer com o Théozinho. — Bufo. — Uma hora ou outra você vai ter que encarar os meninos, Manu.
Faço careta.
— Isso não quer dizer que eu tenha que fazer isso agora... — Resmungo suspirando no final. — Eles são insuportáveis, vão encher o meu saco até a minha próxima reencarnação.
— Principalmente o Victor e o Matheus. — Confirma com a cabeça concordando comigo. — Mas isso a gente supera, até porquê o Matheus tem medo do Filipe.
Passo a mão na testa já sem paciência.
— Olha o Théo que eu vou trocar de roupa, e já vou logo dizendo que eu não respondo por mim. — Vou até minha bolsa pegando o mesmo vestido que cheguei ontem aqui, e rapidamente me troco ouvindo a Steff falar deitada na cama conversando com o Théo.
Depois de muito cogita a hipótese de desistir, por fim, saímos do quarto.
— Só respira e tenta não surtar. — Ela me fala enquanto subimos a escada atrás do meu pequeno que já é todo independente e sobe os degraus com cuidado se segurando na parede.
Eu nem preciso chegar na área externa pra ouvir a risada deles, respiro fundo quando o Théo sai correndo na direção do Nig que pra minha surpresa também está aqui.
Precisava mesmo esse tanto de gente, logo hoje Filipe?
Sinto quando todos os olhares presentes se voltam na nossa direção, e não demora um segundo para que a voz do Matheus ecoe pelo lugar.
Estreito os olhos vendo o Filipe em pé com o celular em mãos do lado do Anezzi e do Dallas.
— Perai ... — Mordo a ponta da língua apreensiva. — ... Qual foi a parte dessa parada que eu perdi?
A risada do Cabelinho se estende junto com os dos outros, e é claro que ele não iria perder a oportunidade.
— A parte que tua irmã dormiu e acordou na cama do teu chefe. — Reviro os olhos mostrando o dedo do meio pra ele que joga a cabeça para trás enquanto o Filipe se aproxima e o Matheus xinga o Victor. — Ae Manu ... — Cruzo os braços quando o homem de um metro e oitenta para a minha frente me abraçando. — O mijão aprendeu a usar fralda?
Seguro o riso vendo o Filipe virar a cabeça segurando o pau por cima da bermuda.
— Chupa a cabeça do meu pau, porra. — Olho na direção da Steff que me olha dando risada negando com a cabeça.
— O Théo consegue ser mais adulto que vocês, sinceramente ... — Me puxando pra perto ele beija meu pescoço, e as piadinhas continua.
— Como é aquele ditado, mermo? — O Caio começa e eu já me dou por vencida sabendo que vai ser assim o resto do dia. — Amor de pica, quando não mata, endoida... — Gargalha e eu já perdi as contas de quantas vezes revirei os olhos.
— Saudades de você, garota ... — O Anezzi puxa e os outros continuam fazendo o Filipe dar risada.
— Tava na hora já porra ... — O Nig fala assim que a gente se aproxima de onde eles estão. — Ninguém aguentava mas o mal humor do caralho, desse zé mané.
— O homem chega tá reluzente ... — O maneiro dar risada gastando o Filipe que começa a ficar vermelho. — O moleque que fica doente, mas quem toma o remedinho é o paizão.
Mordo a ponta da língua segurando a risada observando o Filipe mandar todo mundo se fuder.
— Eu não vou nem me pronunciar, sabe... — Me limito a dizer indo até o Théo que está com o Victinho.
OBS: Minha última prova é na sexta, daí em diante, se tudo der certo. Vou me organizar e trazer alguns capítulos em sequência.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contramão
FanfictionEu te proponho o que há de bom, aquela melhor onda Hoje eu quero te ver, então me diz onde você tá ...